Leon espera minha resposta do porquê fiquei triste. Passo as mãos nos meus cabelos nervosa por falar sobre a minha vida. Hoje sinto que não tenho mais ninguém importante como os meus pais, ficou apenas uma vida sem ânimo para ser vivida e uma saudade incontrolável para manter presa dentro do peito.
— Perdi os meus pais para uma doença e ver essas pessoas nas ruas com suas famílias me fizeram lembrar que não tenho mais a minha. — Menciono, enxugando uma lágrima intrusa que cai do canto dos meus olhos.
— Sinto muito por isso, pela sua tristeza, acredito ter sido recente essa perda?
— Sim, foi a um mês, por isso estou aqui em Nova York, para começar uma vida nova. — Assenti, voltando minha atenção para os prédios lá fora.
— Com o tempo você vai sentir que essa dor se torna sua companheira, sendo assim, passa a viver bem com ela. Ela nunca vai sumir, mas irá amenizar gradativamente. — Exclama o magnata, parecendo estar familiarizado com a mesma dor.
— Perdeu alguém importante também? — Pergunto, triste.
— Meu pai, já faz 3 anos, desde então assumi os negócios e convivo com essa dor. — Confessa Leon, estacionando o carro. — Chegamos, vamos falar de coisas boas, pequenina, não quero te ver com esses olhos grandes cheios de lágrimas. — Anuncia ele saindo do carro.
Saio do carro e Leon me espera para entrarmos no restaurante. Quando nos movemos pela porta, vejo que o ambiente está inteiramente decorado. Nunca estive antes em um lugar para comer que fosse tão extraordinário. O restaurante é luxuoso com vários lustres de cristais espalhados pelo teto que é inteiramente emoldurado em carvalho envernizado. As paredes são esverdeadas e as mesas todas com toalhas de linho escura.
Os castiçais, as taças e as porcelanas decoram a mesa que o garçom prontamente nos indica.
Nos sentamos e a impressão que eu tenho é que invadi um filme hollywoodiano. As pessoas estão em trajes elegantes e me sinto envergonhada por estar usando minhas roupas de promoção.
— O que houve? Por que essa cara? Parece que está com dor de barriga. — Provoca o meu querido chefe.
— Por que me trouxe em um lugar como esse? — Questiono, com a boca aberta de surpresa.
— Como assim? É o melhor restaurante da cidade, você vai adorar os pratos daqui!— Não sei, não como apenas um grão de arroz, como vocês ricos fazem. — Argumento, com deboche.
Leon analisa o ambiente e parece ser dominado por algo que não consigo decifrar. Pelo olhar dele, está se questionando se um prato dessa comida chic, poderia me satisfazer.
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Grávida do Bilionário Indecente
RomanceCassandra Werner é uma garota simples que acabou de completar seus 18 anos. O trágico surto de uma doença epidemiológica acarreta na perda precoce dos seus pais e em um sofrimento devastador. Genevieve Flin, melhor amiga da Cassandra, a convida para...