Vale Tudo Na Caça

Cap 2

Se eu pudesse colocar todas as emoções que estou sentindo em uma palavra eu diria... O QUE CARALHOS FOI ISSO!!??

Tá acho que agora é o momento para eu explicar o pq de me chamarem de "Escritor Suicida"

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Quando eu morava com meus pais, eles não apoiavam nem um pouco esse meu sonho de ser escritor, imagina se soubessem que oq eu mais escrevo são Dark Romance, KKKK. Continuando!

Minha irmã adorava os meus livros e me incentivou a pública eles, quando meu primeiro livro fez um sucesso do caramba! Eu fiquei super feliz, mas meu pais não gostaram, principalmente quando uma editora ainda em crescimento (mas que já estava bem conhecida) iriam me dar um emprego, mas eu precisava passar por uns testes primeiro, tipo, eles me davam um tema literário, e eu tinha que escrever um rascunho de até 12 folhas, o que era até que fácil, com tanta animação, e sabendo que poderia trabalhar fazendo oque eu amo, minha criatividade explodia a cada página, fazendo com quem lesse ficar com gostinho de quero mais, ele me deram 2 temas, Terror e Drama, 24 folhas no total, o prazo eram de 4 semanas, se eu conseguisse entregar antes do prazo, eu já conseguiria o emprego.

Eu entreguei em 2 semanas, eles amaram os rascunhos, (mesmo eu achando que eu poderia ter feito melhor) e foram uns amores comigo, quando voltei pra casa meus pais descobriram sobre os testes, e ficavam me questionando o pq de eu não tê-los contado, disseram que iriam me apoiar, eu não acreditei e disse que o prazo do teste era daqui a 2 semanas, eu não disse que já tinha conseguido o emprego.

No outro dia minha irmã me pediu para ler os rascunhos, só que eu não encontrei em lugar nenhum, quando eu fui a cozinha perguntar aos meus pais se tinha visto, escuto o barulho do triturador de alimentos ligado, assim que chego na porta, vejo meus pais triturando as 24 folhas que eu fiz com todo o coração, eu só notei que eram meus rascunhos, pq quando eles começaram a jogar no lixo eu vi minha assinatura no canto de cada página.

Quando eles finalmente me notaram, começaram a dizer que eu era orgulhoso de mais para abandonar minha família, que eu era nojento e repugnante, por escrever tanta merda... Minha irmã desce e começa a brigar com eles, e eu continuo parado, nem sabia como reagir a tudo aquilo, então eu jogo a toalha, já aguentei porcaria demais dessas coisas que sou obrigado a chamar de "pais"!

Viro para minha irmã e pergunto se posso morar com ela e o namorado dela, ela concorda na hora, eu me dou bem com eles mesmo, olho pros meus pais e solto tudo que tava entalado, quando tentam refutar minha irmã gritava: "CALA A DROGA DA SUA BOCA E DEIXA ELE FALAR!!!" Nunca vi ela falar assim com nossos pais, então eu aproveito e digo tudo, que já consegui o emprego como escritor, que era eu que mantia aquela casa de pé, que sou gay,(engraçado que essa parte foi a mais chocante pra eles) quando minhas coisas já estavam arrumadas no carro, fui embora no mesmo dia.

E mesmo morando do outro lado da nossa cidade, nossos pais nunca nos deixa vamos em paz, mandavam mensagens, cartas, espalhavam boatos sobre nós dois, até chegou a arranjar um casamento pra mim com uma menina que eu nunca vi na vida, mas pra melhorar, meus livros foram os mais vendidos do ano, nunca fiquei tão orgulhoso de mim mesmo!

Um dia quando chego da editora, o namorado da minha irmã, me diz que está indo embora, disse que se apaixonou por uma garota incrível, e que não era justo ficar com ela sentindo isso por outra, eles terminaram sem brigas ou problemas, só deram um abraço e continuam amigos até hoje.

Depois que minha irmã se despediu do rapaz, me falou que chegou uma carta dos nossos pais dizendo que queriam se desculpar com minha ela, sim, SÓ ela, APENAS minha irmã, eu fiz questão de ir, só pra atazanar eles, quando chegamos lá, me arrependi na hora, eles pediram sim desculpas pra minha irmã, e pra mim também, só que assim que perdoamos, eles mostraram sua verdadeira intenção, pediram um quantia imensa de dinheiro, pq "foi graças a eles estávamos vivos".

