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───────⊰✯⊱───────Prólogo:
O FEITICEIRO FERIDO───────⊰✯⊱───────
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+ '' * . . + * ✰ . . * . ✺ ✰ +O FEITICEIRO NÃO TINHA MAIS FORÇAS para permanecer transformado em corvo. Deixou-se cair em direção à floresta, desequilibrando no ar e atingindo alguns galhos grossos, sem conseguir de alguma maneira desviar. Voltou a sua forma momentos antes de atingir o chão, cambaleando e apoiando-se com o braço direito no tronco de uma árvore para conseguir manter-se de pé. Seu pescoço sangrava onde a lâmina, escura como um pesadelo, havia cortado; suas vestes negras, antes elegantes com fios dourados, agora estavam rasgadas e sujas. Uma vergonha para alguém de sua posição.
Sentindo os joelhos cederem, sentou no chão, apoiando as costas na árvore. Desembainhou sua espada que levava consigo, com dificuldade por usar apenas uma mão, e observou seu reflexo na lâmina; seus cabelos estavam revoltos, seu rosto pálido e suado. Todo seu corpo doía.
Cobriu o ferimento com a mão delicadamente; ele ardia com uma grande queimação. A dor não era algo estranho para o Feiticeiro, pois apesar de ser um lutador habilidoso e derrotar seus inimigos antes mesmo que tivessem a chance de alcançá-lo, fosse com espada ou com magia, havia sofrido inúmeras vezes no passado e possuía várias cicatrizes e marcas como prova disso. Agora a sensação de dor era avassaladora e o distraía até dos pensamentos mais simples. Ele tossiu um pouco, e pequenas gotas carmesim caíram no solo.
Há muito tempo sabia como usar magia para curar. Será que ainda conseguiria se tentasse? Permaneceu com a mão sobre o pescoço e fechou os olhos, tentando se lembrar de como era, e procurou concentrar seu poder. Imaginou o centro de seus poderes, o fogo, mas um fogo que não destruía e sim purificava; o fluxo quente, brilhante, passando por sua pele, e a sensação reconfortante de cortes se fechando sem dor e feridas desaparecendo. Acumulou sua magia em sua mão e a liberou.
No entanto, não importava o quanto ele se concentrasse e tentasse, a própria natureza de seu poder havia mudado. Sua magia estivera empenhada em destruir por tanto tempo agora que não sabia mais como curar. Reagiu como uma cobra faminta ao ser liberada, saltando sobre sua pele, arranhando violentamente, aprofundando suas feridas, fazendo o que sabia fazer melhor: machucar e atormentar. O Feiticeiro gritou de dor e imediatamente cortou o fluxo de energia, que rapidamente se dissolveu em suas mãos. Lágrimas de raiva vieram involuntariamente a ele com a reação de seu próprio poder caótico e corrompido.
Deixou-se cair deitado de costas no chão, exausto, observando as estrelas no céu, e deixou seus pensamentos vagarem livres em sua mente. Aquelas luzes, distantes e frias, poderiam vê-lo? Os deuses Dìonadair ainda conheciam seu destino, mesmo que há muito tempo tivesse dado as costas para eles? As estrelas de Rionnag relatavam a ela como ele estava quebrado e ferido? Os riachos ao longe levaram a Uisge os ecos de seu grito de dor? A terra e as árvores disseram à Mealusan como fincou os dedos nelas para tentar suportar a dor? Bruadar via seus sonhos, cheios de escuridão e sofrimento? Gwellhad sabia de sua necessidade desesperada de descanso e cura?
Não há cura para mim?, ele pensou, sentindo mais uma vez as lágrimas escorrerem. Fechou os olhos contra as estrelas, virando a cabeça para o lado. Mesmo que os Dìonadair soubessem, não se importariam com aquele que tanta crueldade fez, e sofreu o que merecia.
Ainda assim, o Feiticeiro se viu rezando.
Rionnag, Senhora das Estrelas, afaste a escuridão apenas por uma noite. Gwellhad, Senhor da Cura e do Repouso, garanta-me descanso apenas por um momento, nem mesmo peço cura. Dagach, Senhor dos Mortos e conhecedor do que há de vir, leve-me se eu não mais tiver um papel no destino deste mundo.
E assim caiu no sono, buscando o esquecimento para lidar com a dor em seu corpo e em seu coração.
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A Canção de Sombras e Estrelas
FantasyLyra era apenas uma garota normal, sem ambições ou preocupações com o futuro. Dividindo seu tempo entre adquirir novos conhecimentos e aperfeiçoar as habilidades que tem em segredo, a rotina monótona começa a mudar quando, durante uma de suas caminh...