LIÇÃO 25
Provando roupas na cabine da Ralph Lauren, Ivo abaixou as calças. Olhando naquele espelho de três faces, ele percebeu que estava "armado". Seria por conta daquela atraente vendedora cubana que imprensou ele entre as gôndolas? Seria aquela calma tarde quente que fez a roupa pesar e ensopar sua nuca? Será que na Ralph Lauren não tem sistema de ar-condicionado? Ou, talvez, fosse por conta da música-tema de Dr. Jivago que tomava conta da loja. Pensar em Julie Christie não deixava ele menos excitado. Seja como for, ele continuava teso e indefeso, sua samba-canção estava armada feito uma barraca. Ele, que só queria comprar uma calça cáqui, mas que, por acaso, acabou indo parar no provador. Casacos de linho, camisas de algodão e um belo cinto de couro. Passou um tempo enorme desabotoando a própria camisa. Ao olhar no espelho, se pegava rindo à toa. E, de repente, a vendedora cubana se aproximava da cabine, chamando por ele. 'Você precisa de ajuda?'. A pergunta parecia ter segundas intenções. A voz dela era grave e rouca como que embargada. 'Ai, Meu Deus!', Ivo falava sozinho. Ele tentou responder à pergunta de uma forma mais cafajeste, mas, ao invés disso, falou: 'As camisas estão muito grandes. Eu queria experimentar uma tamanho 38'. À medida que ela ia se afastando, deixava um rasto de Giorgio pelo caminho. Perfume barato sempre o excitou. Ele achava que perfume barato exalava libidinagem em pessoas de pele negra. Ivo já tinha perdido todo o interesse em provar roupas. Excitado em sua samba-canção, ele se viu atordoado pela umidade e pelo cheiro impregnante. Então, sentou e cogitou se masturbar, enquanto se olhava no espelho. Talvez, ele pudesse fazê-lo antes que a vendedora voltasse. Ela não parecia estar com pressa. Só a idéia de ejacular já tornava a sua situação ainda mais difícil. Ele não tirava os olhos do cinto que tinha escolhido, lá jogado no chão. Ele até gostou, mas não queria levar. Cintos lembravam o pai dele. De repente, a voz dela estava à porta novamente. 'Achei o tamanho 38. Você está vestido?'. 'Ah, se você soubesse', ele suspirava sozinho. E, sem pensar muito, mandou que ela entrasse. Ela, nervosa, abriu a porta e, ao vê-lo sentado ali, meio envergonhado e pensativo, tentou evitar olhar nos olhos ou abaixo da cintura dele. 'Está muito calor aqui, estou torcendo pra que resolvam logo esse problema do ar-condicionado'. Suas palavras flutuavam no ar. Ele não respondeu. Simplesmente ficou lá olhando pra ela. Ela não se mexia, mas agarrava com força a camisa 38 contra o peito. Ivo podia ouvir sua respiração. Ele percebeu que ela estava usando uma tornozeleira com umas pedras vermelhas que deviam ser de cristal. Seus dedos morenos perfeitos despontavam da sua sandália. Ele queria lambê-los. 'Você não está passando bem?', ela perguntava. 'Acho que o calor está me afetando', ele fingia. 'Ponha a mão na minha testa e diga se estou com febre'. Ela se aproximou, enrolou a camiseta numa das mãos, e checou a testa dele com a outra. Ela tocou delicadamente a sua pele e sentiu que realmente estava quente, mas não sabia dizer o porquê. Sua mão se movimentava sem direção, primeiro, pelo rosto. Depois, pelo pescoço, tentando examinar a temperatura. 'É difícil dizer, porque está tão quente aqui dentro, mas eu acho que você está normal'. 'Ó...', ele ironizou desapontado. 'Eu acho que não', e falou pra si mesmo. Ele ficou olhando para o zíper dela por um bom tempo. Então, chegou devagar e passou a mão naquele Y que fica entre as pernas e o gancho da calça. Ela não se afastou, mas continuou enrolando a camisa como se fosse uma bola. Ele enfiou e tirou o dedo daquele Y até que sentiu a umidade. De repente, ela caiu de joelhos, deixando a camisa escapar das mãos. Pôs o rosto no colo dele, que acariciou sua bochecha. Ela não usava maquiagem e sua cabeça parecia ter sido feita à mão. Ela tinha uma boca maravilhosa e a iminência de uma ereção já o atormentava, por conta isso. Como se estivesse lendo os pensamentos dele, ela enfiou a mão pela perna da cueca, encontrou seu pau, e conduziu ele, da fenda da cueca até a sua boca. Ele assistiu ela chupar. Suas narinas dilatando à medida em que ela sugava, levando-o às alturas. Fazer compras nunca foi tão gostoso. Ele notou que a porta estava semi-aberta, mas não fez questão de fechá-la. Ficou paralisado por aqueles cabelos escudos da Lolita, que fazia o "trabalho" com maestria e tamanha inocência; ele não tinha porquê duvidar de sua capacidade. Ela acompanhava as reações dele com aqueles olhos castanhos safados, que faziam ele delirar. Ela segurava a base do pau com uma mão e o saco com a outra e, no meio da melodia de 'Lara's Theme', ele ouvia aqueles barulhinhos de sucção. Às vezes, ele brincava com seus cabelos dela, outras, usava as mãos para guiar sua boca. Sua boca... sua boca era genial. Ela sabia o que estava fazendo e fazia. Ivo se olhava no espelho e via seu rosto brilhando com o suor. 'Você é linda', ele falava alto, sem noção do que estava dizendo. Foi então que ele sentiu como se fosse explodir. Colocou a cabeça pra trás e sussurrou 'Oh, yes, você é maravilhosa', como se seu sangue fugisse para as costas. Ele ouviu o próprio coração batendo no ouvido. Ele massageava sua nuca à medida que ela chupava cada vez mais rápido e rápido. Então, a porteira de abriu. E ele jorrou entre os espasmos, entre belos e violentos espasmos. Ela não engoliu, mas, meio sorridente, deixou escorrer o líquido da boca, feito uma criança que derrama o leite. 'Lourdes, onde você está? Eu que preciso de você para atender alguns clientes'. Uma voz de matrona surgiu do nada. Ela deu um pulo e limpou a boca com a camisa 38. 'Você tem que pagar a mercadoria, agora. Tenho de voltar ao trabalho'. 'Lourdes é o seu nome?', ele perguntou. 'Sim, mas os amigos me chamam de Luli'. Ela se ajeitava e se olhava no espelho, totalmente contente com o que estava vendo. Ele poderia dizer que ela era ingênua e que ele admirava isso nela. Ele queria conhecê-la. Queria pagar um cachorro-quente ou um pretzel gigante pra ela.
'Eu posso convidá-la para almoçar?', ele perguntou.
'Ah, você não me deve nada', ela respondeu. 'Além disso, eu tenho namorado'.
E com essa, ela deu meia volta e se foi, gritando displicentemente: 'pode pagar lá na frente'.
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Madonna - SEX BOOK
FanfictionSex é o mais polêmico livro de Madonna, Madonna resolveu contar em imagens e textos, algumas de suas fantasias eróticas, de amor e de sexo. ISSO É A TRADUÇÃO DO LIVRO