2.18 - Irmã Maria

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Erick e Chan apenas seguiram aquela irmã até um dos escritórios do lugar, onde pediu licença para quem quer que estivesse dentro para que pudesse entrar com os visitantes

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Erick e Chan apenas seguiram aquela irmã até um dos escritórios do lugar, onde pediu licença para quem quer que estivesse dentro para que pudesse entrar com os visitantes.

Assim que Chan entrou, recebeu um sorriso da freira mais velha daquela instalação.

── Irmã Maria...

── Chris, meu menino.

Chan sorri, deixando ser abraçado pela mais velha. A freira que os guiou apenas se retirou para deixá-los a sós. O mais velho apenas ajudou a senhora a se sentar em uma das poltronas, ao seu lado, enquanto ficava feliz com sua presença.

Erick apenas ficou olhando o lugar, procurando algo para fazer enquanto isso.

── Chris, como você veio nos visitar agora? Eu posso ser velha, mas isso não significa que meu menino não deve mais me visitar.

── Eu sinto muito por todos esses anos que prometi aparecer. Fico surpreso que ainda esteja acordada... não está tarde?

── Eu estava terminando minhas orações, mas vieram me avisar que você estava aqui ── toca em seu rosto ── Tem se alimentado direito? Dormido direito e feito suas orações antes de dormir? Eu sempre rezo para todas as minhas crianças e nunca deixei de rezar por você...

Chan sorri.

── Tenho feito tudo o que a senhora me ensinou ── ela parece feliz ao escutar aquilo, mesmo que CB97 tivesse esquecido uma coisa a outra.

── E o seu coração? Como anda ele? Da última vez que conversamos, por telefone, havia me dito que seu coração pertencia a um jovem rapaz que conheceu no seu trabalho.

Chan sorri, Erick olhando curioso ainda mais para a mesa onde a mais velha deveria trabalhar. Olhou de relance aos dois sentados, mas estavam ocupados demais naquele reencontro.

Ele só tinha que fazer seu trabalho.

Enquanto isso, Chan segurou as duas mãos da mais velha.

── Eu vou pedir ele em casamento, Irmã Maria ── vê ela ficar feliz ── Não pedi ainda por causa do meu trabalho, mas pretendo pedir em breve.

── Isso é tão bom de escutar ── sorri ── Meu menino cresceu e virou um homem tão bom... tenho certeza que será ainda mais feliz ao lado desse rapaz.

── A senhora irá conhecê-lo, não se preocupe disso ── adoraria conversar com ela, mas a visita poderia ser deixada para mais tarde ── Irmã Maria, além de visitá-la, eu vim pedir ajuda da senhora.

── Farei tudo o que estiver ao meu alcance. Agora, me fale, o que perturba essa sua cabecinha?

Chan ri fraco, mas volta a olhar sério.

── Irmã... a senhora se lembra do Castiel? O amigo que tive aqui no orfanato?

Ao mencionar aquele nome, o sorriso da mulher acaba sumindo e lembranças assustadoras surgem em sua cabeça.

── Eu me lembro de todas as crianças que já chegaram nesse orfanato... mas de todas as crianças que eu já cuidei, eu sentia que aquele jovem era diferente.

── O que a senhora consegue se lembrar dele?

── Vocês dois eram inseparáveis, irmãos de verdade ── diz ── Não havia nada que você não faziam juntos e eu amava vê-los. Chan, você sempre foi uma criança alegre e feliz, não fazia mal a nenhum ser vivo...

De longe, Erick tosse baixo.

── ...mas o Castiel era diferente, era um menino diferente ── comenta, com um pesar ao mencionar aquilo ── Deus me perdoe, mas eu tinha um tanto de medo dele, sempre rezei para que ele crescesse e de tornasse um bom homem. Espero que minhas preces tenham sido o suficiente, não quero imaginar ele indo em um caminho ruim...

Chan apenas deixou ela terminar.

Certos milagres, as vezes, não eram alcançados.

── Borboletas ── ela falou para chamar ainda mais atenção do mais velho ── Ele se dizia falar com as borboletas, mas eu nunca entendi o que queria dizer. As vezes Castiel, as vezes outra pessoa...

── Lembra do que aconteceu com ele? Por onde ele anda?

── Ele foi adotado, mas nunca mais tive notícias dele ou da família que o adotou. Logo depois disso, você acabou indo embora para fazer sua vida... e fiquei sem notícias dos dois por um bom tempo, isso antes de você entrar em contato e começar a nos ajudar com o orfanato.

Chan acaba passando o olho em uma foto que havia na parede, a mesma que o fez ir até ali atrás de respostas. Era do grupo de crianças que a Irmã Maria e outras freiras cuidaram, alguns anos atrás.

Chan estava na foto, com um sorriso de orelha a orelha enquanto, do seu lado, o próprio Monarca.

Ele e com uma simples borboleta pousada em seu ombro. As vezes, o passado volta para atormentar querendo você ou não...

...e havia voltado para Chan.

── Obrigado pelas informações, prometo voltar em um horário mais adequado da próxima vez ── diz ── Sinto muito aparecer tão tarde.

── Eu não me incomodo ── ela sorri ── Espero pode conhecer esse rapaz com quem você quer se casar.

── Irá sim ── passa os olhos em busca do outro ── Erick, nós vamos indo.

Ele apenas parou de mexer onde não devia e seguiu com o mais velho, que apenas se despediu da mais velha antes de seguir para a saída. Ofereceram companhia, mas Chan recusou para que pudessem voltar a dormir.

Antes de irem, apenas quis passar em um último lugar. Igual a suas lembranças, aquele jardim ainda permanecia... ele mesmo conseguia se ver correndo, entre aquelas flores, junto a Castiel.

── Você pegou?

Erick apenas tirou o papel do bolso e entregou ao mais velho.

── Isso é tudo o que eu consegui nos arquivos das crianças que ela guarda. Só tem isso sobre esse tal Castiel. Chris, é?

── Cada criança chega e acaba ganhando um simples nome das irmãs. O nome dele nem deve ser Castiel, já deve ter mudado.

Chan abriu a folha e a primeira coisa que viu foi a foto do antigo amigo com alguns dados, principalmente requerentes da adoção.

── Consegue encontrar os pais dele?

── Vai ser fácil, mas não sei tenho todo o equipamento de antes ── pega o papel novamente.

── Fale com o Kai, o Pinguim é conhecido por saber mais da vida dos outros do que a própria ── diz, um tanto descontente ── Eles precisarão ser úteis uma hora ou outra.

Erick suspira.

── Será que eu posso dormir antes?! Eu fui atrás do Jongho em outro país, das coisas do San que estavam em outra cidade e olha onde estou agora!? Eu nem pude dormir na minha cama ainda!

Chan ri, apenas bagunçando o cabelo dele e o viu ficar aliviado.

Mas ele apenas fecha o rosto.

── Você dorme depois que encontrarmos esse desgraçado.

E acaba saindo do jardim, indicando para ele ir logo. Erick apenas se ajoelhou no chão e gemeu em descontentamento. Acaba juntando as mãos e as levantando.

── Deus, eu sei que meus pecados são vários... mas o que ele faz comigo já não é castigo o suficiente?!

Notas finais

Isso é o suficiente por hoje. Quando conseguir mais internet — eu indo ameaçar meu vizinho hahaha — eu posto mais alguns.

Vejo vocês logo!

VILLAIN HEART || HyunChanOnde histórias criam vida. Descubra agora