Capítulo 23

14 1 1
                                    


Elevador e Fogo

Acordo abraçada a Noah como se fossemos inseparáveis, Alguns minutos depois duas enfermeiras entraram no quarto para examinar meu braço e Noah trocou de lugar com Kelly, bem relutante eu diria.

- Como tá a Bela adormecida? Espero que seu príncipe não tenha atrapalhado muito sua recuperação.- Kelly diz com seu sorriso sacana se sentando na poltrona.

- Sebosa.- Digo rindo e me colocando de pé sentindo meu corpo bem mais relaxado do que ontem, não é possível que Noah tenha realmente efeito até na recuperação do meu corpo.

- Foi bom mesmo né, você já esta ate mais disposta.- Kelly diz caindo na gargalhada.

- Vai rindo nojenta. Não aconteceu nada, mesmo que eu queira. A gente só dormiu, Noah estava muito preocupado com meu bem estar para me deixar usufruir dele.- Digo emburrada indo em direção a um copo de água.

- A então o gostosão não te deu um trato? poxa que pena.

- Para de zoar com a minha cara vaca.- Digo mostrando o dedo do meio pra ela enquanto ela cai na gargalhada.

- Ok Ok, agora vamos falar de assuntos sérios.- Diz se arrumando na poltrona e limpando algumas das lagrimas que caíram durante sua crise de riso.- O bom velhinho estava aqui mais cedo.

- E por que não entrou?

- Ele disse que não queria atrapalhar sua particularidade né fia. Até o bom velhinho entende que uma mulher precisa viver, no seu caso tirar as teias.-Disse se inchando como um baiacu se segurando para não ter outra crise de riso. Apos uma boa encarada da minha parte ela continua.-Bom, ele falou com os médicos e eles já  te liberaram pra voltar pra casa.

 Paro de beber água e olho em sua direção, vejo ela chacoalhar no ar uma bolça que imagino ter roupas, dou um sorriso de orelha a orelha e vou rápido em sua direção. Lhe dou um abraço apertado e deposito um beijo molhado em sua bochecha. 

- Ai credooo, guarda toda essa saliva pro Noah maninha.- Damos risada, mas logo ela da um tapa na minha bunda se levantando.- Vai logo se trocar Alex está vindo nos buscar.

 Vou para o banheiro e escovo os dentes logo tomando um banho, me troco colocando uma calça jeans escura, uma camiseta preta e uma bota de salto preta também, meu estilo de todos os dias. Prendo meu cabelo em um coque meio desarrumado, passo um rímel, um gloss e meu protetor solar. Quando estava finalmente terminando ouço de dentro do banheiro Kelly perguntando:

- E esse envelope aqui Sarah? 

 De repente me vem a mente como um baque, o homem me entregando a carta, ele morrendo na minha frente na mesma noite, nossa conversa, sua família, e meu receio em a ler.

- Assuntos que eu tenho que resolver.- Digo saindo do banheiro, com uma troca de olhares Kelly já entende. Ela pega as roupas que eu estava e alguns remédios que estavam pelo quarto e para na porta.

- Quanto tempo?

- 15 Minutos.- Digo pegando a carta e sentando na cama, ela assente e se retira do quarto logo o trancando por fora.

 Abro o envelope lentamente, a verdade é que eu não sei o que estou esperando. Tanto o papel do envelope quanto o papel de dentro eram pretos com letras impressas brancas e totalmente refinada, sem contar no selo que estava no topo do papel. Observo toda a extensão, no final tinha três traços de assinatura, dois já assinados escrito: Dom e Sottocapo, e um em branco para assinar escrito erede. No topo de tudo e no canto direito esta apenas um risco vermelho sangue que eu reparei. " Caro erede..." e a carta se inicia. Mesmo com poucos conhecimentos já reconheço de cara a linguá italiana que meio que aprendi com minha família materna que é de lá, já entendo o incio da carta como "Querido Herdeiro..."

ImpérioOnde histórias criam vida. Descubra agora