Caipira - taekook

I

Ei, meus amores! Queria agradecer por cada pessoa que leu Entre Reinos e está aqui agora, prestes a se aventurar em uma nova história de minha autoria. Escrevi Caipira e a mantive guardada para usar no momento em que estivesse com o trailer dela pronto e Entre Reinos finalizada. No entanto, não terá trailer. Por se tratar de uma fic de apenas 5 capítulos não achei necessário fazer. E bom, Entre Reinos está indo para o último capítulo da primeira temporada, então... vamos lá!

Boa leitura!

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Antes de conhecer Gong Ji-chul, Jeon Jeongguk não passava de um jovem garoto que veio do interior com sua filha em busca de realizar seu sonho de ser um grande fotógrafo reconhecido pelo mundo.

O moreno jamais esqueceria de quatro anos atrás quando, por sorte do destino, encontrou o político e empresário tomando café com uma senhora em uma cafeteria no bairro nobre de Busan. Jeongguk estava lá a trabalho, tirando fotos da fachada do lugar quando, sem querer, Ji-chul se levantou de forma brusca da cadeira após a mulher ir embora e seu café entornou em sua roupa cara. De modo involuntário, os braços do empresário se levantaram e acertaram o único meio de sustento do jovem fotógrafo. Sua preciosa câmera.

Jeongguk tentou esticar os braços para salvar o eletrônico, mas já era tarde demais, a câmera havia atingido a poça d'água e voado em partes por várias direções diferentes.

— Isso só pode ser brincadeira! — Jeon se abaixou para tentar ao menos salvar seu cartão de memória, mas estava completamente ensopado de água. — Por que isso só acontece comigo?!

Sentiu uma presença se fazer presente ao seu lado e mordeu os lábios para conter o ódio e as lágrimas em seus olhos. Precisava daquelas fotos, nem ao menos tinha terminado de pagar as prestações da bendita câmera e contava com as fotografias para pagar a creche particular da filha e quitar o eletrônico novo. Ou melhor, detonado agora.

— Eu sinto muito, eu irei lhe dar uma nova. — ouviu o desconhecido falar preocupado, ignorando o garçom tentando lhe oferecer um pano para limpar a calça. Ele estendeu a mão em um cumprimento e Jeon usou a manga do casaco para passar pelo nariz escorrendo, se recusando a olhar para algo que não fosse o que restou de seu equipamento. — Qual seu nome?

— Não te interessa meu nome! — falou rude, tentando catar algumas partes que restaram intactas. — E mesmo que você me dê uma câmera nova não irá trazer minhas fotos de volta! Eu sabia, eu sabia que deveria tê-las passado para o pen drive hoje de manhã. Se eu não fosse tão cabeçudo...

— Ei, talvez eu possa te ajudar... — em outra tentativa de contornar a situação um cartão de visita foi posto em sua frente, mas Jeon apenas negou com a cabeça e se levantou com a lente em mãos. Pelo menos algo estava inteiro.

— Você já ajudou o suficiente. — Guardou o objeto na bolsa e já se preparava para ir embora quando o homem insistente se pôs em seu caminho. Jeon tentou dar a volta, mas ele não desistiu até que Jeongguk se deu por vencido e parou no meio da rua com cara de poucos amigos, o encarando nos olhos finalmente.

Foi então que reconheceu Gong Ji-chul e o quão desrespeitoso estava sendo com o homem nove anos mais velho que ele e, ainda por cima, influente na mídia. Era só ele estalar os dedos que Jeon nunca mais conseguiria um emprego na vida. Seu rosto esquentou com o sorriso acolhedor que ele abriu e Jeon mordeu os lábios, se curvando em respeito no mesmo instante.

— Me perdoe pela minha indelicadeza, não sabia que era você, político Gong. — Jeon sentiu a mão fofa por nunca pegar no trabalho braçal tocar em seu queixo e ousou erguer a cabeça para olhar em seu rosto novamente. Ele parecia um ator de doramas de tão lindo e charmoso que era pessoalmente. Não que não fosse pela tv. — Me chamo Jeon Jeongguk, senhor.