Antes do Adeus

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O tempo cura e o tempo mata. Nunca essas palavras foram tão certeiras.
Cada vez que o Tay passava mal, eu ficava apreensivo pois umas dessas máximas seria cumpridas.
Depois de anunciar o casamento e a doença a imprensa ficou em choque.
Uns respeitaram. Outros não.
Mas Tay Já estava protegido. Nada passava por Macau. Nada iria abalar o marido.

Hoje eles foram pela primeira vez, fazer coisas de família.
No final da tarde, Macau passou no estúdio para pegar pertences.
Quando chegou a empregada estava na porta do quarto deles, esperando por ele.
—Ele não comeu e não saiu do quarto o dia todo Macau.
Ela falava preocupada. Gostava de verdade daquele casal. Quando foi contratada pensou que seria um casal soberbo mas não, se mostraram ao contrário.
—Amor?
Estava tudo escuro. Macau só viu um pacotinho sentado enrolado na cama.
O choro estava baixinho mas sofrido.
Ele se aproximou. Já aprendeu que não precisava ficar gritando querendo entender. Só chegou e abraçou o louro.
Entre soluços, ele fala.
—Eu vomitei sangue hoje. Sangue. Eu não consigo escovar os dentes sem cair. E agora vomitei sangue. Talvez você devesse sair dessa relação Macau.voce está livre. Falarei o que tiver que falar para as pessoas,você não sairá prejudicado.

Era o desespero. Ele estava desesperado.
—Ei, porque ir pela a ponte larga e bonita se eu posso ir pela ponte estreita  de madeira?

Tay reconheceu aquela citação. E de longe era umas das mais bonitas que ele poderia escutar.

—Voce esperaria por mim, 13 anos igual o Lan Lan, Macau?

Enquanto respondia,Macau pegou uma linha vermelha e enquanto enrolava com carinho no dedinho magro de Tay ele respondeu.
—Procuraria por você os 13 anos que Lan zhan esperou, iria te buscar igual Moran foi buscar seu mestre e ainda tudo e todos por você,igual o rei dos demônios. Sabe porque? Porque eu sou você. Não existo sem você.
Não quero que você seja forte sempre. Quero que apenas seja o que pode ser.
Mas não pense em me deixar. Isso não existe essa  opção.

Tay se acomodou ao lado do amado. Ficou olhando a fitinha vermelha.
Se ele tivesse força, ele transaria com marido a noite toda. Mas o sexo estava em falta no momento. Fazer o básico era um esforço tremendo, imagina quincar encima da anaconda de Macau. Nem pensar.
Sorrio do pensando e da piada sem graça. Ele era assim, debochado. Não poderia deixar a doença tirar isso dele.
Abraçou mais uma vez o baixinho arretado. A vida não seria tão fdp com ele. Ela não poderia dá um Macau e levá-lo embora assim.
Ele ia conseguir. Ia viver.
Ele só precisava aguentar mais um pouco.
E com esse pensamento ele dormiu. Ainda sorrindo, imaginando o dia que se entregaria novamente ao amado.

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