04. Escolhas importantes

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30/06/2025 – Rio de Janeiro

— Me ajude a sair daqui, Rodolffo! – pediu Juliette com dificuldade de sair do carro devido ao volume da barriga.

Rodolffo estendeu a mão para ajudá-la a sair assim que ela colocou os pés no chão ele fez um carinho e deu dois beijos na barriga.

— Oxente! Só eles que ganham beijo, é? — perguntou ela com tom bravo na voz.

— Claro que não, meu amor! — respondeu ele antes de segurar o rosto dela com as duas mãos e lhe dar um selinho demorado — Melhor assim?

— Mais ou menos! Bom mesmo vai ser quando esses dois nascerem, visse? Minha coluna tá me matando!

— Espera só um pouquinho, bebê! Já já eles estarão com a gente...

— Por que tu tá com essa cara? — perguntou Juliette enquanto entravam na clínica.

— Bem, é que depois da sexagem identificou sexo masculino, eu acho que são dois meninos...

— Eu também acho que são dois meninos... É uma pena porque eu queria ter uma filha menina.

— Por isso tô chateado! Eu sei que 'ocê queria ter uma menina, e pensando bem eu também queria...— Rodolffo fez uma pausa dramática — mas a gente pode tentar de nov...

— Só se quem engravidar for tu! Eu já amo meus filhos, mas não pretendo passar por isso de novo!

— Uai, amor! Isso não é justo! Eu não tô com eles na barriga, mas eu faço tudo que eu posso pra 'ocê ficar confortável! — respondeu ele gentilmente.

— Eu sei, me desculpe! É que eu tô nervosa, sabe? Tô que não me aguento de curiosidade!

— Te entendo, bebê! — ele deu um beijo na testa dela — Hoje deve aparecer na ultrassom 4d. 'Ocê já comeu chocolate como a doutora falou?

— Já tô até enjoada de tanto chocolate...

— Paciência! Vai dar tudo certo hoje!

— Amém!

Juliette passava uma gestação tranquila, tirando os enjoos matutinos. Rodolffo era o marido dos sonhos aturando todas as mudanças de humor que ela passava, e agora, na reta final estava ficando ainda mais difícil.

A gravidez gemelar tinha se tornado um grande desafio para ela, sua barriga estava tão grande que ela já havia se comparado à grávida de Taubaté fazendo todos ao seu redor rir e Rodolffo  jurar mais de mil vezes que ela estava linda e nem perto de ser comparada a gravida de Taubaté.

Rodolffo arrumava pela décima vez os travesseiros da maca dela mesmo após ela agradecer e dizer que já estava confortável.

— Tem certeza, amor? Tô achando isso aqui meio duro...

— Tenho sim, tá ótimo!

— Olá, casal! Curiosos? — perguntou a Drª Estella Dunas.

— Nóóó, demais da conta! — respondeu Rodolffo.

— Muito mesmo, doutora! Hoje a gente consegue ver, né? — questionou Juliette.

— Acredito que sim, Ju! Da última vez quase conseguimos na ultrassom normal, sabemos que pelo menos um é menino.

Juliette e Rodolffo se entreolharam de maneira cúmplice.

— E... tem chance do outro bebê ser menina? — perguntou Juliette.

— Claro que tem! É uma gestação bivitelina, ou seja, são gêmeos diferentes! Mesmo que do mesmo sexo dificilmente serão idênticos.

— E por que acusou menino na sexagem? — foi a vez do Rodolffo perguntar.

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