Adeus À Primeira Pessoa que Amei.

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Através das lembranças que ela via o seu coração despedaçar, ela dizia para si mesma que estava tudo bem, mas era uma mentira. Como poderia estar tudo bem? Seu coração clamava por amor eterno, mesmo que não existisse.

- Tola.- Foi o que disse a si mesma, antes de beber a última gota de vinho que tinha na taça. Seu coração doía, a dor se manifestava como se fosse uma regra, ela sentiu que tinha uma doença incurável dentro de seu peito.

Sem as palavras da rosa negra para confortar a dor que sentia, ela simplesmente aceitou a vida fria e miserável que lhe foi oferecida. Estando em uma varanda em seu apartamento com uma taça na mão, ela admirou o céu escuro e mansinho porque era a única coisa que ainda sentia um pouco de alívio no tormento que sofria.

- Realmente, eu te amei. - Mas também como não amar? O amor com ela era tão mágico e profundo que parecia fogos de artifício dentro de seu peito, pode-se até dizer que ela sentiu as famosas borboletas na barriga. Um sorriso bobo brincou em seu lábio como se ela estivesse apaixonada novamente, mas logo se desfez por causa das lembranças cruéis.

As lembranças eram boas com sorrisos, risadas, choros, mas pelo fato de serem tão boas e com uma pessoa que ela tanto amava que não tinha mais em seus braços, tornava-as horríveis, pois ela não teria todos aqueles momentos de volta. Quem olhasse para a garota diria: "Não há ódio em seu coração, é apenas um coração melancólico."

Mas era uma mentira como todas as outras, havia muito ódio em seu coração e raiva. Como ela poderia não ter? Eventualmente, a tristeza se transformaria em raiva.

Ela se repreendeu, era sempre assim. Primeiro vem a tristeza pela falta, depois a confusão de seus pensamentos como se fosse a primeira vez jogando um jogo de tabuleiro e não soubesse as regras. Em questão de segundos, a raiva aparecia pelos sentimentos que ela precisava reprimir e em outros segundos ela via a felicidade pelas lembranças perfeitas que tinha com a garota.

- Não sei se estou em seus pensamentos como você está nos meus, mas entre está ou não, espero que um dia desses você pense em mim. - Disse ela como se fosse um desejo para uma estrela cadente, olhando para as estrelas com medo de que elas desaparecessem. - Na escuridão, procuro uma rosa que brilhe como uma estrela, procuro uma estrela que brilhe como seus olhos, mas a única coisa brilhante são as lágrimas que rolam pelo meu rosto.

Seus pés estavam cansados, prontos para ir em uma direção apenas, mas primeiro precisava fazer algo. Ela precisava acabar com isso, mesmo que doesse muito, ainda queria seguir com sua vida e não viver em uma sombra de mágoa e desprezo.

- Adeus, My Rose. - Seus olhos estavam prontos para outra rodada de lágrimas, mas ela não queria isso, ela estava cansada de chorar. As gotas de água que seu rosto faria só a fariam se sentir pior consigo mesma. - Continente peço a Deus que não faça seu coração parar de bater.

Tem uma coisa, mesmo que toda a dor desapareça, mesmo que todos os sentimentos desapareçam, ela sempre vai se lembrar da primeira pessoa que amo mais que sua vida.

Seu amor era como as estações do ano nunca teriam fim.

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