Present: Two

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Ele trapaceou.

Ele olhou para ela. Apenas uma vez em toda a noite. Exatamente no momento em que ela se levantava e se retirava para o banheiro. Os olhos de Nero a seguiram até que ela desapareceu entre as escadas que a levavam até lá. Ele se moveu inclinando as costas até que estavam completamente encostadas nas costas da cadeira, colocando seu copo em cima da mesa se inclinou para sussurrar no ouvido de Charlie que estava ao seu lado.

''Vou ao banheiro, já volto'' disse com os olhos fixos em Karen que dançava com o primeiro ministro.

''Claro''

Nero se levantou deixando a mesa sabendo que Rômulo e Lucas estavam logo atrás dele.

Enquanto subia aquele lance inteiro - e gigante - de escadas ele não invejava as mulheres que o faziam de salto. Uma vez que ele virou a esquina para o banheiro feminino, ele saudou o guarda que estava de pé na frente da porta.

"O banheiro masculino é em outro andar, senhor."

"Eu sei. Eu preciso saber quantas mulheres estão usando o banheiro agora."

O homem pareceu confuso. Ele poderia ter desistido agora, mas suas pernas estavam fixas e ele sabia que não sairiam dali.

"Três até agora, senhor". Respondeu ainda meio confuso.

Alexandre assentiu e se encostou na parede. Demorou apenas um minuto para uma das mulheres sair e logo a segunda. Nenhuma o notou ali apenas andando de um lado para o outro agora em um dos cantos próximos a porta.

Nero se moveu rapidamente para entrar no banheiro, mas Lucas o impediu.

"Senhor, precisamos vasculhar o banheiro."

Isso a assustaria, pensou Nero. Mas ele assentiu com a cabeça, sabendo que era protocolo.

Ele foi o último a entrar, depois que os dois homens vasculharam o banheiro. Giovanna estava aplicando mais batom vermelho no espelho quando eles entraram. Ela agora estava olhando levemente preocupada para os dois agentes até que o viu. Sua expressão mudou para uma de frustração. Ele não podia culpá-la.

''Tudo certo, senhor''

"Obrigado. Nos de um minuto, por favor."

Uma vez que a porta se fechou novamente, Giovanna falou. "Eles sempre fazem tudo o que você manda?"

Ele não sabia o que ouvir a voz dela claramente faria com ele depois de treze anos, mas ele não esperava se sentir como uma bomba que tinha acabado de ser lentamente difundida.

"Não o tempo todo. Eles são mais teimosos do que você pensa."

Ela abriu um pequeno sorriso com isso.

Ela não era Karen.

Ele adivinhou que esse era o ponto. Seus olhos tinham um tom diferente de marrom. Seus cílios eram mais longos e esparsos.

"Você esta casada." Ele não disse a nenhuma pessoa em particular. Ele só precisava deixar sair de sua língua.

"Com dois filhos. Uma menina e um menino. Doze e nove." Ela respondeu.

"Meus meninos têm dez e oito anos."

"Eu sei. Eles são lindos. Eu os vi naquela foto publicada que sua família fez no Natal passado."

Tinha sido ideia de Karen. O povo americano adorou.

Ele não estava prestes a dizer obrigado, era um elogio vazio. Uma cortesia, na melhor das hipóteses. Até o cabelo dela era o mesmo, puxado agora para cima em um elaborado rabo de cavalo; os fios eram castanhos, mais macios do que qualquer coisa que ele tinha sentido neste mundo, além do cabelo de seus próprios filhos. Treze anos e tudo o que fez foi conseguir fazê-la parecer mais jovem.

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