Capítulo 3

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Entro temendo que ainda possa ter alguém ali,mas está vazio,não há nada faltando todos os meus móveis e eletrodomésticos estão ali,penso em chamar a polícia, mas como não levaram nada decido ficar quieto, lógico que reforço colocando mais trancas na porta,estou até pensando em colocar uma câmera no corredor,mas precisarei falar com o dono do prédio

Depois do meu encontro fracassado,Antonella tem me evitado ela nem ao menos me deseja boa noite quando chega ao restaurante

Dona Margô tentou descobrir o que aconteceu, mas eu não entrei em detalhes e ela não insistiu no assunto

O carro preto continua aparecendo em frente ao restaurante rondando durante o dia, e é por isso que estou saindo mais cedo para ir até à delegacia
-Você pensa que precisa mesmo ir até lá?

-É o único jeito não vou ficar tranquilo eu me preocupo com a segurança da Senhora_visto meu casaco

-Há querido obrigada por se preocupar comigo você é como um filho pra mim,queria muito poder te ajudar como você me ajuda, eu sei o quanto é difícil pra você não saber nada da sua vida,eu sinto diariamente o quanto isso te incomoda você não consegue ser feliz

-Eu gostaria de saber se tenho família se alguém sente a minha falta,mas o que posso fazer?_suspiro frustrado

-Um dia nós vamos descobrir e eu tenho certeza que muitas pessoas sentem sua falta, meu jovem_ela sorri

-Já ia me esquecendo minha neta me ligou ontem,ela decidiu adiantar sua viagem, e ainda vai trazer duas amigas com ela_ela fala e seus olhos brilham

-Que bom_falo sem muito ânimo a única coisa que quero agora é descobrir quem está dentro daquele carro

Chego na delegacia e peço para falar com o delegado que logo me atende
-Em que posso te ajudar depois de tantos anos?_lógico que ele se lembraria de mim

Conto-lhe o que vem acontecendo nos últimos dias,e sua expressão passiva me deixa impaciente
-O senhor não vai dizer nada?_me levanto começando a ficar sem paciência

-Não vejo motivos para alarmes,me parece apenas uma coincidência é normal, carros passarem nas ruas_ele me olha com uma expressão que não consigo decifrar

-Então esta me dizendo que não vai investigar?_o confronto

-Não rapaz,quando tiver realmente algo concreto ligue para a delegacia _ele se levanta e abre a porta para que eu saia

-Minha casa foi invadida_digo já me sentindo transtornado

-Isso você não havia me dito,você acredita que pode ter alguma ligação com esse carro preto?_ele me questiona

-Eu não sei,não foi um assalto, pois não levaram nada

-Preciso de algo mais concreto meu rapaz,eu posso fazer um boletim de ocorrência pela invasão, mas não sei se em relação ao carro vou poder ajudar_ele da de ombros

-Quer saber de uma coisa?deixe como está eu mesmo resolvo_saio da delegacia furioso

Total indignação e raiva é o que se passa em minha mente agora
Estou extremamente irritado ao ponto de sentir meu coração batendo em meus ouvidos,não consigo controlar a minha raiva e como naquela noite em que quase abusei daquela moça eu perco o controle,e desfiro socos em um muro próximo à delegacia,bato até ver o sangue escorrer em minhas mãos

As pessoas me olham assustadas e não me importo, quando um guarda se aproxima tentando me conter,eu desfiro socos em seu rosto até que mais dois guardas conseguem me deter, o delegado fica em estado de choque com a cena que acaba de presenciar

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