CAPÍTULO 2

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Havia se passado duas semanas após o último ocorrido na praia, ambos os na'vi estavam se evitando a todo custo.
Para seu azar, naquela manhã que parecia tão maravilhosa, o pai de Aonung, Tonowari, havia o escolhido para pescar um pouco além do recife, para seu desespero seu par seria justamente aquele a quem mais queria evitar.

Aonung:pai eu lhe imploro mande outra pessoa no meu lugar.

Tonowari: Neteyam tem sido lento em seu aprendizado e você é meu filho, futuro Olo'eyktan, é sua responsabilidade cuidar e ajudar seu povo.

Aonung: mas pai eu não suporto aquele garoto.

Tonowari: já basta! Eles são nossos convidados e agora são parte da tribo e não irei permitir que os insulte.
Você vai, querendo ou não e se alguma coisa acontecer ao filho de Sully eu irei culpa-lo pessoalmente, ouviu bem!?

Aonung: sim pai, me perdoe farei meu melhor.

Aonung fala em um tom cabisbaixo e sai da sala a procura do Omatikaya.
Neteyam, que já o estava esperando a beira do mar, faz um sinal afim de chamar a atenção do herdeiro.

Neteyam: olha eu não gosto disso tanto quanto você, mas preciso trazer orgulho ao meu pai, então peço que me ajude a melhorar minhas abilidades.

Aonung: tanto faz, eu te ajudo garoto da floresta.

Ambos partem para fora dos recifes sem saber o que os aguarda alem das ondas do tranquilo mar de Awa'atlu.

Eles ja estavam bem distantes em alto mar, a viagem foi longa e cansativa alem de que nenhum dos dois havia se quer abrido a boca no caminho.
Ao chegar em um lugar aparentemente promissor, Aonung faz sinal para Neteyam mergulhar junto com ele.

Após alguns minutos em baixo d'água e alguns poucos peixes capturados, Aonung olha ao redor a procura de Neteyam que havia se afastado um pouco, mas ao avista-lo ele se desespera ao ver o que se aproxima do jovem Sully distraído.

Um peixe temido pelos Metkayinas por seu veneno mortal, se aproximava rapidamente, ele não era um peixe muito grande porem seus vários e afiados espinhos eram bem vistosos, um sinal para as criaturas ao redor para não mexer com ele.

Aonung nada desesperadamente em direção ao outro na'vi, mas já era tarde demais o peixe ja havia feito seu trabalho.
Neteyam, já desacordado foi levado rapidamente para a superfície por Aonung que o carregou até uma pequena ilha próxima.

Aonung: vamos lá, por favor, Neteyam acorde, meu pai vai me matar.

Ele sabia que o veneno se espalharia rapidamente, e sabia também o que deveria ser feito.

O herdeiro precisaria sugar o veneno atravez da ferida criada, o problema era o local da ferida.
O peixe havia o espetado no abdômen bem próximo a região íntima do Omatikaya.

Mesmo com receio, ele fez o que foi preciso, Neteyam acordando e vendo aquela cena, tratou de empurrar o jovem Metkayina de perto de si.

Neteyam: o que você está fazendo seu idiota??!!

Aonung: salvando sua vida garoto da floresta, agora me deixe terminar antes que você morra e eu tenha que carregar o seu corpo inútil até a vila.

Aonung ja perdendo a paciência, empurra Neteyam contra o chão e leva sua boca até a ferida rapidamente.

Neteyam entendendo a situação permite Aonung contínuar sem problemas, apesar se sua aparente vergonha e inquietação.

Neteyam: você não acha que já está bom? - ele diz cobrindo a boca para esconder seu rosto levemente corado.

Olá estranhoOnde histórias criam vida. Descubra agora