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Olhei em meu celular pela décima vez naquela noite e eu ainda não havia recebido nenhuma mensagem dele, nenhuma ligação, nada.

Já era 23:14 da noite e eu não sabia porque eu ainda tinha esperanças dele me ligar me dizendo que era tudo um mal entendido, ou ao menos me dar alguma explicação. Mas de que vale uma explicação quando a gente já viu tudo o que aconteceu com os próprios olhos?

Me levantei do banco da praça, a qual eu passei praticamente a tarde toda depois do ocorrido, e caminhei em direção a minha própria casa.

Enquanto caminhava eu senti o olhar de várias pessoas em mim, o que não é de se surpreender já que eu me encontrava em um estado totalmente lamentável, mas mesmo assim eu fiquei incomodada com aqueles olhares de pena sobre mim.

E foi a partir daquele momento que eu decidi que mesmo que eu morra por dentro, eu nunca irei demonstrar,porque se tem uma coisa que eu odeio, é as pessoas me olharem com pena, como se eu fosse uma pobre coitada.

Assim que eu cheguei em casa tomei um comprimido não muito forte, apenas para me ajudar a dormir, porque por mais que minha vida esteja de ponta cabeça, eu ainda trabalho.

                                               (...)

Acordo com a merda do meu despertador tocando.

- eu juro que se você não fosse meu celular, eu já teria te arremessado na parede. - falo enquanto desligava o mesmo.

Me levanto na força do ódio, tomo banho faço minha higiene matinais. Ao me vestir eu coloco meu terno lindo preto e meus tênis, pois não sei andar de salto, e a minha bolsa preta da Gucci. Minha favorita, até porque eu fiquei sem comer direito por ter comprado ela, mas fazer o que? Era meu sonho de adolescente ter uma original, por mas que eu não ligasse muito pra essas coisas.

Saio do meu apartamento e pego um táxi em direção a empresa da qual trabalho.

Durante o percurso, eu comecei a pensar na noite passada, mas graças ao remédio que estou tomando, eu estou aparentemente bem.

Assim que piso meus pés do lado de dentro da empresa, eu avisto minha amiga conversando com outra, e assim que ela me vê ela abre um sorriso e vem na minha direção de braços abertos.

-Alissaa! Achei que não viria trabalhar hoje depois do que aconteceu.- disse ela enquanto me sufocava com seu abraço.

-Não se preocupe Lisa, eu estou bem!- disse sorrindo, tentando convencer a mesma.

-Não tente me enganar Alissa. Eu sou a Lisa, sua melhor amiga. Só de olhar pra sua cara eu já sei até que calcinha está usando, então não tente esconder nada de mim!- diz me olhando séria. - Aliás, eu aposto que é aquela fofa cheia de vaquinha.- indagou me dando um sorrisinho de lado e cruzando os braços.

-  A é? Tem certeza disso?- pergunto devolvendo o sorriso de lado e a encarando.

- Tenho mais do que certeza!- Diz ela ainda me encarando. Sinceramente, ela me assusta.

- E como tem tanta certeza de algo que não sabe? Porque só pra sua informação, eu não estou usando essa calcinha!- falo com a maior certeza do mundo. Pelo menos era o que eu pensava.

- Pois eu tenho certeza que você está sim! Mas já que você diz o oposto, que tal conferirmos? - diz Lisa sorrindo diabólicamente.

- Lisa, para com isso, eu tenho que trabalhar!Não vem com palhaçada não! - falo enquanto me afasto de vagar.

- Não, não, não. Vamos verificar, para mim esfregar na sua cara que eu tô certa!- ela diz vindo correndo em minha direção. Eu não estava entendendo o que ela iria fazer até que suas mãos tocam as minha calças tentando puxar um tanto que desse para ver qual era a minha calcinha. Eu involuntariamente começo a entrar em desespero, tento me afastar mas a mesma é mais rápida, e com um rápido movimento, ela puxou a beiradinha da minha calcinha para cima revelando que ela estava certa, eu estava usando a calcinha de vaquinha, até porque ela é mais confortável do que as outras.

- Você é louca!- falo enquanto arrumo minhas calças que estava toda torta.

- Eu não sou louca, eu apenas...queria provar que eu estava certa, como dito e feito. Agora você está me devendo um açaí! Não se esqueça! Estarei te esperando na saída. - diz ela um pouco alto de mais, já que eu estava subindo as escadas a caminho da sala do meu chefe.

Enquanto caminhava em direção a sala, eu começo a me lembrar do que Lisa havia me dito no dia anterior e começo a ficar nervosa, pois meu chefe por conta da idade e alguns problemas, dentre ele o problema cardíaco, ele não estava nada bem, então ele passou seu cargo para seu filho primogênito, para que ele  cuidasse da empresa em seu lugar, e como eu era secretária dele, agora eu tenho que ser secretaria de seu filho, não que isso seja um problema, afinal eu nem o conheço, mas eu espero que ele seja educado igual a seu pai.

Assim que fico de frente para a porta eu bato nela delicadamente 3 vezes e escuto um entre.

- Com licença senhor, e me desculpe pelo atraso.- peço e faço referência ao mesmo sem encara-lo.

- Está tudo bem! Aliás, nós ainda não nós conhecemos. prazer, Jeon Jungkook.

Levanto meu olhar para olhar o mesmo, e nossos olhos se encontram, o que me faz corar de imediato.

- Prazer, Alissa mendes.

De pernas pro ar - (Jjk)Onde histórias criam vida. Descubra agora