161 à 164 ‐ Uma estranha Maré

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-Alô? Ethan, sou eu. Janet não sabia mais o que dizer. No momento em que ela pronunciou as palavras, ela se sentiu estúpida.
Não era a primeira vez que se falavam ao telefone.
Ethan devia ter o número dela salvo.

Ela não precisava se apresentar. Parecia que Ethan estava em um lugar tranquilo. Janet podia ouvir o barulho dos ventos e as buzinas dos carros.
Momentos depois, Janet o ouviu suspirar.

Eu tenho que reabastecer o estoque hoje à noite. Estarei atrasado esta noite!-Ele disse
friamente.
-Bem, eu vou esperar por você.
O coração de Janet afundou.

Ela apertou os lábios e olhou para os dedos dos pés que estavam saindo de seus chinelos, sem saber o que dizer em seguida.
Ethan ficou em silêncio novamente.

Janet podia ouvir sua respiração rítmica.
Ela ouviu a voz abafada de um homem chamando Ethan de longe, mas não conseguiu ouvir claramente o que eles estavam dizendo.
-Está bem. Você não precisa esperar por mim. Vá para a cama cedo.-
Ele disse calmamente e desligou o telefone.

O desconforto se instalou na boca de seu estômago enquanto ela olhava para a tela de seu telefone.
Janet podia sentir a frieza em sua voz.

Ela vagou sem rumo na sala de estar, esperando ver Ethan em breve. Parecia andar sobre alfinetes e agulhas. Janet olhou pela janela, encarando a noite
escura. Quando o relógio bateu dez horas, houve uma
batida suave na porta.

Pensando que Ethan finalmente havia voltado para casa, Janet se levantou do sofá e abriu a
porta imediatamente.
- Por que você não pegou a chave?
Ela abriu a porta, sorrindo feliz. Mas o sorriso em seu rosto congelou quando viu um estranho do lado de fora da porta.
-O que posso fazer por você senhor?

O homem era alto com ombros largos.
Ele estava talvez em seus quarenta e poucos anos e de alguma forma parecia forte, embora
estivesse apenas de pijama.

Ele olhou para Janet de cima a baixo, seus olhos brilhando com admiração e espanto.
O rosto do homem se iluminou e seu sorriso se alargou. Após um momento de hesitação, ele tocou o nariz e disse:

-Olá, eu moro no andar de baixo. Você notou que há um vazamento em seu apartamento? A água está pingando no meu quarto, arruinando meu sono.

-O que? Um vazamento? Eu não acho. Ninguém usou nosso banheiro esta noite.

O olhar de Janet voou involuntariamente para
o banheiro, e ela instantaneamente ficou vigilante.

Parecia que o homem tinha acabado de encontrar uma desculpa para entrar na casa.

Janet tentou fechar a porta, mas o homem pisou na soleira e segurou a porta. Ele sorriu
para Janet, revelando seus dentes manchados de cigarro.

-Tem certeza de que não há vazamento de água? Meu quarto está inundado por sua causa.
Senhorita, você se importa se eu entrar e dar uma olhada no seu banheiro? Se houver algum
vazamento, posso consertar as torneiras para você.

Janet fez o possível para bloquear a porta. Seus olhos ficaram frios, e ela não se incomodou em permanecer educada.
-Se você quiser dar uma olhada, pode vir amanhã. Meu marido vai voltar para casa em breve. Se ele vir você, definitivamente causará
mal-entendidos desnecessários.

-Vou entrar e ver se há algum vazamento de água. Levará apenas um momento. Não haverá nenhum mal-entendido. Deixe-me entrar. Meu quarto está inundado. Você me entende? Ou você fez isso de propósito?"
O homem abriu a porta com força e espiou dentro da casa. Seus olhos se arregalaram quando seu olhar caiu sobre Janet.

Ela tinha um rosto bonito e seios grandes.
-O que você está fazendo? Acredite ou não, vou chamar a polícia agora mesmo!
Janet mordeu o lábio e fez força para fechar a porta.
No entanto, ela não era forte o suficiente.
O homem abriu a porta em um movimento rápido.

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