Houveram muitas coisas que o levaram a esse momento. Uma lista enorme de coisas que ele gostaria de ter riscado antes de seguir por esse caminho.A primeira foi pensar que ele poderia vê-la novamente depois de treze anos e acreditar que ele poderia se controlar depois. O segundo foi pensar em Giovanna enquanto fodia Karen. A terceira coisa, que provavelmente foi o que o levou para o fundo do poço, foi pedir a Andrea informações sobre uma ex-namorada. A quarta foi ter enviado a garrafa de uísque preferido do pai dela para a antiga casa dela, era um tiro longe pensar que ela ainda morava ali, mesmo assim. Ele nunca tinha conhecido o homem, e isso foi culpa dele, e ele se arrependeu do ato quase imediatamente depois que já estava embalado e entregue. O quinto e último descuido foi pedir uma linha segura para que ele pudesse ligar para ela em sua casa.
Eram dez da noite, e ele estava terminando alguma legislatura que precisava ser examinada de manhã quando finalmente decidiu que iria ligar. Era tarde, ele estava cansado, e ela provavelmente estava se preparando para dormir. Ele estava agoniado pensando se deveria ligar ou não por semanas, e sabia que ela ficaria chateada por ele ter ligado. Confusa no início, depois com raiva, depois completamente chateada. Ele não queria deixá-la chateada novamente, mas ele era egoísta e muito acostumado a conseguir o que queria.
Alexandre se inclinou para trás em sua cadeira e olhou para o retrato de George Washington na parede à sua frente enquanto ouvia o barulho do toque do telefone.
"Alô''
Sua voz era algo que ele desejava poder gravar.
"Giovanna."
Sua respiração aguda podia ser ouvida com bastante facilidade.
"Como... O que você está fazendo?"
"É uma linha segura." Ele explicou.
"O que você está fazendo, Nero? Você não pode simplesmente... você não pode me ligar." Ela falou rápida, com um dicção perfeita, à beira de terminar a conversa curta. "Isso é loucura."
Alexandre foi rápido em dizer: "Não desliga. Só fica na linha por mais alguns segundos eu só... queria ouvir sua voz, Gio"
O uso de seu apelido para ela parou o protesto em seu coração e ela ficou em silêncio. A quietude abrupta foi ensurdecedora.
Giovanna respirou fundo.
"Não envie coisas para a minha família." Ela falou baixinho, finalmente quebrando o silêncio.
Claro que ela descobriria sobre isso. "Eu não..."
"Não. Meu pai não gosta de caridade e, para ele, isso era caridade. Ele pensou que eu enviei. Eu não tenho esse tipo de dinheiro. Aquilo parecia caro até demais"
"Sinto muito. Não sei por que fiz isso." Ele mentiu.
Giovanna suspirou: "Estou assistindo um filme com meus filhos. Você não pode ligar aqui assim. Maia poderia ter atendido facilmente ou Leonardo. Aí meu Deus, Leo... O que você teria feito se ele tivesse atendido?"
"Desligado", ele disse a ela com sinceridade.
"Só não faça isso de novo. Okay? Conversamos, você ouviu minha voz, agora é hora de desligar."
"Se eu ligar de novo, você vai atender?"
"Alexandre..."
"Me fala um horário que é bom para ligar."
Ela começou a gritar com ele em um sussurro, mas então Nero ouviu outra voz e, em seguida, Giovanna disse: "Está na geladeira, Luca".
Alexandre foi submetido ao silêncio enquanto esperavam que o filho dela pegasse o que ele precisasse da geladeira e deixasse a cozinha novamente.

VOCÊ ESTÁ LENDO
By a Thread
FanfictionGN AU: A vaidade de Alexandre conquistou tudo o que seu ego poderia desejar, mas no caminho isso acabou lhe custando o que ele um dia chamou de casa. Alexandre Nero teve um caminho longo até onde ele está hoje: ele é o presidente, está no segundo m...