Six Days of Heat! | Supercorp G!P | ABO AU [Adaptação da Fic Larry] • ©Huffever

17 - The Final Countdown

Horas de um silêncio sepulcral se passaram. Alex ofegava exausta, sem forças para continuar em suas tentativas de se livrar das correntes, sua cabeça pendia para frente enquanto ela murmurava baixinho os nomes de todos ali, sem voz depois de gritar incessantemente por elas e por uma ajuda que ela sabia que não viria. A mordaça já havia caído em seu pescoço, úmida com saliva e sangue, suas pernas fraquejavam e seu corpo inteiro doía. Sua mãe, Lillian, Kara... Samantha, todos pareciam estar mortos.

Já havia perdido as esperanças quando um grunhido baixo chamou sua atenção. Alex ergueu a cabeça rapidamente e arregalou os olhos na direção de Samantha, a ômega se movia com dificuldade enquanto tentava recobrar a própria consciência.

— SAMANTHA! – chamou a alfa – SAMANTHA! VAMOS LÁ BABY, VOCÊ PRECISA ACORDAR, PRECISA LEVANTAR! – incentivou tentando evitar que ela desmaiasse novamente – BABY, VOCÊ TÁ ME OUVINDO? FALA COMIGO, NÃO DESMAIA DE NOVO!

Finalmente a ômega se sentou, piscando diversas vezes em uma direção qualquer tentando desembaçar a própria visão. Um zumbido persistente em seu ouvido fazia sua cabeça girar, ela levou uma das mãos até o local que latejava, na parte de trás um pouco acima do pescoço, sentindo uma dor aguda ao tocar o ferimento e assustando-se com a quantidade de sangue em sua palma ao trazê-la para baixo e encará-la.

— SAMANTHA! OLHA PRA MIM, BABY! – chamou Alex mais uma vez – SAMANTHA! OLHA PRA MIM!

Bem distante, perdido no zumbido alto que rondava sua cabeça, a ômega ouviu alguém gritando seu nome. Quando ergueu a cabeça novamente, dessa vez em uma nova direção, a imagem turva de Alex acorrentada à uma árvore chamou sua atenção. Aos poucos a voz e a figura da alfa tornavam-se mais nítidas para ela, que arregalou os olhos quando percebeu as pessoas desacordadas ao seu lado. Assustada, levantou-se com dificuldade e engatinhou na direção da alfa, aproveitando-se da firmeza da árvore para usar de suporte e enfim conseguir se levantar.

— Lexie! – sussurrou a ômega ao segurar o rosto de Alex, encostando a testa na dela com carinho, juntando os lábios em um beijo cheio de sentimentos.

— Achei que tinha perdido você pra sempre – sussurrou a alfa após seus lábios se separarem, parte de si aliviada porque sua ômega havia sobrevivo.

— O-o que ho-houve? – perguntou Samantha com dificuldade.

— Jeremiah – a alfa respondeu simplesmente – Precisa me ajudar com essas correntes, eu preciso ajudar a Kara – pediu, movendo-se sob elas para mostrar que estava presa.

Samantha deu a volta na árvore tentando encontrar onde as correntes se encontravam ou se havia algum cadeado prendendo, mas não encontrou nada.

— Eu acho que o papai guardava uma caixa de ferramentas, eu vou buscar.

— Rápido! Por favor...

O olhar de Alex não deixava o corpo de Kara, a cada minuto a respiração da alfa desacelerava um pouco mais, engatando algumas vezes por alguns segundos e então retomando. Pouco tempo depois a ômega saiu da cabana arrastando um grande baú de madeira de onde tirou algo que, de longe a alfa não conseguiu identificar, mas assim que Samantha se aproximou, ela percebeu se tratar de um maçarico.

— Lexie, as correntes estão muito apertadas, vai te machucar.

— Não tem problema, só preciso que me solte, por favor baby.

Com o cenho franzido Samantha pressionou a válvula do maçarico acionando-o sobre as correntes e consequentemente sobre a pele de Alex que berrou dolorida, assustando a ômega, fazendo com que ela parasse imediatamente.