Capítulo 20

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* Ellen

Quando abri meus olhos, ainda estava no hospital porem olhei para o lado da janela vi um homem de terno, alto, com ombros largos, cabelos grisalhos, se virou assim que me viu suspirou, seu rosto mostrava cansaço, senti que o conhecia desde sempre, que sensação é essa?.

- Que bom, sente melhor?. Me perguntou preocupado.

Me sentia bem falando com ele, sabia que não me faria nada de mal..

- Estou, me desculpa mais quem é você?. Perguntei curiosa.

Vi seu semblante mudar, como se sentisse mal, culpado, sem saber o que dizer ou fazer.

Por um momento meu cérebro parou, ali olhando com mais atenção, os mesmos olhos, os traços, ele é parecido comigo, porque?.

- Você é muito parecido comigo, porque?. O perguntei encarando.

Ele me encarou como se buscasse uma resposta.

- Meu filho o doutor Gabriel, pedi a ele uma mostra do teu DNA com o meu, então hoje sai o resultado, você a minha filha que tanto busquei. Falou com amargura e preocupação na voz.

- O QUE???. gritei assustada.

Como assim, meu pai????.

- calma, irei te contar tudo. Falou em desespero.

Eu esperei...

- A muitos anos eu conheci uma baixinha briguenta e manhosa, me apaixonei ela trabalhava em um restaurante como garçonete, na época trabalhava como gerente de uma loja de roupas, com muito esforço eu ia todos os dias la, depois de um tempo começamos a sair, logo começamos a namorar, porem meu pai não aceitou de cara, mais tarde ela engravidou e fugiu, tentei por anos procurei por ela mais nunca encontrei, faz uns meses que encontrei o paradeiro dela, só que você não tava la, agora que te encontrei espero não te soltar, você é muito parecida com ela. Falou emocionado.

- É muita informação, tenho que processar tudo. Falei atordoada.

- Aqui esta o meu numero do celular, meu nome é Miguel Alberto Hernandes. Falou sem jeito.

Apenas sorri fraco, tenho um pai, irmão, o que mais?, são tantas perguntas, por onde eu começo?.

- Sabe do porque dela me deixar, em um orfanato?. Perguntei seria.

Ele ficou calado logo um suspiro.

- Pelo o que ela me disse, não tinha como te sustentar então te largou la, assim teria um teto e uma comida. Falou tranquilo.

Isso faz muito sentido, porem porque só agora?, justo só agora?.

- Sei que cheguei muito tarde em tua vida, mais agora eu não irei, prometo filha. Falou me olhando.

A porta se abriu e entrou o doutor que é o meu irmão.

- Abriu os olhos isso é bom, aqui esta algo leve pra comer. Falou cauteloso.

- Não precisa se preocupar, ela sabe agora. Falou o homem que diz ser o meu pai.

O vir suspirar, eles são bem iguais, isso é bem impressionante.

- Que bom, olha vou cuidar de você, sei que não vai ser fácil, porem confia em nos. Falou confiante.

Conversamos bastante, ainda era muito cedo para tomar alguma decisão, mais sei que possa confiar neles, assim que saíram, vejo o mesmo rapaz de ontem.

- Ola, como você esta?. Me perguntou.

- Estou melhorando e você?. Perguntei educada.

Antes de me responder, ficou me olhando feito bobo, tava contente por isso.

- O que foi, tem algo errado?. Perguntei.

- Não é nada, só que é muito bonita. Falou com um sorriso.

Ficamos conversando ate tarde...

- Eu tenho que ir, te vejo em breve. Falou se despedindo.

Antes de sair, me deu um beijo em minha testa e saiu me deixando em completa confusão.

continua...

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