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- você desenhou estrelas ao redor das minhas cicatrizes.

[...]

as pessoas não amam, pelo menos era isso que shuntaro chishiya achava. nem ao menos conseguia explicar ou entender como sua vida haveria mudado em tão pouco tempo, em tão poucos meses. no início, achara que era novamente sua independência emocional atacada, porém, pessoas doces mudam pessoas amargas como o adolescente.

há um tempo atrás, ele se olhava no espelho e renegava se aceitar da maneira como era, da maneira como havia sido nascido, tudo o incomodava, desde aos fios de seu cabelo, cor de seus olhos e pele, principalmente seu peso.

ele gostaria de ter o peso ideal, que na sua cabeça, se mostrava ser o corpo perfeito. apenas gostaria de ser aceito na sociedade como um cidadão normal, porque afinal, até quando ele se sentiria tão minúsculo diante de tantas pessoas perto de si?

não tinha uma boa socialização com seus próprios progenitores, quem dirá com as pessoas em seu redor.

seus pais nunca foram presentes em sua vida pela reputação corrida que eles tinham, apesar de amarem muito o garoto, para eles o trabalho era algo importante até demais e sua progenitora deixava muito claro a chishiya que queria ser uma ótima mãe e dar tudo de bom e do melhor para o garoto?

mas doque adiante ter bens materiais se o amor não prevalece? ele não queria joias caras, não queria roupas chiques e nem mesmo as mesadas das quais sua mãe sempre deu à ele. mas oque realmente chishiya queria, era o amor de seus pais para com ele.

isso nunca chegaria a acontecer? sentia falta de quando era criança e - mesmo que não muito - seus pais ainda eram mais presentes em sua vida.

- filho, você não anda muito bem. oque acha de contratarmos um psicólogo particular para você, não quero ver meu pequeno triste. - ela não entendia, chishiya só queria um pouco mais de atenção de sua própria mãe. ora, era pedir muito de sua parte?

odiava a ideia de ter um psicólogo dentro de sua casa enquanto seus pais viajavam para fora do país, porém, aquilo deixaria sua mãe feliz e por mais que o garoto se sentisse triste com a decisão da mulher e do homem se afastarem para tão longe - Tóquio - ainda sim, chishiya se preocupava mais com sua felicidade.

ele nada disse, apenas assentiu com a cabeça e se direcionou logo para seu quarto. ele se jogou em sua cama e abraçou seu bichinho de pelúcia, o shiba, se sentia muito bem perto dele, mesmo sendo um objeto sem vida.

estava imaginando como seria esse lance de psicólogo, nunca pesquisou sobre. já ouvira falar da boca de algumas pessoas como era mas nunca foi de prestar muita atenção nessas coisas, até porque, se repudiava a prestar, ora, não precisava. ele nunca teria um e ninguém nunca o soube entender, porque um psicólogo o ajudaria em alguma coisa?

estava nervoso demais, socializar com pessoas era uma grande tarefa para si. quando não era apego rápido demais, era ódio, e se é que uma coisa não faltava em chishiya, era ódio no coração.

não sabia como seriam as sessões, porém já tinha em mente que o psicólogo não o entenderia, o garoto tinha muitos problemas e falar todos em voz alta para quem seja que o escutaria, seria algo difícil para ele, porém, era a única maneira. não ficaria calado durante as sessões, nem teria como.

sua cabeça estava queimando como fogo, apenas queria tomar um banho e esquecer tudo de mal que estivesse rondando por ela, até porque seus pais viajariam para Tóquio as 00:00 e voltariam apenas dois meses depois, bastante não é?

após irem para Tóquio, o garoto descansaria finalmente em sua cama, sabendo que no dia seguinte seria outra luta depois que voltasse da escola, pois o tal psicólogo já estaria o esperando em sua casa. seu pai e ele eram amigos, porém chishiya nunca havia o visto em toda sua vida, pois isso seu pai tinha tanta confiança em deixar uma cópia das chaves com ele.

nem ao menos sabia o nome do homem, no dia seguinte teria de se apresentar para ele. tinha pânico e pavor quanto a isso, ainda se lembrava muito bem de como fazia isso nas aulas de português.

trabalho oral nunca fora um de seus talentos.

ele só desejava que não travasse na hora de dialogar com um "velho" psicólogo.. ah, vamos lá, nenhuma pessoa que goste de psicologia tem cara de ser um pouco mais nova, ugh, todos são velhos e chishiya já estava cansado de ver pessoas velhas e chatas.

bom, porém seria diferente dessa vez e ele não fazia a menor ideia do quanto surpreso ficaria.

...

bem pequenininho né gente, pse, queria apenas contar um pouco da história do chishiya, porém não escrevi nem a metade da vida dele kkk, me desculpem se houver algum errinho, beijinhos gentee.

amo vocês coisinhas lindas!!

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⏰ Última atualização: Jan 01, 2023 ⏰

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até que a morte nos separe | chishiya + niragiOnde histórias criam vida. Descubra agora