1 mês se passou desde que Helena esteve na casa de Leon. Ele não havia dado nenhum retorno e ela começou a pensar que seria a hora de seguir em frente, recomeçar sozinha.
Ela estava mais uma vez na sua sessão de terapia e Leon acabara sendo um dos assuntos da consulta. Estranhamente, Helena não o havia mencionado nenhuma vez sequer desde aquele dia.
– Então, vejo que a senhorita está muito bem em relação as nossas sessões de 2 meses atrás. Seu progresso tem sido constante. Tem algum motivo por trás disso? – Seu terapeuta perguntou.
– Bom... Você se lembra de quando falamos sobre aquele meu amigo que eu achei que havia sumido? Então, eu fiz tudo o que estava ao meu alcance para encontrá-lo e para saber se ele estava bem. Eu acabei me desgastando muito durante esse processo e não recebi o retorno esperado. Eu decidi que talvez fosse a hora de seguir em frente sem ele, recomeçar sozinha, sabe?! Quero dizer, se ele quisesse mesmo a minha companhia, teria me procurado, não?! – A morena respondeu.
– Fico feliz que pense em se cuidar, Helena! É muito importante manter a sua saúde em primeiro lugar, independente dos outros! Mas, me diga, durante a sua busca por seu amigo, você descobriu algo que explicasse o seu sumiço? Ou, pelo menos, o porquê dele não ter tentado falar nada com você? – Ele perguntou.
– Sobre o seu sumiço, eu descobri algumas coisas relacionadas ao trabalho dele, mas não posso contá-las. Já sobre ele não ter me contatado, eu acho que ele me deixou... Deve ter cansado de mim. Cansado dos meus problemas. Eu acho que ele acordou um dia e percebeu que talvez eu fosse demais para ele ter que lidar, por isso não me procurou. – Ela contou. – E eu entendo, sério, entendo mesmo. Ninguém é obrigado a ficar na minha vida e eu sempre irei respeitar a decisão de quem quiser ir embora. Sempre estive sozinha, me acostumei a viver assim e está tudo bem! – Completou.
– Entendo. Mas agora vamos falar sobre você. O que você está fazendo nessa nova fase da sua vida? Como está recomeçando? – O homem perguntou.
– Eu comecei a focar mais em meu trabalho e isso tem me dado resultados muito promissores, me informaram que se eu continuasse mantendo o meu progresso, logo eu poderia voltar ao trabalho de campo. E, considerando o meu emprego, isso seria muito bom. – Helena falou. – Eu também tenho visitado o túmulo de minha irmã com certa frequência, isso me ajudou a lidar com o luto. Semana passada, eu, finalmente, consegui desocupar e limpar o quarto dela! – Revelou.
– Oh, meus parabéns, Helena! Isso é ótimo! Nem todos os meus pacientes, que passaram por perdas tão dolorosas quanto as suas, conseguem desapegar de certos itens e memórias de pessoas amadas. Isto é, realmente, muito bom! – Ele comemorou.
Eles conversaram por mais algumas horas até o fim da sessão.
*
Helena chegou em casa tarde da noite cansada pelo dia cheio que teve, além da sessão de terapia, ela passou horas e horas preenchendo relatórios do Serviço Secreto.
Colocou as suas chaves numa mesa e se jogou no sofá, ela ficou sentada nele por um tempo, enquanto assistia TV.
Decidiu fazer um chá para tomar, enquanto assistia uma série qualquer pela TV. Mas antes mesmo que ela pudesse terminar de pensar nessa ideia, alguém tocou a campainha de sua casa.
Ela não fazia ideia de quem poderia ser, já que as únicas pessoas que sabiam onde ela morava eram Hunnigan e Leon. A primeira só mantinha contato com ela por telefone e o segundo havia sumido por meses. Seus vizinhos também não poderiam ser, pois ela mal trocara duas palavras com eles.
A campainha tocou mais uma vez. Mesmo estranhando o toque repentino, Helena tomou coragem e se levantou do sofá para atender a porta.
Ela abriu a porta e lá estava ele. A morena congelou por alguns segundos, ela não conseguia dizer nada, ela não esperava mais que ele aparecesse depois de meses e que ainda fosse na porta de sua casa.
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Late Night Feelings
FanfictionApós 2 meses desde o funeral de Deborah, Helena e Leon se reencontram em um bar e deixam que os seus sentimentos sejam o assunto do fim das suas noites.