Negamos aquela quantia óbvio, mas eles não paravam por aí, ele chegaram a ir na editora, e no trabalho da minha irmã, (Ela é Guarda de boate), e eu tava ficando cheio, meus pais sempre me fazia passar vergonha, ou até me seguiam, só pra conseguir o maldito dinheiro, e tudo só piorou, lembra dos boatos que meus pais espalharam!
Chegaram nos meus fãs, eles não só pararam de comprar meus livros, faziam vídeos queimando os livros, livros que eu tinha tanto orgulho!

Nessa época eu conheci um cara que eu arrisco dizer que estava apaixonado por ele, Dimitry, mas os vídeos não paravam, na editora ficavam preocupados que isso pudesse me sobrecarregar, então me afastaram por 3 mêses, mas eu já estava sobrecarregado, só o Dimitry me fazia esquecer todas essas desgraças que me aconteciam, mas eu não podia ficar com ele 24 horas por dia, o que me fazia voltar a triste realidade, com o tempo não foram só os vídeos, me mandavam ameaças, chegaram a me mandar uma carta com uma lista de métodos de suicídio.

Lembro que minha irmã, quando descobriu tudo isso me levou até a sala junto com Dimitry, eles tentavam me convencer a dizer a polícia oq estava acontecendo, mas eu disse que não iria funcionar eu já tinha tentado, e quando souberam que era eu, me ignoraram, nesse desabafo eu soltei que: "talvez eu devesse mesmo me matar..."

Minha irmã me deu uma bronca por pensar assim, mais.... No outro dia, um jornal muito famoso, tinha publicado que "Eu estava tentando me matar pelo meus erros como escritor!" Com várias fotos do meu corpo com machucados, como minhas coxas, meus ombros, minha barriga, braços, pernas, tudo com marcas de beliscos, sim eu me beliscava, mas era para continuar sorrindo ou para não chorar na frente de alguém.

Eu só decidi comprar a casa dos Heelshire, quando vi quem foi o jornalista que escreveu aquilo sobre mim: DIMITRY SMITH.

Eu precisava me afastar, de tudo, não me importava com mais nada, não tinha ninguém, família, namorado, amigo, só podia confiar na minha irmã, minha única luz....

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Foi por isso que eu disse...

[Kay] - Obrigado, Sr. William... Mas não quero te incomodar, pode ir eu me viro. - Disse dando o sorriso mais convincente que eu poderia oferecer naquele momento.

[William] - Sem essa de senhor, e não é incomodo, mas se você não quer minha incrível companhia, eu entendo, até. - Ele diz dando um adeus com uma mão, e a outra no volante indo embora.

Assim que a picape se vai, escuto de novo, a mesma voz...

[Bramhs] - Entre.. - Quando eu me direciono percebi que a voz está variando de infantil e de adulto, como se não soubesse oq é, e tbm perece estar ferido.

Eu passo pela porta e sinto um cheiro muito forte, não de um jeito bom era algo que estava ferido, sujo e aparentava estar com muita raiva, ele soltava uns resmungos enquanto eu entrava.

Eu paro no meio da sala de estar com as minhas malas, até que vejo um sombra BEM grande atrás de mim, quando ia me virar...

[Bramhs] - NÃO VIRE!! - Ele urra, me fazendo estremecer e voltar a olhar para os meus pés, só depois de mais 4 minutos, eu decido falar...

[Kay] - Você...precisa de alguma ajuda?... - Disse, ele parece estar me analisando, vejo sua sombra tombar a cabeça para o lado.

[Bramhs] - Tô com um dodói na barriga, tá doendo muito, mas, você não pode ver meu rosto!! - Ele tem infantilismo? Ok, se tivesse uma mentalidade mais madura provavelmente já teria dado um jeito de sair da casa, ou me matado.

[Kay] - Você pode...tampar seu rosto com uma masc-- Ele me interrompe

[Bramhs] - Tá quebrada...quebraram minha marcará... - Ele diz parecendo mais calmo.

[Kay] - E se...você colocasse um pano no rosto, se deita no sofá e eu cuido do seu, dodói... - Disse com dúvidas no meu próprio plano, até que escuto passos pesados pela sala, um abrir de gaveta e um fechar, quando vejo os pés dele se aproximando de mim, fecho os olhos bem forte, ele já está calmo, pode se irritar se eu olhar pra ele, e aquela voz de criança me dá medo...

[Bramhs] - Vem aqui...! - /Eu retiro oq eu disse, volta com a voz de criança, que essa voz grossa me faz ter pensamentos que me fazem duvidar da minha sanidade!!/
Quando dou por mim, já estava na beirada do sofá.
/Voz poderosa, nem meus pais eu obedecia assim.../

··· CONTINUA ···
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