𝑴𝒐𝒏𝒔𝒕𝒆𝒓

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"Nem sempre o monstro é uma ameaça, e sim, as pessoas."

...

[Nome] estava junto de Lizzy no centro da cidade. Lady Catherine estava junto delas. [Nome] ouvia cochichos entre sua prima e a Lady, vendo as várias vezes que a mais velha tentava agredir a ruiva.

- Adoro uma mulher difícil. - Lady Catherine disse, sendo derrubada por Lizzy em seguida.

- Mulher difícil é aquela sua assistente. - Lizzy disse, cruzando os braços.

Catherine se levantou e ficou olhando para a morena, com a mão no rosto, cobrindo o nariz que tinha sangue por conta do soco.

[Nome] apenas observava. Andou alguns passos, ficando distante das outras duas mulheres. Olhava as diversas pessoas que andavam pelo centro, com suas sacolas de compras. Vestidos de diversas cores, e tantas pessoas diferente, mas com atitudes semelhantes às de outras.

Um forte vento passava pelas pessoas, por mais que tivesse uma grande quantidade de pessoas ali, ainda era possível se sentir o ar correr entre elas.

Começou a caminhar para mais longe, prestando atenção nas tendas. Haviam tantas. Algumas de frutas, comidas feitas na hora. E outras de roupas, chapéus e colares.

[Nome] se aproximou de uma tenda ao perceber um colar brilhoso. Um diamante vermelho, tão brilhante que era possível de vê-lo ao longe.

Se aproximou, o pegando na mão. Conforme ele girava na corrente dourada que o segurava, [Nome] ficava mais fascinada pelo brilho do diamante. Colocou sobre a mesa da tenda novamente, arrumando seu chapéu.

- Com licença. - Uma senhora chamou por [Nome].

A dona da tenda. Ela se aproximou da garota, pegou a mão dela, colocando o colar que tinha o pequeno diamante vermelho.

Ficou olhando incrédula para sua mão. E olhava para a senhora. Ela colocou a joia de volta na mão da senhora mais baixa que ela.

- Não posso aceitar.

A senhora sorriu. Devolvendo o colar à [Nome].

Ela voltou para sua tenda, e a princesa ainda encarava a joia. Era tão linda, o jeito que brilhava. Guardou o colar na cesta que carregava. Voltando para onde Lizzy e Lady Catherine estavam.

Esbarrava agora nas várias pessoas à sua volta. Não conseguia ter visão das ruas, pois haviam pessoas demais. [Nome] tentava ficar na ponta do pé, tentando enxergar. Foi quando um homem derrubou ela, fazendo com que o capuz saísse de seu cabelo.

- Olha por onde anda! - O homem disse, prestando atenção na princesa enquanto ela se levantava.

Ao prestar atenção no rosto dela, o homem arregalou os olhos. Ele se ajoelhou na frente da princesa, gritando por perdão. Nisso, uma grande roda de pessoas se criou, e todos estavam surpresos pela presença da princesa no meio do povo.

[Nome] não sabia o que fazer, pois não só aquele homem, e sim outras pessoas começaram a se curvar diante dela. Se aproximou do homem, tocando o ombro dele.

- Se levante, por favor. - [Nome] pediu, calmamente. Vendo o homem olhar para o próprio ombro.

- A Princesa o tocou. - Todos murmuravam.

[Nome] não fazia a mínima ideia de como iria sair dali. Ao olhar para cima, viu algo grande voando em sua direção. Não sabia dizer o que era. Mas claramente, não se parecia nada com uma pessoa.

No momento em que aquilo se aproximava, [Nome] viu o movimento brusco do homem. A coisa de penas escuras a pegou, antes que o homem tivesse conseguido apunhalar a princesa com uma adaga.

[Nome] não gritou, mas quando viu que sobrevoava o castelo de seu pai, ela apertou mais o que a segurava.

- Não precisa ter medo. - Era um homem.

Ele tinha sua voz cansada. Percebeu os braços que a seguravam, cobertos de penas. Ela conseguia ouvir os batimentos cardíacos lentos do homem.

Eles sobrevoaram os céus por alguns minutos, até o homem ser atingido por uma flecha, fazendo com que ele soltasse a princesa. [Nome] gritou ao cair na direção do mar.

E antes de cair na água, [Nome] viu o rosto do homem. Quando seu corpo se chocou ao oceano, a princesa foi perdendo a consciência aos poucos. Mas viu ele nadando para tentar a salvar.

Depois de algumas horas, [Nome] abriu os olhos. A primeira coisa que viu, foi um teto de madeira, marrom claro. E prestou atenção a voz de uma criança que tinha no cômodo. 

Virou a cabeça, tentando enxergar algo. Sua visão estava um pouco embaçada. Mas enxergou um homem alto de cabelos pretos. Logo ouviu a voz da criança novamente.

- Tem certeza disso Howl? - O pequeno garoto perguntou.

[Nome] arregalou os olhos, se sentando rapidamente na cama. O pequeno garoto se escondeu atrás de Howl.

O homem de cabelos escuros encarava a princesa. Howl fez um sinal para que o garoto saísse do quarto, e assim, ele o fez. O moreno se aproximou de [Nome], sentando em um banco que estava ao lado da cama.

Eles se olharam por alguns instantes, até a princesa decidir falar. Porém, Howl a interrompeu.

- Vou fazer uma poção para que você me esqueça. - São essas palavras que saem de sua boca.

[Nome] fica quieta. Ela abaixa a cabeça, tendo todo seu rosto coberto por seu cabelo.

- Por que quer que eu te esqueça? - Ela pergunta.

Howl sente sua mão tremer, ele a pressiona com a outra, tentando não deixar [Nome] com medo. Levanta a cabeça, e a olha, não o olhando de volta.

- Quero que se lembre de mim como o homem mágico que conheceu. - Howl faz uma pausa na fala. - Não como um monstros. Que todos tem medo.

Ele mexe nas pontas do dedo, esperando ouvir algo da parte de [Nome]. Howl começa a ficar ansioso, e então, abaixa a cabeça também.

- Acha que tenho medo de ti? - A princesa pergunta.

- Todos tem medo de mim, Majestade. Sem exceções. - Ele diz friamente.

[Nome] olhou para Howl por um instante, antes de puxar o rosto dele, fazendo com que ele a olhasse.

- Se fosses o monstro, teria sido tu a tentar me atacar. Não aquele plebeu. - [Nome] diz, em um tom sério. - Nem sempre o monstro é o vilão, Howl. Os verdadeiros vilões incriminam pessoas que todos tem medo. Mas já parou pra pensar quem são os bonzinhos?

Howl nega com a cabeça.

- Os monstros, Howl. Eles não fazem mal a ninguém, pois já foram rejeitados tantas vezes. E eles só estavam tentando ajudar alguém na maioria dessas vezes. - O ambiente fica em silêncio por um breve momento. - Então, Howl. Eu não tenho medo de você, nem nunca terei. 

Os olhos que Howl brilham, mostrando as lágrimas que se formavam em seus olhos. Ele se levantou, indo na direção da porta do quarto.

- Amanhã te levarei de volta ao castelo... Majestade. - Foi a última coisa que ele disse.

[Nome] ficou pensativa por alguns minutos. Por que Howl a quer longe dele?

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⏰ Última atualização: Oct 09 ⏰

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Mᴇᴜ Pʀɪ́ɴᴄɪᴘᴇ || HowlOnde histórias criam vida. Descubra agora