Eu sempre sonhei em ser uma agente do FBI e quando consegui realizar o meu maior desejo, o destino brincou comigo, me usou como um tabuleiro de xadrez e derrubou todas as minhas peças destruindo tudo dentro de mim.
No fundo sempre soube que tudo qu...
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Não é o que você disse. É como você disse.
Arlissa - hearts ain't gonna lie
O restante do caminho foi feito em um extremo silêncio da minha parte e quando ele começou a estacionar no carro, o olhei, mirando os meus olhos azuis em seu rosto e comecei a falar quebrando a quietude dentro do automóvel.
- Devemos começar hoje a investigar todas as mortes dos agentes que morreram nesses últimos meses, precisamos analisar cada uma delas separadamente e ver se há algo comum ou algum detalhe que perdemos. - Informei e ele balançou a cabeça algumas vezes, antes de largar o volante e estudar o meu rosto. Suspiro profundamente, e movo o meu corpo para abrir a porta.
- Espere, céuzinho. - Diz tocando em meu ombro, seus dedos quentes ficam parados em minha pele, seu pequeno ato me deixa sem saber o que fazer, mas logo afasto o meu ombro da sua mão.
- Me chame de forma profissional, agente Becker. - Comunico juntando os nossos olhos na mesma linha de visão. Suas órbitas acastanhadas brilham com rebeldia e ao mesmo tempo havia algo ali que eu não sabia definir.
Era um brilho divertido e ousado, era como se ele soubesse de algo que eu não fazia ideia.
- Somos parceiros, não precisamos nos tratar dessa forma. - Rebateu ignorando totalmente o meu pedido. - Eu posso te chamar de Jess, de ruivinha, de céuzinho, de princesa italiana, de tudo que eu quiser
- Diga logo o que você quer. - Peço com pressa para sair do carro e criar uma distância entre nós dois. Não estava gostando nada de ficar nesse espaço pequeno e com ele me encarando dessa forma.
- Você está com o caso dos agentes que morreram? - Interroga e franzo a testa diante da sua pergunta boba.
- É claro que sim! - Afirmo o óbvio e sem dúvidas com uma careta no rosto.
- Me mostre, por favor. - Pediu calmamente e no primeiro momento pensei em negar, pois poderíamos muito bem fazer isso em nosso escritório. Porém, engulo os meus pensamentos e sem dizer nada pego o meu notebook na bolsa e espero o aparelho ligar, minutos depois consigo acessar os documentos e repassar para ele.
- Aqui está todo o portfólio do caso. - Anúncio passando o meu notebook para ele. - A agente N12 foi a primeira. Nika sumiu logo após visitar uma cafeteria à noite. Seu parceiro, o agente D, foi averiguar o caso depois de receber uma ligação dela e também não voltou mais. A agente A sumiu do nada e o próximo foi o seu parceiro, o agente P. - Falei indicando as páginas e dando uma resumida rápida para que o meu parceiro não ficasse perdido.
- O que esses casos têm em comum? - Pergunto refletindo. - Todas as mortes são em duplas e tem um padrão, primeiro as mulheres e depois os homens. - Limpo a garganta e molho os meus lábios sentindo a garganta seca. - É como se eles quisessem deixar claro algo para nós, só que não ..não vejo sentido nisso. - Aponto, informando tudo que analisei enquanto o meu parceiro estava em seu banho, em seu banho super demorado e questionável.