ISABELA MORAIS, OU MELHOR, BELA, é uma brasileira que consegue bolsa para estudar cinema na universidade dos seus sonhos em Los Angeles. No seu primeiro ano, após fazer um trabalho que viraliza nas redes sociais, acaba tendo grandes oportunidades no...
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ISABELA SE ARREPENDEU DE TER concordado com aquilo assim que estacionou o carro, mas era tarde demais - ela já estava lá e tinha convidado o Pablo.
— Melhora essa cara, guria – Ana Luiza sacudiu levemente a amiga pelo ombro — Vai ser divertido!!!
— Tá bom, tá bom – se deu por vencida, e a outra sorriu animada — Agora que tô pensando, a gente devia ter vindo de uber.
— Por que? – indagou, procurando por alguma coisa na bolsinha.
— Porque não é bom beber e dirigir, e só bebendo muito pra acompanhar você e a Sophia – explicou, rindo.
— Deixa o carro aí e amanhã tu pega – achou o gloss que procurava, o entregando para Bela — Aqui, pra ti passar, vai deixar sua boca ainda mais bonita!
— Obrigada, Nalu – pegou o produto, abaixando o quebra-sol para passar olhando no espelho.
— A Sôso já entrou – avisou, lendo as mensagens — Vamos?
— Como eu tô? – indagou, virando para amiga.
— Linda, Gavi vai pirar! – piscou — E eu?
— Linda, todo mundo nessa balada vai pirar!
As duas brasileiras saíram do carro, Isabela vestiu o seu sobretudo e Ana Luiza uma jaqueta - mesmo sabendo que logo iam tirar -.
Como já conheciam o lugar, foram direto para a área que ficaram na última vez. Terminaram de subir as escadas, recebendo a pulseira do camarote no braço direito.
— Obrigada! – agradeceram juntas, e o segurança acenou com a cabeça.
Bela não tinha ido em muitas baladas em Barcelona - na verdade só em duas - mas essa se tornou sua favorita. Os funcionários eram simpáticos; a decoração super bonita; as músicas boas e, as pessoas estavam curtindo tanto o próprio rolê que não ligavam para quem ela era.
As duas se jogaram em um dos sofás, cada uma de um lado, deixando a Sophia entre elas.
— O mundo está acabando? – a mais alta começou a olhar ao redor, fingindo desespero, fazendo as outras rirem.
— Não teve graça! – Isabela disse, parando de rir.
— Ué, mas você tá rindo – retrucou, vendo a Bela mostrar a língua.
