5 - Sem Perdão

54 8 0
                                    

Eu passei os últimos anos buscando uma forma de escapar dessa prisão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu passei os últimos anos buscando uma forma de escapar dessa prisão. Os 19 anos em que vivi em um mundo prisão não chegavam perto da tormenta que estava passando sabendo que em algum lugar lá fora, no mundo real, estavam Caroline e meus filhos, ou filhas, quem sabe? 

Os dias não passavam, eu sabia escapar, já fiz isso antes, só precisava das condições ideais e encontrar a chave. A porcaria da chave. Caroline estava lá fora e eu não estava ao lado dela, para cuidar, dar amor, amor que eu nem sabia que poderia sentir, a meus bebês.

Eu escrevia cartas. Todos os dias. 

Para que minha prole soubesse o quanto eu tentei. 

Dessa forma eu consegui contar os anos. Até que um dia eu finalmente consegui. Eu e minhas cartas finalmente estávamos no mundo real. Eu estava pronto, bem vestido, queria passar uma boa impressão. Sentia a ansiedade me percorrer. Os anos na prisão e pensando eu tudo que eu estava perdendo finalmente me deram redenção. 

Eu não queria mais lutar contra os sentimentos, só queria fazer a coisa certa.

Quando cheguei em New Orleans rapidamente soube que Caroline e Klaus estavam dando uma festa beneficente. Uma causa nobre. 

Eu já imaginava que Caroline tinha seguido sua vida com Klaus, apesar de uma parte de mim ter ficado sentido por ela ter desistido tão fácil de me encontrar. Mas eu podia superar aquilo, eu estava amaldiçoado, afinal, era compreensível que ela não fosse atrás de mim, e isso não significava que ela tinha deixado de me esperar. 

Eu não sabia como as coisas seriam lá fora, de alguma forma eu não sentia mais a maldição. Eu não estava enlouquecendo, e depois de tantos anos eu já deveria ter tido todo os tipos de alucinações. Essa coisa funciona de uma forma muito parecida com a maldição do caçador. Mas não tem um caçador. O inimigo são nossos próprios medos. E eu ainda não sei o que causa o fim dela.

Finalmente consegui chegar no evento, usei meus poderes de invisibilidade, porque certamente meu nome não estaria entre os convidados. Deixei um sorriso debochado escapar quando vi uma placa que dizia "Em memória de Malachai Parker". 

Então é isso, me tratavam como um defunto?

E então avistei três garotinhas correndo. Mas duas delas me despertavam uma sensação diferente. Eu tinha duas meninas. Eu tinha certeza disso. Eu podia sentir. Assim que as duas se afastaram da outra garotinha, que eu suspeitava ser minha afilhada Gabby, eu usei meus poderes de ilusão para me projetar ao lado delas. 

Algumas coisas não me pareciam certas, não queria correr o risco de ser farejado por Klaus.

—Olá meninas! — eu tinha um sorriso emocionado nos lábios. Eu esperei anos por esse momento.

—Quem é você? — a garotinha loira me questionou.

—Meu nome é Kai. E o de vocês?

—Kailey Mikaelson — a morena sorriu — quase como o seu.

The Beast Inside of Me | Livro 2 | Pausada |  • Klaroline •  | PT-BROnde histórias criam vida. Descubra agora