Per Aspera Ad Astra

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"Per aspera ad astra"
Por ásperos caminhos até aos astros.


23 chamadas perdidas de Andrew
(⁠ノ⁠•̀⁠ ⁠o⁠ ⁠•́⁠ ⁠)⁠ノ⁠ ⁠~⁠ ⁠┻⁠━⁠┻

Haja paciência. A brincadeira da carinha virando a mesa já diz mais que tudo. Gostaram? Foi Noah quem fez quando passei um fim de semana em sua casa. Ele estava cansado de me ver atendendo chamadas onde eu achava ser um Andrew, quando na verdade era o homem que cuidava da minha carreira.

Foi a forma dele me fazer conseguir diferenciar, dos três Andrew's diferentes gravados na minha agenda, qual deles era o mais chato. Desde então, deixei assim e dito e feito: só de ver o nome gravado na tela, já deixo pra lá quando me há escapatória.

Mas não havia uma àquela altura do campeonato.

— Já entendi, Andrew — falei pela última vez, querendo fugir de todo seu sermão e explicação na qual não tinha um pingo de interesse.

Estava andando em círculos com o telefone colado na orelha, mexendo em coisas pelas casa, como se tirá-las do lugar fosse me fazer ter mais agilidade em uma situação como essa.

O filho da puta chamado Andrew, o chato, havia conseguido de última hora, um papel que eu estava de toda forma tentando recusar e que de acordo com ele, seria bom para a minha carreira e no qual eu não pude interferir. Porque é claro, como objeto de posse da mídia e cinema, minha opinião não importa se não se tratar de trabalhos que de alguma forma ofendam a minha moral.

Eu estava cansada de correr pela casa feito uma louca tentando preparar o mínimo para dali a dois dias, quando me enfiaria em um avião para Estocolmo, na Suécia, para conhecer a área, cultura e costumes locais para que Abigail possa brilhar e ser a garota determinada e forte que não consigo ser. A que bate de frente com a situação quando ela começa a ficar insuportável. 

Tudo que eu não faço ou faço ao contrário.

Precisa estar no aeroporto às cinco da tarde.

— Tudo bem, é só me enviar as passagens. — Estava lutando para não fazer voz e cara feia. 

Eu preciso de outro empresário.

Adentrei o closet e fui diretamente para a área das malas de viagem. Tirei uma preta e uma marrom de rodas do lugar, juntamente com uma bolsa grande também escura. Era preciso andar com cores neutras de um país para outro, ainda que ninguém fosse ver nada. Nunca se sabe quando tem um paparazzi espreitando, pronto pra me delatar e de alguma forma, acabar com minha vida.

Na verdade, era necessário o máximo de descrição e camuflagem possível, mas ainda assim, nada chamativo.

Dessa vez sua mãe não vai poder ir junto. — Larguei as malas no chão e olhei para o nada, acreditar. 

— É brincadeira, não é?

Não, Sadie. Não é brincadeira. É coisa rápida. Só vamos conhecer o local e entrar em contato direto com cultura e costumes suecos. Vão ser pouquíssimos momentos de gravação.

— Eu consegui ver minha mãe antes de ontem, Andrew… — Murmurei, tentando parecer menos indignada e magoada do que realmente estava e não dando o mínimo de atenção para sua fala.

Então é bom que foque esses dias restantes um pouco mais nela também. Porque quero Abigail andando por Estocolmo, órfã de mãe como ela é. Não Sadie Sink, uma atriz que viaja a trabalho com uma parente próxima.

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⏰ Última atualização: Jan 19, 2023 ⏰

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