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— Muichirou. — Genya chamou, vendo o menino a sua frente agachado, obsevando um passarinho um pouco longe. — Senhor Tokito, vamos para casa.. !

Genya era um dos aprendizes de Muichirou, Gyomei não podia mais dar seus ensinamentos para Genya, então em uma conversa com o moreno e seu superior, aceitou ser seu mestre.

O passarinho estava machucado. O pilar se levantou e se aproximou, com o barulho das poças de água no chão  — pela chuva leve que estava tendo — sujando seu uniforme. Muichirou pegou o pássaro e levou até maior.

— ... — Ficou em silêncio, mostrando o pássaro. O azulado já estava entretido em outra coisa, em seu próprio mundo, no mundo das nuvens. Era sempre assim, ele sempre ficava preso na própria mente. Parecia querer mostrar o pássaro ao aprendiz.

— É um passarinho. — Comentou o moreno, estranhando o silêncio de seu superior.

— A pata está machucada. — Respondeu e ficou em silêncio novamente, Muichirou continuava dando pulinhos fazendo agora com que a calça dos dois se sujem. — Qual era o nome desse pássaro, Genya?

— É.. é um pardal. — Genya respondeu olhando para sua calça antes limpa. — Senhor Tokito, acho que a chuva aumentará, vamos embora.

— Não. — Disse em alto e bom tom a voz infantil atiçou Genya, o deixando meio irritado. Depois de minutos olhando para o animal silenciosamente, arregalou os olhos. — Genya !

— Hm? — Perguntou, não estava prestando atenção em Muichirou, estava olhando para o céu e aos arredores, procurando alguma casa ou algo do tipo.

Mas, a voz desesperada de Muichirou assustou um pouco o mais velho, fazendo ele olhar de relance para o rapaz.

— Ele morreu ! Genya, Genya ! — Gritou em um tom infantil, mostrava com as duas mãos o pássaro não se mexendo e de repente, seus olhos lacrimejaram. Genya arregalou os olhos negros e olhou para Muichirou e o passarinho.

— Está tudo bem. — Genya disse e observou o animal, ainda estava vivo, porém fraco para continuar se mexendo. — Ele está vivo.

— Sério? — Perguntou e o maior assentiu, Genya aconselhou que levassem o passarinho a cidade de Asakusa para curar o ferimento. Muichirou aceitou e foi, a chuva forte caía e Genya arrumou um guarda chuva que estavam vendendo perto de lá.

Pelo jeito preguiçoso de Muichirou, o menor sentiu um sono absurdo ! Genya fora forçado a levar o superior nas costas, e Deuses ! Muichirou era pesado.

Quando estavam já quase na entrada da cidade e a chuva pairava sobre o local, Muichirou murmurou algo, fazendo Genya olhar para ele.

— Disse algo, senhor? — Perguntou sutilmente.

— Me beije. — Sussurou de forma não muito nítida, era visível as maçãs em seu rosto queimando.

— O que? — Perguntou novamente, não entendendo.

— ... — Ficou em silêncio por segundos, ainda mais envergonhado. — Eu quero que você me dê um beijo.

Era isso. Genya virou um tomate de tão vermelho.

— E-eu não posso fazer isso senhor, somos dois homens. — Deu uma desculpa, mas Muichirou ficou sério e o impediu de andar, descendo de suas costas e ficando frente a frente consigo.

— É uma ordem. — Exclamou, estava também corado, ele ficou na pontinha dos pés, ficando quase cara a cara com aquele Michael B.Jordan da época. — Vai desrespeitar seu superior?

Muichirou ficou perplexo. Suspirou, e se aproximou um pouco mais do menino, nem deu tempo e boom ! Muichirou roubou um selar rápido seu e deu um sorriso sapeca.

One Shots - Genmui.Onde histórias criam vida. Descubra agora