Midoriya estava sentado no vagão do trem a caminho de casa quando sentiu aquela sensação de novo, ele conseguiu disfarçar, mesmo que a expressão preocupada de Uraraka e de Shinsou que o encaravam no assento à sua frente no trem dissesse o contrário. Ele sorriu para a morena e para o arroxeado que sorriu de volta preocupada, porém não disse nada.
Hoje eu pensei em você
Em como éramos tão próximosIzuku caminhava em direção a sua casa, uma queimadura bem escondida por de baixo de sua blusa em seu ombro esquerdo, o garoto sorria, com a mochila amarela nas costas.
Sem muita demora o garoto chegou em sua casa, sem ânimo algum bateu na porta esperando que seu pai a abrisse, e, assim como ele imaginava, o homem estava ali em sua frente, vestindo terno e gravata, o olhar sempre bravo em seu rosto, sua mãe? Deitada no sofá, encarando o teto sem conseguir fazer mais nada. Neste ponto Inko Midoriya já não sabia se estava viva, a única coisa que não doía era ficar ali, e mesmo assim doía, pois ela sabia que enquanto estivesse ali, naquela casa, seu marido também estaria, e isso só significava dor.
- Me deixe adivinhar - A voz enganosamente doce do homem disse em tom baixo e gentil - Apanhou de novo? - Ela ouviu quando Izuku, seu pequeno Izuku fungou, com certeza encarando o chão com medo da expressão no rosto do pai - Me responde moleque - O homem, não, monstro gritou após dar um tapa em seu pequeno e desprotegido filho
- Si-sim - Disse trêmulo, ela o conhecia, sabia que o garoto estava tentando com todas as forças segurar o choro
- Sim o quê? - Perguntou apertando algum machucado do pequenino, afinal seu menino estava murmurando sobre a pressão em seu machucado
- Si-sim, se-senhor - Gaguejou nervoso e com dor
- Não gagueje, fraco, quem foi? - Disse ainda pressionando a queimadura que se intensificava por conta da individualidade de seu marido
- Kacchan - Disse o garoto se segurando para não gaguejar
- O moleque nasceu para vencer, ao contrário de você, como eles falam mesmo? Deku - A mulher conseguia ver o sorriso no rosto do homem mesmo que ainda encarasse o teto de sua pequena e, não mais, confortável casa
Sem qualquer outra fala, o homem empurrou Izuku para dentro de casa, que caiu sobre seu próprio corpo, com dor demais para fazer qualquer coisa, e saiu indo 'trabalhar'.
Por que é que eu fui me apaixonar por você?
Talvez se eu não tivesse, ainda estaríamos aquiIzuku estava escondido no armário da sala, esperando seu irmão mais velho o achar na brincadeira de pique-esconde quando a porta do pequeno apartamento se abre, o pequeno esverdeado torce para que seu irmão mais velho consiga se esconder a tempo do monstro não chegar até si.
- Estamos sozinhos delícia - Disse o ser desprezível, a mulher ao seu lado sorria, sem se preocupar com o que aconteceria consigo, provavelmente drogada - Vamos aproveitar
Izuku agradeceu aos céus por sua mãe ter decidido ficar no seu quarto, e não naquele que dividia com o homem horrível. O pequeno esverdeado escutou passos indo em direção ao quarto de casal, risadas correndo pela casa.
A porta do armário foi aberta, seu irmão entrou ali e os dois se esconderam em silêncio, cada um em uma extremidade do pequeno móvel.
Quando Izuku acordou, o quarto que dividia com o irmão estava vazio, sua mãe estava no sofá, chorando enquanto agarrava uma foto de quando ainda era bebê, ela, ele, seu pai e seu irmão, até pareciam a família perfeita.
Não demorou muito para Izuku perceber que seu irmão havia ido embora enquanto dormia.
Eu ia te pedir pra ficar aqui
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Tô com saudades
FanfictionHoje eu pensei em você, em como éramos tão próximos Por que que eu fui me apaixonar por você? Talvez, se eu não tivesse, ainda estaríamos aqui Eu ia te pedir pra ficar aqui Eu voltaria e apagaria Tudo que nos fez hoje sermos assim Não funcionou porq...