The Mistress - Wantasha (G!P)

Coincidência ou Destino?

NATASHA

— Uau... Você ta cada vez melhor. — Sharon disse ofegante se aconchegando em meu peito. Eu dei um sorriso acariciando suas costas. — Você estava mesmo com saudades.

Tínhamos acabado de transar, Sharon acabou passando mais tempo em Los Angeles e eu acabei passando a semana sozinha. Ela chegou hoje de tarde e depois de um lanche especial que eu fiz para ela a gente acabou na cama.

— Eu disse que estava com saudades. — Eu disse e ela sorriu me dando um selinho.

— Eu trouxe uma coisa para você. — Ela se sentou na cama e eu sentei também me encostando na cabeceira.

— O que é?

— Vou pegar pra você. — Ela sorriu e levantou da cama ainda nua e caminhou até fora do quarto rebolando.

Sharon era uma mulher extremamente bonita com seus longos fios loiros indo pouco abaixo da cintura, sua franja que a deixava mais sexy, seu corpo apesar de não ter muitas curvas é esbelto e bonito. Ela leva a sério sua carreira e é isso o que eu mais admiro nela, uma mulher centrada e determinada, porém... Eu tenho vontade de ter filhos, mas Sharon é modelo então, isso não irá acontecer tão cedo e eu apenas espero por ela.

Sharon voltou com uma caixinha e um sorriso nos lábios, ela se sentou na cama e colocou a caixinha do meu lado.

— Lembro que em uma das nossas ligações você disse que estava com vontade de comer Cupcake. — Ela sorriu.

Eu abri a caixinha a minha frente vendo 4 cupcakes aparentemente de sabores diferentes.

— São os melhores de Los Angeles. Tem 4 sabores diferentes que eu achei que você gostaria.

— Obrigada. — Eu deixei um selinho em seus lábios.

— Aliás... Não me lembro de você gostar tanto assim de cupcake, na verdade você não é chegada a doce. — Ela me olhou. — Quando isso começou mesmo? — Ela falou em tom de brincadeira mais minha mente viajou para a morena desastrada de olhos intensos cor de esmeralda.

Merda. Isso é ruim.

— Eu sei lá... Só deu vontade de comer. — É deu vontade de comer o cupcake daquela pirralha.

— Espero que goste e...

Sua fala foi interrompida pelo meu celular tocando e eu agradeci mentalmente, eu estava começando a ficar tensa. Fala sério eu sou uma mulher adulta e estou sendo afetada por uma adolescente rebelde que eu só vi três vezes na vida e nunca mais vou ver de novo.

Inclinei-me pegando o celular na cômoda e atendi.

— Alô?... Oi Lena... Agora?... Mais que cacete você não serve pra nada também... Sua cretina eu ainda não sei como te aturo... Eu já vou porra! — Desliguei jogando o celular na cama e bufei.

Olhei para o lado e Sharon dava risada.

— O que sua irmã queria? — Ela perguntou.

— Encher o saco.

Yelena Romanoff, ou Lena é minha irmã mais nova e ela é a co-CEO da RM, mamãe sempre quis que trabalhássemos juntas e bom sempre fomos muito unidas então isso não foi um problema para nós. Acontece que às vezes eu tenho vontade de quebrar Yelena, ela consegue ser infantil as vezes e ela me chama para resolver coisas que ela mesma pode resolver.

— Eu preciso dar uma passada na RM. — Olhei o relógio que marcava 17:35. Caramba a palavra paz realmente não existe no meu vocabulário.

— Tudo bem Nat. Preciso fazer umas coisas também. — Ela Acariciou meu rosto e eu franzi o cenho.

— A onde você vai essa hora?

— Combinei de me encontrar com Peggy assim que chegasse. — Eu assenti e ela se levantou.

Levei os cupcakes para a geladeira e me vesti para ir até a empresa, coloquei uma calça social azul marinho e um terninho da mesma cor, saltos escuros e penteei meu cabelo para trás.
Quando terminei Sharon já estava pronta com um vestido que lhe caia bem e os cabelos preso em um rabo de cavalo.

