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G I U L I A 🐆

V I D I G A L 📍

Tomei um banho, fiz um delineado bem básico e passei o café.

Thamires: Engraçado, tu é como uma ficante fixa do Guimarães, mas ele não é? - Levantou a sombrancelha.

Giulia: Que!? - Perguntei confusa com aquela pergunta.

Thamires: É, olha. - Me mostrou o celular e eu vi a foto do Guimarães junto com a mesma loira da festa do DS.

Giulia: Ah, eu... Eu não ligo. Ele é solteiro! - Peguei um pão.

Thamires: Rum, qualquer coisa eu posso bater nele. Não me importo em ficar careca, eu vou ficar linda do mesmo jeito. - Me olhou séria.

Giulia: Você é louca? - Perguntei rindo.

Thamires: Hoje o mercado é contigo. - Quando eu ia responder a mãe chegou na cozinha.

Lia: Oi meus amores. - A gata já estava de cabelo molhado e com outra roupa.

Giulia: Olha, eu nem vou falar nada. - Ri e me levantei pra pegar o dinheiro pras compras.

Lia: Traga nutella, acabou já. - Concordei e beijei a cabeça das duas.

Peguei minha chave e tranquei a porta por fora, vi que o mercado do Antônio tinha entrado em reforma e já choraminguei vendo que eu teria que ir no mercadinho perto da barreira.

Desci só o puro ódio, e ainda por cima escutar piadinhas de mau gosto de homens bêbados.

Entrei no mercadinho e parei em frente a um ventilador, Rio de janeiro não tá pra brincadeira hoje.

Peguei tudo o que precisava e paguei, graças a Deus ainda sobrou troco, 10 reais.

Fui andando até topar com a Geovanna que tava em uma sombra.

Giulia: Que cê tá fazendo aí, maluca? - Ri da cara dela.

Geovanna: Maluca é tu que tá andando nesse sol de oito horas. Vem pra cá. - Deu um passo pro lado.

Giulia: Tá esperando quem? - Perguntei largando as sacolas no chão.

Geovanna: Uma alma caridosa me levar em casa. - Fez uma careta.

Giulia: Amiga, eu vou pra casa, se for depender desses machos... - Dei um 360.

Geovanna: E olha lá, DS. - Revirei os olhos.

Giulia: Tu não vai pedir carona pra ele. - Peguei minhas sacolas.

Geovanna: Eu vou andando, só pra não te deixar sozinha. - Pegou uma sacola da minha mão.

Giulia: Cadê o João?

Geovanna: Duas que não sabe, ele tá bem sumido. - Estranhei, o João nunca foi de sumir sem motivo.

A gente foi reclamando, e de 1 em 1 minuto a gente parava em alguma sombra. E a gente nem no meio do caminho tava.

Geovanna: Dá não, amiga. Esse sol tá matando.- Se abanou.

Giulia: Vamo aproveitar e passar na casa do João, preciso de água. - Ela concordou e a gente foi preguiçosamente andando em passos lentos até a casa dele.

Chamamos, chamamos muito... E ninguém respondeu.

Geovanna: Olha, se ele estiver com algum macho aí, eu quebro a cara dele. - Se sentou na calçada.

Por Você | MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora