𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 ਏਓ ⬪˙ of enhypen!

🍜park jongseong; ★☆

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acredito que oxigênio é algo que me falta a muito tempo. 

park jongseong vinha me visitar pelo menos uma vez na semana, segurava minha mão por um tempo, trocávamos palavras sem graças e ele se ia. 

costumava sempre trazer rosas vermelhas vibrantes, colocando-as ao vaso transparente toda vez. elas se vão rapidamente, como eu fui. mentalmente esfaqueada. doença grave, coração. respirava apenas com a ajuda de um pequeno aparelho transparente que entrava pelas minhas narinas machucadas.

"— como ela está?" consegui ouvir seu sussurro atrás da porta, escondido na escuridão.

"— piorando, sinto muito.", foi o que o enfermeiro disse, espero ter ouvido errado.

acreditar é uma palavra relativamente estranha. na verdade, era como se tudo não passasse de uma ilusão sem graça. tudo tinha perdido a cor, menos ele. era ele que trazia tudo de volta, junto com suas rosas encantadoras e seu sorriso falsamente brilhante, era incrível como jay tinha a esperança que eu melhorasse.

"— bom dia, minha garota!" seus passos foram ouvidos, ele carregava-as num papelão novinho, o cheiro conseguiu captar meus sentimentos e eu rapidamente sorri.

"— bom dia, meu gatinho" a voz saiu estranhamente baixa, enquanto as pontadas vinham a cada sílaba pronunciada.

"— trouxe suas flores, e mais um presentinho" — exclamou, colocando as rosas esplêndidas sobre o vaso monótono.

" — estão lindas, como você" — soltei um pequeno suspiro, sentindo seus lábios em minha bochecha pálida.

"— e você é uma obra de arte, minha obra de arte" — ele ri levemente, me entregando um envelope de papel reciclado.

"— o que é isto?" — minhas expressão suave de repente se tornou confusa, trazendo-me um biquinho aos lábios secos.

"— abre!" — seu sorriso brilhante entrou em meus pensamentos, fazendo meu coração acelerar um pouco. uma dor aguda fez-me resmungar, enquanto o adesivo se rasgou.

uma pequena carta, atrás? dois polaroids e uma fotografia de boa qualidade. éramos eu e ele, nosso primeiro encontro, num restaurante chique. estávamos fazendo careta, meu vestido era lindo e ele estava lindo, com aquele terno chique e um sorriso convencido aos lábios.

"— você lembrou!" — soltei uma pequena risada, fazíamos onze meses de namoro, queria que pudéssemos ter chegado a um ano juntos.

"sim, sim, mas leia depois! quero gastar meu tempo conversando com você, bobona!" — sua voz suave me trouxe arrepios.

se eu soubesse que não duraria nem mais um dia, teria lido aquela carta. a culpa me assombrou como uma bela história arrepiante. 

meu coração morreu, mas meu amor por jongseong sempre estará plantado nas rosas que ele me trouxeste.