Após a mãe de Angeline ter que abrigar em sua casa temporariamente um garoto da reabilitação de onde ela trabalha, Angeline se encontra perdida e divida entre a razão e a emoção.
Por mais que ela estivesse inclinada a ceder a ele, algo em seu inter...
1. Retirada em desordem e com precipitação de um local.
2. Ato ou efeito de fugir.
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O sol estava quase se pondo quando Angel levantou de sua cama, aquela manhã no hospital ainda estava impregnada em sua mente.
Não é possível que ele tenha flertado com ela, quer dizer, era Angel. A garota infantil que não tinha muitos amigos, por que raios alguém demonstraria interesse nela se não o seu próprio "namorado"?
Pelo menos era isso que ela pensava.
Chris estava voltando. E estranhamente, Angel sentiu que não estava muito animada para a sua vinda. Não que ela não gostasse mais dele, ela simplesmente estava com um sentimento estranho de o que parecia ser inquietação.
Se Chris estivesse aqui, sua relação com Levi seria diferente? Mais fechada do que já era?
Com mais alguém por perto, seria mais difícil se enturmar?
Angel tinha medo, porque querendo ou não, Levi causou na garota mais coisas do que Chris conseguiu em dois anos de "relacionamento" em que eles estão se conhecendo. E aquilo não era normal.
Resolvendo relaxar e esquecer o assunto por mais alguns dias, Angel simplesmente caminha até o banheiro, se despindo e preparando-se para um banho aconchegante e espumante em sua banheira. Aquilo levaria embora a tensão em seus ossos.
Por outro lado, uma conversa estranha na cozinha fez o estômago de Levi embrulhar. No andar de baixo, um assunto delicado foi colocado em pauta, quando Elena sugeriu uma conversa mais aprofundada com Levi sobre o que ela havia conseguido na sala 6.
──── Eu vou ser internado de novo? ──── Levi pergunta depois de um longo tempo em silêncio. Ele estava encostado no balcão, braços cruzados e um semblante sério.
──── Não sabemos. Seu estado quando o encontramos era severo, Levi. Não é como se estivéssemos o encontrado apenas alterado, você estava a beira da morte. ──── No fundo, as palavras acertaram o peito de Levi como adagas afiadas.
Céus, podia ter evitado, podia ter evitado!
Levi mordeu a parte interna de sua bochecha, cerrando seus dentes quando não havia mais nada para ser dito.
Quer dizer, ele não confiava em ninguém, não poderia simplesmente contar a verdade do que realmente aconteceu naquela noite em que foi encontrado drogado e machucado. Aquela situação ia muito além das drogas, era algo que se Levi não soubesse controlar, poderia matá-lo desta vez por capricho, porque claramente não conseguiu da última vez.
──── Eu estava pensando em conversar com o instituto novamente para vermos de que forma você poderia contribuir.
──── Contribuir? ──── Levi questiona, as sobrancelhas se juntando em descontentamento.
