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Você imediatamente largou tudo que estava fazendo quando recebeu uma ligação de Charles, o agente de Johnny. Vocês dois eram grandes amigos, sempre que um caía, o outro estava lá, e assim você correu para ampará-lo dessa vez. Era de seu conhecimento que recentemente seu amigo rompeu um noivado, era precoce, mas você sabia que ele estava verdadeiramente apaixonado. Doeu vê-lo com outra pessoa, mas você engoliu sua tristeza e decidiu que o importante era a felicidade dele, mesmo que não fosse com você.
Você amou-o quase que instantaneamente. Se conheceram em um aeroporto, o voo de ambos havia sido adiado e um gentil e bonito homem vestido com um sobretudo claro puxou assunto com você. Quando o avião finalmente decolou, foi coincidência que os assentos fossem lado a lado. A partir daí, uma forte aliança se firmou. Vocês se tornaram inseparáveis. A pequena fama como ator iniciante trouxe-a para mídia, mas nada com o que você não soubesse lidar. Era um pé no saco as vezes, mas você tinha John do seu lado, então estava tudo bem.
O carro parou em um sinal e seus dedos apertaram o volante. "Ele está trancado em casa e disse que não receberá ninguém, só você." A voz do agente retornou à mente te tirando dos devaneios sobre como tudo começou. É claro que você sabia que estava apaixonada pelo seu melhor amigo. É claro que você sabia que eram sentimentos perigosos, havia o grande risco de perder a amizade caso confessasse, então você guardou seu amor para si mesmo. Ele precisava de você agora, mas apenas como amiga. Sua mente tentou te convencer disso. Passando pelos seguranças com um pequeno sorriso e um aceno, você estaciona em sua porta e respira fundo antes de encarar o que quer que estivesse por vir.
Preocupação inundou todos os seus sentidos após passar a chave na fechadura da grande porta e empurrá-la cuidadosamente. Era hora de cuidar do seu menino, como tantas vezes ele já havia cuidado de você.
"John? Eu estou aqui e estou entrando." Você disse alto, a voz denunciado seu nervosismo.
Aquela era uma grande propriedade e agora parecia ainda maior e silenciosa. Você andou por todos os cômodos o chamando e quando estava prestes a sair do quarto de Depp, você ouve uma voz grave e inconfundível, soando baixa e triste.
"No banheiro."
"E-eu posso entrar? Você está vestido?"
Mas você logo entrou assim que escutou um soluço. Johnny estava em sua banheira, espuma cobrindo todo o seu corpo com exceção de braços e cabeça. Havia garrafas de bebidas no chão e bitucas de cigarros. Um desses recém-aceso preso em seus dedos.
"Oh, Johnny-" Você fica sem palavras ao vê-lo nesse estado, ignorando completamente o fato dele estar nu na sua frente, seu foco só consegue ser no seu rosto com uma expressão de partir o coração.
"Cupcake, ela me deixou. Me deixou de vez. Eu a amava, a pedi em casamento e ela disse que estava com outra pessoa."
Você se sentou no chão ao lado da banheira, pegou em sua mão e beijou seus cabelos. Droga, você não imaginou que as coisas aconteceram dessa maneira.
"Apenas não era para ser, Love. Ela é uma idiota por deixar uma pessoa incrível como você."
Seu amigo apenas rir amargamente e balança a cabeça, dando uma tragada em seu cigarro antes de você o puxar de sua boca e levá-lo para a sua. Fumar não era um hábito frequente seu, apenas quando estava ansiosa. E bem, esse era o caso.
"O amor não é para mim."
"O quê?" Você engasga, olhos arregalando com essa afirmação. Só pode ser brincadeira, você pensou.
"Não é para mim. Todos que estiveram do meu lado, eu dei um jeito de foder com tudo. Eu sempre fodo com tudo."
"Isso não é verdade!" Você retrucou. "É a maior baboseira que poderia me dizer. O quão bêbado você está?" Apagando o cigarro e jogando em qualquer lugar, você sente a raiva te encher.
"Escute, John. Você é a porra de um ótimo ator em ascensão, com milhares de fãs espalhados por aí que te amam com cada partícula do seu ser, e-"
"S/n..."
"Não, deixa eu terminar! Você tem seus fãs e você tem a mim!" Seu dedo indicador batendo no próprio peito. "Eu também te amo! Mais do que eu deveria..."
Era isso. Você estava com raiva. De repente as palavras estúpidas do seu amigo te atingiram bem lá no fundo. Então você não era nada para ele? Uma ninguém? Oh, foda-se. Levantando-se em um pulo, você caminha para fora do banheiro e escora-se na grande janela de frente para a cama. Olhos fechados, uma mão servindo de apoio e a outra entre seus fios.
"Hey"
Mãos quentes envolvem seu corpo, puxando você para um abraço de costas, Johnny estava apenas de toalha e ainda com o corpo pingando, mas nenhum dos dois se importou. Você se amaldiçoou internamente por ceder tão rápido. Esse era o efeito dele sobre você. E seu peito nu e molhado contra as suas costas a fizeram ofegar.
"Cupcake, eu sinto muito." Você o ouve murmurar baixo atrás de você e um beijo ser plantado atrás de sua cabeça.
"Você foi um idiota. Está ouvindo isso, não é, Depp?"
"Sim, pequena."
"Mas é o idiota que eu amo."
Virando-se ainda em seus braços, você o abraça dessa vez de frente. O aperto e a cabeça dele enterrada no seu pescoço como uma forma silenciosa de selar as desculpas. Você veio aqui por outro motivo, afinal.
"Ei, vista-se, e deite-se. Vou preparar uma sopa para você."
