capítulo cinco

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   Célia não gostou da ideia, ela disse que não participaria disso pois sabia oque aconteceria no final. Ela é bem pessimistas as vezes.

   Os dias se passaram, e não aconteceu como eu imaginei. Emma e eu não nos aproximamos, na verdade nos afastamos mais.
   Falamos o necessário como "bom dia", "me empresta o carregador", "tchau".
    Eu não questionei, não fui procurar saber por que tinha ciência do que havia acontecido. Peter à coagiu.
    Nos primeiros dias eu até pensei em ir, Célia apenas segurou uma mão e olhou dentro dos meus olhos e disse: "Sei que ainda gosta dela, mas tem certeza de que quer fazer isso? Também sei que você é a Aurora Medina, mas ele é Peter Steven's, se isso está acontecendo, algum motivo tem."
    Óbvio que não deixei essa história de lado, estou fazendo minhas pesquisas por conta própria a uma semana, mas temo ter que perguntar algo a Ares. Tive certeza de que precisava deixar o medo e orgulho de lado e perguntar quando vi o hematoma no braço de Emma, por que sim, desde o dia que ela pediu para que nós aproximássemos ela começou a ir de manga longa para a escola e eu não percebi.
   Estava com raiva dela, por não me deixar entender e ficar ao seu lado que não percebi o quanto ela precisava que eu quebrasse o muro que ela criou.
  
   Hoje é sábado, acordei bem cedo e fui até o escritório de Ares.

-Pensei que continuaria com a biblioteca patética.. -Eu digo assim que fecho a porta. Antes de entrar e fechá-la eu analisei o local, é exatamente como eu vejo Ares, é um cômodo escuro, seus móveis são de madeira escura e totalmente artesanais, haviam objetos de valor sentimental para ele, como o troféu que Guilherme ganhou quando jogava golfe, sim, Ares tem um Clube de golfe e Guilherme era um profissional. Troféus de Louise e Bernardo. Era um lugar bonito.

-Você adora pegar meus livros. -Ele diz sério. Está assinando papéis.

-É, eram bons livros. -Eu digo me aproximando.

-O que te trás aqui, no meu escritório? -Ele levanta seu rosto para me olhar e tira seus óculos, se encosta na cadeira e respira fundo.

-Steven's, família rica, pelo oque parece o pai tem um negócio de mineração, herdada da família da esposa, eles se mudaram a um ano para New Orleans, mas já se tornaram importantes no meio das famílias com sobrenomes importantes, como o nosso. -Eu me sento em uma das cadeiras em frente a sua mesa e cruzo os braços. -Quem são eles de verdades?

-O que aconteceu e por que quer saber disso? -Ele questiona.

-Meus motivos realmente não interessam a você, eu apenas quero saber quem são eles e por que Peter Steven's é um cara de alta patente e anda com o meu irmão, ou por que acha que tem o direito de agir como tem feito ultimamente. -Eu me encosto na cadeira e descruzo os braços agora cruzando as pernas. -Quero algo contra ele.

-Isso tem haver com a garota ruiva? -Ele questiona.

   Me sinto desconfortável com a sua pergunta e desvio o olhar para qualquer outro canto dessa sala e vejo um troféu meu em sua estante. Do clube de tiro.
   É, eu era realmente a melhor nisso.

-Talvez. -Eu respondo sem pensar.

-Não tem muito haver com os Steven's, Aurora. Sim com a família de Emma.

   Suas palavras me assustam.
   Faço uma expressão confusa e ele volta a falar.

-A família de Peter não está em ótimas condições e o pai dele negociou algo com o pai de Emma. Em cima disso vem um casamento. -Ele me lança um sorriso falso. -Ossos do ofício, como dizem.

-Não sei por que eu pensei que eu conseguiria alguma coisa com você. -Eu me levanto. -Como um cara como você entenderia que um cara como o Peter, bate na namorada? -Eu quase gargalho. -Eu fui ingênua mais uma vez.

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⏰ Última atualização: Jan 26, 2023 ⏰

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