Late Night Pains

11 1 0
                                    

E é claro que eles cumpriram com a promessa e se reencontraram na semana seguinte. Não só na semana seguinte, como em todas as outras que vieram depois. Claro, que em alguns momentos eles não podiam fazer isso, porque Leon estava em missão e Helena não podia contatá-lo. Mas quando ela podia fazer isso, ah, eles passavam o tempo todo no telefone, seja trocando mensagens ou conversando em ligações.

Mas sempre que possível, eles estavam lá, juntos, por horas e horas, até tarde da noite, naquele mesmo bar. Às vezes, eles jogavam dardos, bebiam e conversavam. E, às vezes, eles só ficavam lá, quietos. Para qualquer outra pessoa, ir para um bar com alguém e ficar apenas sentado sem falar nada podia parecer estranho, mas para eles não. Porque não importava o que fizessem, eles só queriam estar juntos.

*

– Oi! – Helena disse, enquanto jogara uma pilha de pastas em cima do balcão do bar.

– Hm... Err... Oi? – Leon respondeu sem entender nada.

– Hoje o dia está fabuloso, incrível, fantástico! – Ela disse, enquanto se sentava em dos bancos e pegara uma batata-frita do prato de Leon.

– Err... Você está bem? – Ele perguntou preocupado. – E dá para parar de comer as minhas batatinhas? – Reclamou.

– Tá, tá bom. E sim, eu estou bem. Estou ÓTIMA! – A morena respondeu com um sorriso no rosto.

– Você tem certeza de que não bateu a cabeça em alguma coisa pelo caminho? Você está tão feliz e, normalmente, você nunca está feliz. – O loiro voltou a questionar.

– Eu estou bem. E se você quiser saber tanto o motivo da minha felicidade, basta olhar o que tem nessas pastas. – Helena disse, enquanto pedia uma garrafa de cerveja ao barman.

Leon limpou as mãos em um guardanapo e pegou uma das pastas. Havia uma espécie de manual ou guia dentro dela.

– "Guia Preparatório Para o Exame de Admissão do Serviço Secreto dos Estados Unidos". – Ele leu em voz alta. – Isso significa que? – Perguntou.

– Significa que eu, finalmente, tomei coragem para tentar voltar ao trabalho. Normalmente, eles me reintegrariam, mas por conta do meu sumiço depois do fim da licença, eles não acharam justo que eu voltasse sem fazer uma prova, como todos os outros agentes. O bom é que eles me disseram que isso é quase como uma mera formalidade para mim, pois estão precisando de bons agentes e nunca conseguiram encontrar ninguém como eu. – Ela o respondeu.

– Oh, meus parabéns! Eu fico muito feliz que você esteja voltando, no seu ritmo, mas voltando! – Ele celebrou com um sorriso. – Mas... Você acha que está, realmente, pronta para voltar? Eu quero dizer, você sabe que o Serviço Secreto trabalha com o presidente, você acha que...? – Questionou.

– Você quer saber se eu acho que estou pronta para trabalhar com o presidente novamente, por conta do que aconteceu? Olha, eu não acho que eles vão me colocar nessa posição, no momento, acho que vou ficar com os trabalhos de mesa, eles não arriscariam tanto assim. E, além do mais, eu não posso fugir dos meus demônios para sempre, eu quero lutar as minhas próprias batalhas. – Helena afirmou, enquanto bebia a sua cerveja.

– Você tem certeza? – Leon perguntou outra vez.

– Sim. – Ela respondeu com um sorriso.

O loiro se levantou e a abraçou, ela não esperava isso, não mesmo, só aconteceu. Ele a abraçou tão forte e eles ficaram assim por alguns minutos até Helena quebrar o contato. Leon ficou um pouco decepcionado com isso. Parece que toda vez que eles estão muito perto, Helena o evita.

Late Night FeelingsOnde histórias criam vida. Descubra agora