02 - Into your universe, I dive in

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É de repente que ele abre os olhos, sentindo que o trem se movimenta de uma forma esquisita. Ao abrir as cortinas azuis, Kihyun se depara com a paisagem fugindo para o lado contrário, como se os vagões estivessem dando marcha ré.

É de repente que eles estão adentrando o arco da ponte e então o chacoalhar faz com que as luzes pisquem e confundam o viajante, deixando-o ligeiramente tonto.

Kihyun sente um sono muito pesado, mas está curioso e não pretende deixar que seu corpo seja tomado por qualquer que seja aquele encanto então belisca a pele do próprio braço na esperança de que a pontada de dor o mantenha desperto o suficiente. As pálpebras, no entanto, pesam e ele pisca com força, obrigando-se a sair dali, apoiando-se de qualquer jeito na porta do compartimento para alcançar o corredor bem quando as luzes se apagam de vez.

 As pálpebras, no entanto, pesam e ele pisca com força, obrigando-se a sair dali, apoiando-se de qualquer jeito na porta do compartimento para alcançar o corredor bem quando as luzes se apagam de vez

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 Há uma única janela iluminada, aquela que dá acesso ao próximo vagão. Kihyun respira fundo e se esforça para continuar de pé mesmo quando seus dedos das mãos e dos pés parecem estar formigando. Ele começa a andar e ganha ritmo, enfim correndo na direção da luz com o peito repleto de esperança. Assim que espalma as mãos na porta e a arrasta para o lado, tudo o que vê é um clarão.

E então ele abre os olhos de fato, percebendo que aquele havia sido apenas um sonho e que a estação de Seoul está logo ali. O cheiro característico do vilarejo, de flores e mata molhada, o recebe e ele se deixa largar sobre o estofado durante os últimos minutos, levantando-se apenas quando sente os solavancos da parada da locomotiva.

Com a mala numa das mãos e o vaso com girassol na outra, ele fita todo o compartimento antes de seguir para fora. Desce os pequenos degraus e se despede do funcionário que guia os passageiros, pisando na plataforma 11 que está vazia.

Ainda é cedo, é o que ele pensa. Vira-se para observar a extensão do trem e assim permanece até que os apitos ecoam e a máquina volta a ganhar vida, partindo para o sentido oposto para seguir viagem. O olhar de Kihyun fica preso no trem até que este suma de vista e então ele volta a observar o clima de solidão de todo aquele espaço até ter sua atenção capturada pelo grande relógio de parede que tiquetaqueia alto.

Ele respira fundo, achando irônico que seu retorno esteja repleto de um gosto amargo, bem como parece ser o gosto em seu interior, melancólico e entristecido. Kihyun caminha até um dos bancos de madeira e sobre ele descansa a pequena mala e o vaso de flores, tirando do casaco o relógio de bolso. Quando o encara, porém, nota que os ponteiros estão se movimentando e que o horário parece correto, como se o objeto nunca tivesse parado de funcionar.

Ele não sabe o que isso significa, não até ouvir ao longe o seguinte:

— Então é este o famoso girassol?

Não há tempo para pensar que está enlouquecendo porque Kihyun imediatamente vira o rosto para a esquerda encontrando uma figura conhecida que o faz indagar se está preso em um novo sonho.

Mas é real, tão real quanto as calças marrons, o casaco xadrez de botões e os óculos de aro arredondado que Minhyuk usa; tão real quando o sorriso que ambos trocam quando se dão conta de que estão juntos novamente; tão real quanto o abraço que eles dão depois que correm na direção um do outro, sentindo enfim suas respirações e seus corações pulsando muito rápido.

— Eu prometi que você nunca estaria sozinho — é o que Minhyuk diz e Kihyun sequer consegue responder, pois há lágrimas de alegria escorrendo por seu rosto e embargando sua garganta. A forma como suas mãos se agarram aos tecidos que cobrem o corpo de Minhyuk fazem o outro rapaz sorrir e completar: — Ei, está tudo bem, eu consegui...

Kihyun funga e eles se separam, fitando o rosto um do outro com centenas de questões em mente, todas elas passíveis de adiamento. E então Kihyun dá um tapinha num dos ombros de Minhyuk, bronqueando-o:

— Você devia ter me avisado!

Minhyuk apenas ri, mas nega com um aceno de cabeça.

— Embora eu não tivesse certeza de que isso funcionaria, eu me mantive forte e crente de que seria capaz de te surpreender — ele explica. — Você é um pequeno universo difícil de se alcançar... Mas eu consegui.

— Não sou pequen... — Kihyun começa, mas é interrompido por um beijo.

Um beijo dominado pela saudade e por carinho, um beijo que retém todas as emoções em movimentos condizentes, um beijo que os une mais do que antes e que faz Minhyuk se lembrar de todos os corredores pelos quais correu em busca da vitória em seu maior objetivo: seguir até encontrar a porta para o mundo de Yoo Kihyun.

	Um beijo dominado pela saudade e por carinho, um beijo que retém todas as emoções em movimentos condizentes, um beijo que os une mais do que antes e que faz Minhyuk se lembrar de todos os corredores pelos quais correu em busca da vitória em seu m...

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"O que eu queria era perder a conta dos dias para que a data de nossos encontros chegasse mais depressa. Mas agora, agora quero que os trezentos e sessenta e cinco dias se multipliquem e eu possa estar com ele por muitos e muitos anos. Minhyuk me disse que é possível e eu não tenho motivos para discordar."

Não há mais páginas em branco no diário e a vila agora tem um novo morador, aquele que cumprimenta a todos com um belo sorriso no rosto, que aquece Kihyun por inteiro e que rega o girassol comprado em Anyang todos os dias, porque este ainda vive, quase como se tivesse se tornado o símbolo de algo maior.

"Nossos universos enfim se tornaram um só."

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NOTAS: E assim termina essa jornada dos kihyuk, felizmente juntos e podendo encher um ao outro de amor!!! 

Espero que vocês tenham gostado, views em Beautiful Liar e até uma próxima história!!! 

Quem puder, deixa aqui um recadinho comentando o que mais gostou! Isso vai me deixar super feliz!!! Obrigada, meus amores!!! 

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