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Como eu vim parar aqui?

Era isso que eu me perguntava a cada segundo que eu passava naquele lugar, quer dizer, eu conheço o lugar, era o Kyodai Market, local onde eu me lembro de estar antes dessa abdução ou experimento -seja lá o que isso for-.

O mais estranho é que eu não me lembro de como eu vim parar aqui, o que me assusta ainda mais. Eu não sabia o propósito disso, ou o que eu deveria fazer ali, a única coisa que eu tinha certeza era: essa não era a verdadeira cidade de Tokyo.

Mais da metade da população havia sumido ou, uma pequena parte da população da verdadeira Tokyo havia desaparecido. Como isso é possível? Não faço a menor ideia, mas eu teria que achar uma forma de sair dali.

Droga, eu estava morta de fome, precisava de algo para comer. O bom de estar em um mercado, é que tem comida de sobra e... não seria roubo, né? Afinal, não havia ninguém aqui e se estou em uma outra realidade, talvez não interfira na minha realidade, certo?

Para a minha sorte, eu consegui achar algumas comidas boas, todas em pacote, como Lámen japonês, Soba e um tipo de macarrão com sabor morango.

Talvez seja bom -eu disse para mim mesma enquanto olhava o pacote em minhas mãos.

Algumas estavam estragadas, verduras, frutas e legumes. Elas pareciam estar assim a semanas, mas como seria possível? Já muitos filmes de viagens no tempo, isso talvez se pareça com o que está acontecendo agora. De fato, meu espaço-tempo estava bagunçado.

Jogadores, se dirijam à arena de jogos -uma voz feminina, mas que eu arrisco dizer ser computadorizada, estrugiu por Tokyo.

Jogadores? O que essa tal voz queria dizer com isso e, onde seria essa tal arena de jogos? Talvez isso seja apenas um sonho maluco que eu sempre tenho.

Por via das dúvidas, me dirigi para fora do mercado, busquei passar meus olhos pelas ruas de Tokyo, vazias. Já era de se esperar. Mas, algo me chamou a atenção, uma luz vermelha brilhava fortemente ao longe.

Talvez seja lá -disse para os ventos e corri para chegar

Depois do que eu presumo terem sido uns dez minutos correndo, eu cheguei na tal "arena". Na verdade, era um edifício, cujo nele já haviam umas quatro pessoas e todas pararam para me olhar. Andei até eles ainda estranhando tudo isso, todo esse sonho maluco que estou.

As inscrições estão encerradas -aquela voz disse novamente- Peguem seus celulares.

Finalmente, um celular! Será que assim eu conseguiria ligar para alguém que conheço e perdir ajudar? Ou talvez, entender o que está acontecendo.

Argh, essa droga não funciona! -falei batendo no celular

Ele não é para fazer ligações, você apenas receberá uma mensagem sobre o seu jogo -uma mulher, até que bem vestida, falou para mim. Ela usava uma saia e uma blusa de manga, ambas formais. Andava de salto, uma bolsa no braço e tinha um ar de superioridade

Sobre... o jogo? Mas de que jogo estamos falando e pra que tudo isso? -perguntei

Vejo que você é novata -ela diz -são jogos de sobrevivência, ganhe eles e você vive, perde e bem, você já sabe -prosseguiu -cada jogo tem um nível de dificuldade e você precisa jogá-los, caso o contrário, os seus vistos expiram.

𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐈𝐒 𝐀 𝐆𝐀𝐌𝐄 𝐈. | 𝘚𝘩𝘶𝘯𝘵𝘢𝘳𝘰 𝘊𝘩𝘪𝘴𝘩𝘪𝘺𝘢 Onde histórias criam vida. Descubra agora