Capítulo 3

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*S/n on*

Acordo assustada com o toque do meu celular, checo o horário e vejo que são quase nove horas, olho para mesinha do lado da minha cama e pego meu celular vendo o nome na tela. Era a minha mãe e eu atendo colocando o aparelho no meu ouvido

S/n: Oi mãe

Helena: FILHA ME AJUDA PELO AMOR DE DEUS, TEM UMA COISA HORRÍVEL AQUI NO CONSULTÓRIO E ELA MATOU MINHA SECRETÁRIA

- Minha mãe fala gritando e chorando muito do outro lado da linha. Eu levanto da cama com rapidez pelo seu tom e percebo o medo na voz dela que parece estar correndo, como se tivesse fugindo de algo

S/n: Mãe pelo amor de Deus o que está acontecendo!? Eu estou indo aí, seja lá o que for corra, para bem longe

- Eu digo tentando manter a calma, mas o desespero já tomava conta de mim. Vou até o guarda roupa e visto uma calça larga e uma blusa qualquer

Helena: FILHA POR FAVOR EU- AAAAAAHHHH

- Ouço o grito da minha mãe e paraliso olhando para o chão na esperança de ouvir qualquer resquício de som dela

S/n: MÃE!? Mãe por favor fala alguma coisa!

- Digo sentindo minha respiração falhar. Espero uns dois minutos e vejo que ela não responde, saio correndo para fora de casa apenas encostando a porta e aceno para o primeiro táxi que vejo na rua

O taxista para e eu entro rapidamente batendo a porta com uma certa força. Ainda com o celular no ouvido ouço minha mãe me chamar com a voz mais baixa

Helena: S/n, filha

- Ela diz com a voz trêmula e meu coração acelera. Eu começo a me desesperar por não ter ideia do que está acontecendo naquele consultório

S/n: MÃE POR FAVOR FALA COMIGO!

- Digo entrando no táxi e tendo um mal pressentimento da situação. Dou o endereço ao motorista e eu peço para ele ir o mais rápido possível, o mesmo percebe meu desespero e faz o que eu pedi

S/n: Mãe eu estou indo, fica calma por favor... Mãe?

- A chamo mas não tenho resposta. Sinto meu peito apertado, meu estômago embrulhar e peço para o motorista ir mais rápido

S/n: Moço por favor, vai logo!

- Chego no consultório da minha mãe e antes de descer pago o motorista e saio correndo para dentro do lugar, passando da porta eu não vejo ninguém e isso me assusta muito mais. Ando mais rápido chamando minha mãe

S/n: MÃE! eu estou aqui, onde você está!?

- Digo tentando me manter calma, o sentimento ruim que estou tendo só aumenta e me sinto deslocada, como se o lugar inteiro fosse estranho para mim. Não ignoro o fato de que aquele ambiente me deixa com um pressentimento ruim

Ando mais um pouco e quando passo por uma bancada vejo a secretaria da minha mãe morta, sinto meu corpo estremecer quando vejo aquela cena. Os olhos da moça abertos e sua feição assustada e dolorosa, olho direito e vejo o machucado profundo e coberto de sangue que me deixa paralisada

Me afasto dela e grito novamente pela minha mãe com a sensação ruim apertar meus pulmões impedindo de respirar corretamente. Esse lugar emana algo muito forte que me deixa tonta

S/n: MÃE! Por favor, onde você está?

- Quando grito de novo ouço uma voz abafada de um pequeno quartinho de limpeza que fica não muito longe dali. Vou correndo na esperança de ser minha mãe e quando chego... tenho a confirmação de que é ela

First Love - Megumi Fushiguro 🫀Onde histórias criam vida. Descubra agora