CAPÍTULO 3

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A noite foi longa e fria, os dois na'vi se ajudaram a construir um pequeno abrigo onde ambos dormiram perto do fogo afim de se aquecer.

Depois do incidente mais cedo nenhum deles queria dar a primeira palavra.
A noite seguil silenciosa, onde apenas o barulho da chuva e do vento enchia os ouvidos do filho de toruk makto.

Neteyam não conseguia dormir, não depois do que ele tinha feito, do erro que havia cometido.
Ele estava se corroendo de ansiedade por dentro.
O que seus pais fariam se descobrissem?
Esse pensamento fez o jovem Sully tremer de medo.

Na manhã seguinte eles se prepararam para partir de volta para casa, ainda sem nenhuma palavra.
O caminho ate Awa'atlu era muito longo e Aonung não queria percorre-lo mais uma vez em total silêncio.

Aonung: olha sobre ontem....

Neteyam: Aquilo foi um erro! Devemos esquecer o mais rápido possivel.

Aonung sentiu como se uma faca atravessasse seu peito sem piedade, seu rosto não apresentou nenhuma expressão, mas seu coração estava ferido e ele nem sabia o porquê.
O Metkayina  tentou parecer o mais sério possivel naquele momento.

Aonung: se é o que você deseja... eu irei respeitar sua decisão
- Ele falou friamente sem olhar nos olhos do Omatikaya.

Neteyam se arrependeu amargamente daquele pedido, ele sabia o que queria mas não podia arriscar.
Em vez disso ele permaneceu quieto, a dor no seu peito parecia aumentar toda vez que ele olhava no rosto de Aonung, o jovem herdeiro agora tinha uma expressão fria no olhar, uma que Neteyam jamais havia visto antes.

Ao chegar na vila, o na'vi da floresta foi recebido com um abraço caloroso de sua mãe preocupada.

Neyriri: meu filho querido, você esta bem?

Neteyam: sim mãe, não se preocupe

Neytiri: ótimo por que eu vou matar você!
-Ela fala fazendo gestos com as mãos como se fosse enforca-lo.

Neytiri: eu estava tão preocupada, onde vc estava?!

Neteyam: perdoe-me mãe, fui pescar com Aonung e acabamos em perigo, mas já estou bem, ele cuidou de mim.
Posso explicar depois? Estou exausto.

Neytiri: tudo bem, entre, vou preparar sua cama.

*NO DIA SEGUINTE*

Neteyam descansa em uma pedra, a procura de paz.
Ele se lembra da canção que sua mãe cantava quando ele era pequeno.
Tomado pela nostalgia ele canta colocando seu coração em cada palavra.

Líe sí oe Neteyamur.
Nawma sa'nokur mìfa oeyä.
Atantí ngal molunge,
mípa tíreytí,
mípa 'ítantí.
Lawnol a mí te'lan.
Lawnol a mí te'lan.
Ngaru írayo seíyí ayoe
Tonírí tìreyä.
Ngaru írayo seíyí ayoe
Srrírí tìreyä.
Ma Eywa
Ma Eywa.

Aonung: você tem uma bela voz, garoto da floresta.

Neteyam se vira rapidamente assustado, ele encontra os olhos de aonung o obsevando de cima de seu ilu.

Neteyam: o que esta fazendo aqui cara de peixe, eu quero ficar sozinho.

Aonung: sinto muito pela outra noite, eu realmente gostaria de ser seu amigo, se você quiser claro.

É uma proposta tentadora para o jovem Sully, afinal ele poderia estar perto da pessoa que ele tanto tinha sentimentos sem levantar suspeitas de seus desejos.

Neteyam: tudo bem, aceito sua amizade cara de peixe.

Ambos riem da brincadeira.
Uma ideia surge na cabeça de Neteyam rapidamente.

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