— Bonita demais. — Eu comentei deixando um beijo em seus lábios. — Quer carona?

— Não precisa, vamos nos encontrar num restaurante aqui perto.

— Vai jantar fora?

— Vou, desculpe. — Neguei com a cabeça.

— Sem problemas, aproveite com sua amiga.

Despedimos-nos no elevador, e eu desci até o subsolo pegando meu carro, Bruce provavelmente deveria estar morto na cama e é justo deixá-lo descansar um pouco, segunda feira voltamos a todo vapor e ele merece assim como Agatha.
Dirigi até a empresa e assim que cheguei cumprimentei o segurança, peguei o elevador e subi para o meu andar. Mal cheguei dei de cara com Yelena, a empresa estava praticamente vazia.

— Finalmente! — Ela bufou me puxando para um abraço do qual eu retribui.

— Finalmente!? Você interrompe meu momento com minha esposa e ainda tem coragem de dizer isso? — Eu me afastei fechando a mão eu punho e batendo no topo da sua cabeça como eu sempre fazia.

— Qual é o seu problema!? — Ela disse passando a mão histericamente onde bati.

— Nem doeu sua chorona. — Eu falei cruzando os braços.

— Mesmo assim! Odeio essa sua mania. — Ela reclamou me fazendo soltar uma risadinha. — E se você quer saber eu nem ligo pro seus momentos com aquela vadia da sua esposa.

— Hey! — Bati de novo em sua cabeça. — Mais respeito Yelena Romanoff! — Ela revirou os olhos. — Sharon nunca fez mal pra você, não entendo esse ranço com ela.

— Você não precisa entender Natasha! Eu não gosto dela e pronto! — Yelena cruzou os braços virando o rosto.

Eu soltei um suspiro pesado, Yelena nunca gostou de Sharon desde quando agenciamos ela, Yelena não foi com a cara dela. Quando começamos a namorar Yelena fez um escândalo e tudo só piorou quando ficamos noivas, eu fiquei meio mal por que sempre fomos muito apegada uma a outra e vê-la daquele jeito me fazia sentir culpada. Já se passaram 4 anos e Yelena continua odiando Sharon com todas as forças.

— Vamos logo resolver isso. — Eu falei e ela suspirou.

— Preciso da sua assinatura em alguns papéis.

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Eu não demorei muito na empresa, quando sai de lá ainda era 18:30, em compensação eu estou presa nesse trânsito que provavelmente vai demorar. Quando sai já estava um vento gelado provavelmente choveria.

Dito e feito, eu sobressaltei no banco com um trovão e o céu começou a desabar numa chuva forte.

— Que ótimo. — Eu resmunguei soltando o volante e me encostando no banco.

Presa num engarrafamento e agora na chuva. Olhei para a janelas onde algumas pessoas corriam, outras abriam seus guarda chuvas e outras se abrigavam em baixo da lona de alguma loja.

Estava distraida olhando as pessoas correndo da chuva quando uma pessoa me chamou atenção.
Uma garota com tênis branco, calça jeans surrada e um moletom preto, ela correu para debaixo da lona da loja a minha frente, seus cabelos castanhos úmidos, ela provavelmente estava pedindo desculpas para as pessoas que ela esbarrou quando chegou em baixo da lona e depois levantou o olhar para frente e foi quando vi.

Minha respiração pareceu engatar na garganta quando vi aqueles intensos olhos cor da floresta mais bela, os cabelos meio bagunçados, e o rosto todo molhado.

— Wanda... — Eu murmurei num sussurro.

Não é possível! É muita coincidência, ela mora aqui!?

Eu não tirava o olho dela, enquanto ela passava as mãos nos braços provavelmente por conta do frio de lá de fora.

Eu fiquei um tempo pensando se deveria fazer o que passou pela minha mente ou não. Suspirei e dei de ombros ligando o carro e saindo da estrada o encostando próximo a calçada.

Abaixei o vidro e coloquei minha cabeça para fora.

— Wanda!