Cicuta: é um género de plantas apiáceas que compreende quatro espécies muito venenosas, nativas das regiões temperadas do Hemisfério Norte, especialmente da América do Norte.
Veneno: A intoxicação por cicuta (cicuta e cicuta aquática) pode causar sintomas em 15 minutos. O veneno tem efeitos nicotínicos, iniciando-se com boca seca e progredindo para taquicardia, tremores, diaforese, midríase, convulsões e paralisia muscular.
Morte por: para um adulto, a ingestão de 100 mg de cicuta (ou cerca de 8 folhas da planta) é fatal. A morte vem na forma de paralisia, a mente fica em alerta, mas o corpo não responde e, eventualmente, o sistema respiratório é desligado. Provavelmente, o envenenamento por cicuta mais famoso é o do filósofo grego Sócrates.
Corvos rondavam pelos túmulos do cemitério frio e escuro, entre as lápides de pessoas memoráveis e esquecíveis, uma pequena garotinha se enrolava bem em frente a uma lápide quebrada e pichada. A garota chorava abraçando um buque de flores meio destruído e um ursinho de pelúcia ensopado.
Ela ouvia, distante o suficiente para não se preocupar muito com as pessoas a vendo e a atacando novamente, vozes e passos. A menina levanta sua cabeça e entre suas lágrimas, seu choro silencioso, ela observa as pessoas entrarem em roupas elegantes, todos de preto, para um enterro. Ela pensa que a nova pessoa fará companhia a sua mãe aonde quer que os mortos vão após a morte, e decide ir assistir o enterro.
Por mais mórbido que parecesse, desde que a mãe havia falecido, Nyx - nome que adotou, por causa da falecida mãe - começou a usar roupas pretas elegantes o suficiente para poder ir nos enterros que aconteciam a sua volta.
- Ei! Você não foi convidada... Foi? - Um menino que parecia ser no máximo uns dois anos mais velho que a menina falou olhando para o rosto úmido e o vestido amaçado. Ele recebeu apenas um aceno de cabeça negando, então ele continuou: - Então onde estão o seus pais? Eles vão ficar preocupados se você ficar andando por ai.
- Não vão não... - Foi a única resposta, baixa e sussurrada que a garotinha deu, antes de sair correndo para outro lugar. O menino queria discutir e falar que com certeza havia alguém a procurando, mas ela já tinha ido antes que a voz pudesse sair de sua garganta.
- O que tanto olha Charlie?- Ele ouviu o chamado do pai. - Venha para cá! Sua mãe vai ser enterrada.
- Sim pai. - Ele fala baixo, ainda procurando a menina com o olhar mesmo tendo a perdido de vista a alguns minutos já.
Richarlison assiste com uma quase dor física, o caixão de madeira em que a pessoa que mais amou no mundo estava deitada em sono eterno, descer lentamente na terra sombria do cemitério local. Ele queria ter ouvido mais sua mãe, queria ter mudado as coisas.
Ele sabia que não se lembraria para sempre dela, seu cheiro, aparência, gostos, nada disso era substituível mas era esquecível, mesmo que infantilmente, ele quisesse que não fosse. Então em sua mente ele deixou marcado as coisas que sua mãe o passou, mais do que na fala, no sangue. Ele teria tudo que quisesse, não importa o que fosse, e seria mais do que tudo, alguém que protege o que é seu e os seus.
A garotinha estava novamente em sua linha de visão enquanto pensava. Ele a viu espiando e rondando o enterro. Ela parecia estranha, destoante, como um personagem de desenho no meio de um live action. Sua roupa, seu brinquedo mesmo que encharcado, seus sapatos, até as flores que carregava, tudo parecia de uma pessoa muito rica. Era estranho ver uma criança rica em um cemitério comum.
Ele saiu da volta quando começaram a jogar terra no caixão e foi até a garota, que olhava a tudo com um olhar estranhamente calmo.
- O que você faz aqui menininha?
- Eu só quero ver quem vai estar com a mamãe lá do outro lado.
- Outro lado? - As sobrancelhas do garoto se enrugaram.
- Sim, é assim que chamam o lugar que os mortos vão, não é?
- Bem, sim, mas acho que chamam de céu.
- Céu é só uma projeção da crença cristã. - A garota falou olhando nos olhos do menino. - Era o que a mamãe falava.
- Minha mãe dizia que não importava, que pessoas como ela e eu provavelmente iriam para o inferno. - O garoto devolveu, recebendo um sorriso feliz da garotinha.
- Papai também dizia isso. - Ela responde. - Se vamos para o inferno, então podemos ser amigos? Não quero chegar lá e ficar sozinha que nem aqui.
- Por mim tudo bem. - O menino devolveu o sorriso. - Eu me chamo Richarlison, e você?
- Eu gosto que me chamem de Nyx.
- Prazer em conhecer você Nyx. - Richarlison fala estendendo a mão.
- Muito prazer Richarlison. - Nyx responde apertando a mão do outro
Quando a chuva começou a cair pelo cemitério, as duas crianças já tinham saído e estavam brincando na pracinha mais próxima que encontraram, sem se preocupar com os adultos que normalmente não se preocupavam muito com eles. E se os dois brincaram e se esquivaram dos seus adultos de propósito, ou se eles encontraram outras duas garotas que também fugiam de adultos irritantes, então isso era outra história.
☣️ FIM DA ATT ☣️
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TOXIC
Fanfiction☣️ 2SON FANFICTION ☣️ O ódio de Son por Richarlison não tinha um fundamento real, ele simplesmente não gostava do brasileiro. Era como se seu sexto sentido avisasse que aquele cara não era boa notícia. "Eu vou te dar motivos reais pra me odiar, e vo...