Passeio na Floresta

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• Beatriz Bennet •

Estamos andando em silêncio a um tempo, confesso que achei que ia ser mais divertido, mas estou encantada com o lugar para achar isso um tédio completo

— Aquilo ali meu amigo, é jogo — Jasper falou chamando a minha atenção, e vi Finn dando uma flor pra Oc

— Aquilo meu amigo, é sumagre venenosa

— O que? Isso? — falou batendo no cabelo pra tirar a flor

— Não são flores venenosas, são medicinais. Calmantes, na verdade — Monty explicou

— A família dele cuida de todos os remédios da Arca

— Ãn? Da licença. Será que vocês podem me acompanhar?

— Ah, qual é Clarke! Vai ignorar tudo isso agora? — Finn disse

— Bom, é simples. Porque a gente não viu nenhum anima? — falou fazendo nós parar — Talvez seja porque não existam. Talvez já fomos expostos a radiação o bastante para nos matar. Eu não tenho certeza. Vamos

— Acho melhor ela comer várias sumagre venenosas — falei, e eles riram

— Fala ai, o que vocês fizeram para serem presos? — Finn pergunta enquanto voltamos a caminhar

— Sumagre venenosa não é a única erva no jardim, você deve saber — Monty conta

— Alguém esqueceu de repor o que pegamos

— Alguém pediu desculpas mil vezes

— E você Beatriz?

— Roubei algumas coisas...

— Algumas? — Oc disse

— Tá bom — suspirei — roubei muitas coisas, desde remédios, quanto comida, digamos que eu tinha meu próprio mercado negro, mas depois de alguns anos roubando me deduraram

— Nossa — Jasper disse impressionado

— Ninguém desconfia de uma criança inocente até não ser mais criança

— E você Octávia? Porque te prenderam?

Ela demorou um pouco pra responder, mudando a sua expressão de alegria pra raiva

— Por nascer — falou e correu na direção da Clarke, pois pelo jeito ela achou algo

— Isso ai, não é jogo — Monty falou pro Jasper

Eles ficaram se batendo mas vieram ao nosso encontro

— Ai meu Deus — sussurrei encantada — que lindo

— Sem animais né? — Finn comentou com um sorriso convencido, ele foi se aproximar mas acabou fazendo barulho. O animal se assustou e virou pra nos olhar

— Ai meu Deus — falei depois desse susto — que horror

Ele tinha duas cabeças, como isso é possível? Que nível de radiação ele chegou pra ficar desse jeito? Será que vamos ficar assim? Essa e muitas outras perguntas rodeavam a minha cabeça e tenho certeza que a deles também

Continuamos a caminhada, conversamos mas não muito, acho que todos estavam um pouco abalados por conta do que vimos. Mas Finn resolveu quebrar o silêncio

— Tem uma coisa que eu queria saber — ele começou — porque mandaram a gente pra cá hoje depois de 97 anos? O que mudou?

— Quem liga? Eu gostei muito. Tava apodrecendo numa cela — Oc falou enquanto chegava em uma árvore de tronco fino para girar — e agora estou girando em uma floresta

The 100 - Bellamy BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora