𝗧𝗛𝗜𝗦 𝗦𝗨𝗠𝗠𝗘𝗥 𝟮 | Jeremiah Fisher

𝑇𝑜𝑢𝑠 𝑙𝑒𝑠 𝑚𝑒̂𝑚𝑒𝑠

Nos primeiros segundos do toque, fico em choque. Mas seu sabor familiar me desperta lembranças e logo me aprofundo no beijo. Ele ainda tem gosto de praia, mar e protetor solar. No momento em que estou prestes a puxa-lo para mais perto somos bruscamente interrompidos.

— Kath! Ainda bem que você tá bem! Meus Deus! Desculpa por te obrigar a vir! — Belly sai correndo do carro e me abraça
— Vocês... — Conrad para o carro e observa eu e Jeremiah, percebendo que algo tinha acontecido
— Tudo bem Belly, você não sabia. — digo me levantando. — Vamos pra casa? — pergunto e todos entram no carro
— Você já falou com a polícia? — Conrad me pergunta meio sem jeito e sinto algo voltar pela minha garganta
— Já... — respondo me sentindo mal
— Podemos deixar essa conversa pra outra hora? — Jeremiah interrompe o irmão e suspiro agradecida
— Oh, foi mal. — ele se desculpa
— Tudo bem, eu só tô meio... esgotada. — digo e ele assente movimentando o carro

𖣔

— Que bom que você ficou bem, meu amor. — minha mãe me abraça depois de eu lhe contar a história. — Nunca mais deixe de contar uma coisa dessas pra mim. Por favor, eu não aguento saber que você sofre assim. — ela diz e assinto
— Eu te amo, mãe. — digo e ela beija minha testa
— Eu te amo mais, filha. — ela diz de volta e sorri, se levantando da cadeira. — Eu vou sair com a Laurel amanhã cedo então vou dormir, boa noite, meu amor. — ela diz e sobe as escadas indo para seu quarto

Decido pôr um biquíni e aproveitar a lua para dar um mergulho noturno, esquecendo dos problemas por alguns momentos. Chego no quintal e dou um mergulho relaxante, minha cabeça sai da água e sinto um bafo quente em meu rosto, reconheço esse bafo. Jeremiah.

— Oi. — digo sorrindo levemente envergonhada pela proximidade de nossos rostos, como se não tivéssemos nos beijado a algumas horas
— Kath, — sua voz é rouca e por algum motivo isso o deixa extremamente atraente. — precisamos conversar. — o observo encarar meus lábios rapidamente e quase tenho uma recaída
— Sobre o quê? — pergunto sem me concentrar nas palavras encarando seus lábios sem me dar conta
— Isso tá ficando bem difícil... — ele suspira e fecha os lábios, jogando sua cabeça para trás
— Tudo bem? — pergunto percebendo que ele arfa
— Eu tô falando sério, se você continuar não me impedindo vai ser muito difícil continuar assim. — ele diz e suspira novamente, molhando seu rosto
— Como eu impediria algo que eu quero, Jeremiah? — ele suspende seu olhar. — Eu já te disse que é você quem dificulta o término, a cada segundo a mais que você fica próximo de mim, eu sinto mais vontade de te beijar, te tocar, te ter. — os cachos molhados do loiro refletem a luz da água. — Ficar sem você é como ser obrigada a parar de respirar. E nem venha me dizer que a culpa não é sua, porque é. É você quem tem esses olhos oceânicos que me hipnotizam, essa boca desconsertante, esse sorriso que mesmo nos piores momentos me faz sorrir também. — ele abre a boca para falar algo mas o interrompo. — Desde que você me mandou aquela mensagem, eu não consigo dormir sem pensar se você está bem ou o que eu posso ter feito errado. — ele dá alguns passos mais próximo de mim. — Mas a verdade é que eu durmo torcendo para acordar e descobrir que foi tudo um pesadelo, para que eu possa te beijar novamente e não ser obrigada a me sentir envergonhada por isso. — suspiro aliviada ao finalizar e desvio meu rosto, nervosa por ter dito tudo
— Kath... — ele toca meu queixo e levanta meu rosto delicadamente, me obrigando a olha-lo
— Me desculpa Jere... — digo olhando seus olhos azuis cor de mar
— Desculpa? — ele dá um sorriso de canto e acaricia levemente minha bochecha com seu dedo. — Pelo o quê? — ele encara meus olhos e me obriga a fazer o mesmo
— Por ainda ter sentimentos por você. — respondo e sinto seus olhos encarando meus lábios. — Eu não quero te obrigar a nada Jere. — digo sentindo que talvez esteja o pressionando demais
— E quem disse que você tá me obrigando? — Jeremiah retruca e, antes que eu diga mais alguma coisa para o silêncio não tomar conta da cena, ele me beija