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Rachel estava evitando Wednesday. Ainda. E a Addams estava começando a se irritar de verdade com aquilo.

Ao chegar de seu encontro e encontrar seu quarto revirado e mãozinha esfaqueado, a Addams percebeu que estava passando dos limites. Ela precisava encerrar aquilo de uma vez.

Foi então que Bianca e Lucas a encontraram no clube beladona, a entregando uma ficha da autópsia de Laurel Gates. Nunca encontraram o corpo.

A casa dos Gates havia sido comprada a um ano, mas a proprietária tinha morrido aparentemente. Tudo parte do Plano de Laurel. E Wednesday já tinha uma idéia de quem era.

Wednesday: eu sei que é Laurel Gates, e você voltou pra Jericho pra buscar sua vingança. O prefeito também sabia, por isso teve que mata-lo. E o que melhor pra entrar e sair do hospital sem ser notada do que uma psiquiatra alegando visitar outro paciente.

A Addams não fazia idéia do que suas alegações causariam futuramente, e quanto sangue derramaria por sua imprudência.

Marilyn: nunca pensou em mudar a cor dos seus cabelos Rachel?

A mulher penteava os fios roxeados da empata, que estava concentrada nos traços do desenho que fazia.

Rachel: não. Você sabe que ele é assim naturalmente.

A ruiva concordou com um murmuro, tomando cuidado pra não puxar os cabelos da mais nova.

Marilyn: mas nunca teve vontade de muda-los? Uma cor mais normal, talvez.

Rachel: me acostumei com eles assim.

Sua resposta simplista fez a ruiva suspirar. As vezes Rachel sentia como se a mulher tentasse incitar ela a fazer coisas pro seu agrado.

Marilyn: entendo.

A empata iria questionar a mulher, mas paralisou assim que sentiu um frio subir por sua pele. Seus olhos ficaram vermelhos assim como a pedra, e o lápis em sua mão foi forçado contra o papel até rasgar, fincando na madeira da mesa.

Marilyn: Rachel? Querida?

A empata sentiu como se estivesse em uma montanha russa, passando por um túnel. A tontura a cercando até ela parar. Ao conseguir focar sua visão reconheceu o prédio. A psiquiatra.

Em um piscar de olhos estava dentro da sala. A mulher loira falava ao telefone, falava com a diretora Weems.

Sentiu o calafrio quando a mulher tocou a maçaneta do banheiro, e quando abriu a porta, lá estava ele.

Como se estivesse no lugar da psiquiatra, ela sentiu o grito rompendo de sua boca, e então o ataque.

Marilyn se afastou e se abaixou quando a fumaça roxa saiu do peito da mais nova. Em uma quantidade muito maior que das outras vezes, as lâminas sendo lançadas pra todas as direções, enquanto a fumaça cobria totalmente a empata. Como um casulo.

Quando o ataque parou, a empata voltou a consciência. A fumaça voltando pro seu peito enquanto ela respirava fundo, os olhos e a pedra também se apagando.

Marilyn: meu bem.

A ruiva se aproximou rapidamente dela, tocando seus ombros e a fazendo olha-la.

Rachel: ela vai morrer.

Marilyn: quem? Quem vai morrer?

A empata olhou pro desenho em sua mesa e suspirou. Tinha desenhado o corpo da mulher estirado no chão.

Rachel: a doutora Kinbott.

A ruiva se afastou da empata, saindo do quarto as pressas pra avisar a diretora.

Porém já era tarde.

Mesmo que ela chegasse ao hospital, Valerie Kinbott tinha seu destino assinado pelas garras do Hyde.

E tudo aquilo era parte do plano.

Só estava começando.





[Não revisado]

Aiai, essa Marilyn.

Até quarta :3










RAVEN, Xavier Thorpe ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora