Protegida

07

      pov Alice.
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  Quatro meses e meio, quatro meses e meio se passaram e bom, vamos lá.

  Acordei dois dias depois do nascimento de Chloe, fiquei na casa da Maria esse tempo todo, ela e seu carlos foram anjos na minha vida, quando ela fez 3 semanas eu comecei a trabalhar numa lanchonete de estrada que dona maria me arrumou, tudo estava indo bem, eu estudava pelo computador pois ainda quero realizar meu sonho de ser professora.

Eu trabalhava de segunda a segunda mas não podia reclamar, eu ganhava bem e todo o dinheiro eu juntava pois eles não aceitavam que eu ajudasse, dona maria disse pra umas amigas por alto oque tinha acontecido e várias delas trouxeram roupinhas pra minha filha, muitas com etiqueta ainda, eu estava feliz, minha filha é linda e parecida comigo, é um anjinho e muito calma.

   Estava tudo indo bem até que um dia dona Maria chega desesperada, eu estava na sala brincando com a Chloe quando ela chega.

-precisamos conversar_ ela diz me olhando seria e eu já imagino oque possa ser, levanto deixando a bebê no cercadinho.

-fala dona maria, tá me deixando nervosa_ eu digo.

-minha filha ele sabe de você, ele sabe onde você tá trabalhando_ ela diz e eu vejo tudo preto mas me concentro.

-como? como assim?_

-um dos seguranças dele disse que viu você entrando lá de manhã_

-ele sabe que eu tô aqui?_

-não e nem vai, mas você precisa sair daqui o mais longe possível meu amor, ele tá pior do que antes, muito mais agressivo_ ela diz passando a mão no meu rosto enquanto eu choro.

-mas.. pra onde eu vou? eu não tenho ninguém dona maria só você_ eu digo chorando muito.

-você e a pequena são minha família, eu já sei de um lugar pra você ir, lembra que te falei que tenho uma filha? a Gal?_ ela pergunta e eu falo que sim. -então desde sempre ela sabe de você e da sua situação, sempre falo de você pra ela e é pra la que você vai.

-pra lá aonde dona Maria? não tô entendendo_ digo realmente não entendendo.

-quando eu ouvi que ele te achou liguei pra ela desesperada procurando uma solução e ela disse que você pode morar com ela, é ótimo minha filha ela mora no Rio de janeiro em uma comunidade por incrível que pareça você vai estar segura lá._ ela diz e eu penso, bom não tem muito oque fazer, já ouvi sobre essas comunidades sem mais ou menos como é, mas ir morar com uma estranha, se bem que eu tenho uma boa quantia de dinheiro..

-tudo bem, eu aceito_ digo depois de um tempo pensando_ mas eu gostaria de ter minha própria casa sabe?_ eu digo.

-sei minha filha, lá a gal vai te ajudar com tudo que precisar, mas você tem que ir_ ela diz e me entrega uma passagem de ônibus. -arruma suas coisas e vai, o ônibus sai às 6h                

  Tô aqui no quarto arrumando tudo com ajuda da dona Maria e sua vizinha, não tenho muita coisa, então duas malas da pra tudo meu, deu duas malas pra chloe também depois de tudo pronto nós seguimos pra rodoviária, me despeço com muito carinho da dona Maria e seu Carlos, entro no ônibus com minha filha e sento no meu lugar.

  O ônibus da partida e eu respiro fundo imaginado como vai ser daqui pra frente, meu pai antes de morrer deu a senha da minha conta poupança pra Maria e ela me deu e felizmente tem dinheiro o suficiente pra eu procurar um cantinho só pra mim e chloe, não que eu seja ingrata mas é muito melhor ter meu próprio cantinho até mesmo pra não atrapalhar Gal.