The Lost (Jackson) One

Brotherhood

“Que dia é hoje?”

“Hã?”

“Hoje é que dia?”

“Hoje é 25 de dezembro?”

Michael está na sala de estar com uma câmera em mãos, cuja imagem projetada é de seu filho mais velho, Abel, que acabara de responder sua pergunta.

“Mas o que tem de especial em 25 de dezembro?” O cantor questiona.

Seu filho responde, “É natal.”

“Exatamente! O que o natal significa?” Ele direciona a câmera para o filho caçula que está ao lado, porém um pouco mais afastado do irmão. “Bruno? Bruno? O que o natal significa?”

“Amar.” diz numa voz tímida, sem encarar a câmera.

“Amar o quê?”

“Família.”

“Sua família? Quem é sua família?”

“Você.” Um sorrisinho surge.

Michael retribui. “Eu e todos que te amam.”

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Já faz uns três dias desde o ocorrido no Grammy e a imprensa não sabe falar em outra coisa. Além de repetir o incidente inúmeras vezes, também cercavam as moradias de ambos para obter alguma informação, além de claro, tentar entrar em contato mesmo que a força.

Nesse meio tempo Abel não saiu do apartamento da Lana, a qual ficou ao seu lado dando total apoio ao amigo. Já Bruno se enfiou no seu quarto em Neverland, ignorando qualquer pessoa que batesse na porta.

Enquanto isso, assim que souberam de tudo, a Família Jackson imediatamente tentaram contactar Abel. A primeira pessoa a fazer isto foi Janet, ligando desesperadamente para o sobrinho, porém quem retornou as ligações foi Del Rey.

— Alô? Janet, é a Lana.

— Lana! Lana, passa o celular pro Abel, por favor!

Mesmo com o desespero perceptível, ao olhar para o compositor que continuava deitado no sofá desolado ela o vê balançar a cabeça negativamente, recusando-se. 

— Olha Janet, ele não está muito disposto a falar no momento — diz, se afastando até o quarto para o amigo não ouvir. — Mas eu vou tentar convencê-lo.

— Por favor — Janet aceita. — Assim que eu soube que ele é o meu sobrinho perdido, eu tentei entrar em contato o mais rápido possível, mas ele não me atendia.

— Imagino, ele estava bem mal esses dias, ainda está na verdade — Lana senta-se em sua cama king size. — Mas também sei como é importante que ele volte pra família dele, então vou ajudar no que eu puder.

Um suspiro de alívio é ouvido. — Muitíssimo obrigado Lana, de verdade. Você não imagina o favor que está fazendo.

— Não precisa agradecer. — Ela finaliza, tentando passar confiança apesar de não ter ideia de como convencer seu amigo a voltar para casa.

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Depois de muita insistência e conversa franca sobre sentimentos, Abel finalmente aceita voltar, ainda que esteja receoso.

Foi feito todo um planejamento para ele e Lana saírem do apartamento e irem até o rancho sem serem reconhecidos, e tirar o mar de paparazzis que rondavam a propriedade com ajuda da polícia.