•Nem fudendo, não mesmo•

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✨Priscila✨

Me jogo na cadeira, e solto nó da gravata, já tive que almoçar/jantar com 4 garotas, e foi horrível.

- Como foi com a Luiza!? - minha irmã pergunta sentando no sofá.

- Uma merda - bufei - ela passou o jantar todo falando "meus quadris são largos, ótimo pra ter nossos filhos" - afino a voz.

- Que merda cara - Amanda riu - ainda bem que não sou eu - ergui o dedo pra ela.

Não queria me casar, ainda não quero. Sou nova demais pra isso, não estou pronta pra ter filhos, não posso ter um filho e deixar largado por aí, ele precisa de atenção, e não conseguirei dar por um longo tempo.

- Amanhã será com quem mesmo!? - ela pergunta mexendo no meu barzinho e se servindo.

- Almoço com... - ligo o celular para vê mensagens da minha mãe - Júlia e jantar com Carolyna.

- Tenho pena é delas - minha irmã apoia a cabeça nos ombros da noiva.

É minha irmã mais nova é noiva, e eu aqui sendo obrigada a me casar.

- Delas!? - bufei - eu que tenho que aguentar um bando de mulheres chatas falando um monte de merda. E nem me divertir com elas eu posso.

A voz da minha mãe escoou na minha cabeça

"Priscila Caliari estou falando sério - ela cruza os braços - você não pode levar as meninas pra cama, elas estão se guardando pro casamento. Se você tirar a virgindade de uma delas e não se casar vai destruir qualquer chance dela arrumar um marido"

- Você só pensa em sexo Priscila!? - a calva fez careta.

- Eu!? - sorri - passei na frente do quarto da Bernarda essa madrugada - ela ficou vermelha - ouvi uns barulhos interessantes.

- Vai se fude Priscila - ela sai brava e bate a porta.

Adoro irrita ela. Bernarda tem 20 anos e noivou com minha irmã no começo do ano, em geral ela é uma pessoa legal, mais roubou minha irmã de mim. Nem pro clube de striptease ela quer ir mais.

Se ela pedir pra ela latir a disgraça late.

Mês passado elas brigaram e Bernarda foi pra casa dos pais e eu tive que aguentar Amanda totalmente bêbada chorando na porta do meu quarto.

Se um dia eu fazer algo parecido espero que alguém de um tiro bem na minha testa.

Onde já se viu chora por mulher.

                                [...]

Observo a garota na minha frente, até agora ela é a mais gostosa.

Júlia, nome bonito, e graças a Deus ela não tocou no assunto dos quadril.

Ela é bem mais interessante que as outras, fica me encarando de um jeito bem malicioso.

Se eu pudesse já teria pensado ela na parede do banheiro.

A voz da minha mãe volta a me atormentar.

"Se eu souber que você transou com alguma delas, você se casa na hora, entendeu Priscila!?"

Merda, o negócio é comer a garçonete gostosa denovo.

Procuro ela pelo restaurante, e a encontro me encarando.
                           
                                [...]

Me sento na mesma mesa do mesmo restaurante, esperando a próxima garota.

Estou de saco cheio disso.

Vejo a morena vindo na minha direção, lembro dela a garota que falou da marca do batom.

É uma intrometida, mais é gostosa pra caralho.

Nem tive tempo de me levantar e puxar a cadeira pra ela, pois ela já chegou se sentando.

Ela vestia uma calça que marcava muito bem suas curvas e sua blusa tinha um decote bem generoso, e a jaqueta de couro deixa ela mais sexy ainda.

- Boa noite - forcei um sorriso.

- Boa noite - ela disse já chamando o garçom e pediu uma bebida.

Ela começa a beber em silêncio, nem olha pra mim direito.

  Mal educada.

- Me fale um pouco de você - levei meu copo a boca, tenho quase certeza que ela revirou os olhos.

- Bom, sou a Carolyna tenho 19 anos, única herdeira do R.B e não vou me casar com você - ela deu um sorriso doce.

Mais o que!? Ela tá achando que tá na Disney!?

- Como é!? - perguntei confusa.

- Não vou me casar com você - ela fez careta como se fosse a pior coisa do mundo.

- Isso quem escolhe sou eu amor - ela sorriu, um sorriso de pura ironia.

- Se casar comigo seria a pior coisa que você poderia fazer.

- Porque!? - me inclinei na mesa desafiando ela.

Ela sorriu pra mim, deu um gole na sua bebida e se inclinou na mesa também.

- Porque eu sou você! - que!? - O que você fizer eu vou fazer também e que se foda as consequências - ela me encarava seriamente - mulheres como você gostam de pisar em outras mulheres - ela negou com a cabeça - e mulheres como eu não abaixam a cabeça pra ninguém.

Tá, com certeza ela é a garota que eu mais detestei.

- Você se casaria com uma garota com a mesma personalidade que a sua!? - ela pergunta e eu fico quieta - é foi o que eu pensei.

- Então que merda você faz aqui!? - perguntei ríspida.

- Meu pai me obrigou, mais você vai me mandar pra casa na primeira oportunidade.

Ah não vou mesmo, vai ser ótimo manter ela até o final só pra inferniza-lá.

- E porque eu faria isso!? Não tenho motivos pra manda-la embora.

- Vou lhe dar um - ela analisou as unhas - mentiram na minha ficha, não sou virgem - que!? - chego nem perto disso - disse baixinho.

Mais que caralho é esse.

- E seu pai achou que eu deixaria essa passar!?

- Meu pai acha que você vai se apaixonar por mim e no final não vai ligar se sou ou não virgem.

Nem fudendo, não mesmo.

Primeiro: não vou me casar com uma garota rodada.

Segundo: me apaixonar!? COITADOS.

A mesa fica em silêncio e logo nossa comida chega.

Ela vai embora com o braço direito do pai, e eu vou pro carro esperar a garçonete gostosa pra segunda rodada.

E por enquanto a melhor opção é a Júlia. Porém ainda falta duas garotas.

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Será que Priscila não vai mesmo c apaixonar!?
Amanhã posto mais, xauu

LÁ MÁFIA CAPRIOnde histórias criam vida. Descubra agora