War is over.

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Alguns dias já haviam se passado, mas nenhuma resposta havia sido recebida. Tudo aquilo tinha sido um erro, um grande erro. Se apaixonar é estar fora dos planos, estar fora dos plano é uma falha, e nunca se deverá cometer falhas, elas são apenas uma parte que apenas os fúteis instituem como normal e humano.

Como seu cérebro que deveria estar totalmente focado em algo importante, algo que tirou vidas de pessoas, de companheiros poderia estar apenas parecendo se concentrar no bem estar de uma pessoa que você nem fala pessoalmente? Esses pensamentos teriam de sumir por um bem maior, a melhor opção seria deixar para trás. Mas um deixar para trás nunca foi tão repensado se seria uma boa ideia, mas mesmo se fosse uma "péssima ideia" era o necessário para se haver progresso. Em uma guerra decisões que machucam tende ser tomadas, se não forem podem levar a mais mortes e a mais guerra. Até que seu objetivo fosse alçando não poderia se deixar ir por pensamentos fúteis, e mesmo que doesse era a melhor opção.

Acordar todo dia em meio a uma guerra e saber que mais nenhuma resposta viria, mais nenhuma forma de escape de todo o caos viria as suas mãos era uma tortura psicológica, a esperança que teria sua resposta que a outra parte da ponte não desistiria era uma motivação, mas também uma perdição. Será que a morte passasse na mente da outra? Ou como se já não tivesse vindo a ceifar, é uma guerra, tudo pode acontecer ou já ter acontecido. Ainda mais ambas sendo um dos principais alvos, já que a sua morte poderia desestabilizar uma tropa inteira. E ainda assim que poderia virar uma grande notícia com quase absoluta certeza iriam tentar encobrir. Bom era uma dúvida que ficaria no ar.

Dias se passaram e o estresse só aumentava, mesmo com a negociação de um tratado de paz outros diversos assuntos eram apenas mais estressante, os tempos de nuvens carregadas de raios e chuva aviam ido embora, agora era apenas uma camada fina de nuvens cinzas que logo seriam seguidas por um sol escaldante. E quando esses dias chegassem, a melhor coisa séria passar junto de pessoas importantes a beira do mar junto de algumas bebidas geladas e melodias da natureza, talvez até mesmo com uma brincadeira boba entre amigos e amados, e apenas esquecer todo o resto do mundo como se tudo que importasse fosse aquele momento, mesmo que o parecia impossível de chegar a um dia assim tão maravilhoso quanto sua imaginação queria acreditar. Mas apenas se divertir em sua imaginação não faria mal não é mesmo? Apenas buscar um pouco de conforto em sua própria mente, mesmo que poderia ser sua maior inimiga sempre haverá breves momentos de conforto e segurança.

Seria um desejo tão grande querer poder passar tempo com os mais amados? Um tempo longe de tudo, mesmo que fosse em um quarto pequeno com apenas aquela pessoa, aquela que não saia de sua mente todo o tempo, aquela que a trazia conforto e que a fazia se sentir amada. Suas palavra anteriores eram como facas que atravessavam seu coração, mas não de uma forma dolorosa, e sim uma forma de livramento. Essa pessoa era com quem a vida seria menos pesada sobre seus ombros, alguém que entendia sua dor. Sua outra metade, mesmo com alguns pensamentos eram a sua parte que sentia falta em seu peito todos os dias até agora, mas a ter novamente como teve por um curto período de tempo seria a parte mais complicada...

Na verdade, melhor só esquecer de tudo. Dessa maneira esquecer tudo e seguir em frente evitariam uma grande dor de cabeça, o que era a coisa mais agradável para se evitar. Quanto menos estresse, melhor.

O desejo de desistir de tudo era grande, mas ter a obrigação de ajudar seu povo era algo que não poderia apenas se livrar e os deixar na mão, eram como pequenos filhotes que precisavam ser guiados e ter a maioria de seus problemas resolvidos por autoridades maiores, não poderiam ser abandonados em qualquer lugar a qualquer momento sem explicações ou orientações. Era lamentável isso, abrir mão de tempo, energia e felicidade para fazer os outros felizes. Quer a felicidade dos outros era uma ótima sensação, mas nunca superaria como seria poder viver sem obrigações com a pessoa que mais amava.

Entretanto agora não poderia deixar esses pensamentos invadirem e tomarem conta de sua mente, o grande dia do tão esperado tratado de paz havia chegado. Estava a caminho do local combinado, ao chegar lá os dois lados se põem em seus devidos lugares e começam a discutir de forma pacífica, ao final de um pequeno desentendimento em relação a espiões tudo estava ocorrendo bem. Quando ambos os lados estavam para voltarem um papel, não um papel, uma carta, foi deixado em cima da mesa pelo lado de Kujou Sara, isso foi uma surpreendente para a rosada, pegou a carta discretamente e a guardou em um local seguro. Mas ao pegar a carta deu para se perceber que a morena a estava olhando de canto com um sorriso indescritível.

Ao acabar de falar com todos e ir para a sua sala. Quando se sentou para ler a carta.

"Desculpe por te fazer aguardar por tanto tempo minha querida, mas eu estive com saudades de receber uma carta sua. Ainda aguardo a resposta da minha última carta, não sabia de havia esquecido ou se a carta havia sido roubada então decidi te mandar essa. Lamento não ter te informado anteriormente que já sabia quem você era, mas não tinha coragem. Eu soube que era você, Sangonomiya Kokomi desde aquele seu engano. Trocar esses momentos por papéis com você sem a formalidade e a importância de nossos cargos era gratificante, espero mesmo que depois dessa notícia nossas conversas não mudem, ainda quero continuar compartilhando esses momentos com você. E espero algum dia possamos nos encontrar presencialmente não apenas pelo trabalho, mas como amigas.
Com amor, Sara."

O coração de Kokomi estava em sua garganta, ela já sabia disso por todo esse tempo... e ela não se importava com aquilo? Ela não de importava de ambas serem como dois polos divergentes, seus princípios e opiniões eram tão diferentes ao ponto de serem inimigas de guerra. Mas naqueles momentos as opiniões delas não importavam, eram apenas elas, mais nada. Elas eram apenas Kokomi e Sara, não "Sacerdotisa divina" nem "General Kujou". Poder ser si mesma mesmo sendo com a sua inimiga era uma sensação reconfortante e aconchegante, ter alguém que te entenda nesse quesito é uma esperança.

Não queria a deixar esperando por mais tempo então já pegou papel e caneta para começar a escrever uma resposta.

"Desculpe ficar te enganando por tanto tempo querida, mas preciso que dei-me uma nota pela minha atuação como a "sacerdotisa loira". Brincadeiras a parte, podemos nos encontrar já que agora não preciso esconder minha identidade, sinto que aceitar aquele convite para a casa de chá seja uma boa escolha. Então que tal me acompanhar para a casa de chá na quarta-feira as 16:15? Podemos conversar sem essa demora em relação à entrega das cartas.
Carinhosamente, Kokomi."

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Notas da autora: Não foi tão bom e nem tão grande quanto eu queria o capítulo mas deu para fazer a maioria das coisas que eu queria. Espero que tenham gostado! Provavelmente vou postar entre 10 a 15 dias por conta que as aulas já voltaram

The battle field lovers - kokosara Onde histórias criam vida. Descubra agora