With all the letters | Lee Taeyong

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De fato Taehee tinha falado com Taeyong. Ela me contou todos os detalhes de seu plano de ação elaborado na noite anterior com o irmão.

Ele ia passar um tempo sem nos visitar aqui no campus, e nosso contato ia ficar mais restrito a apenas mensagens e ligações durante a próxima semana. Mas Tae reforçou que não vamos passar tanto tempo sem nos ver, que posso ir na empresa, sem desconfiarem muito, pela porta dos fundos.

— Nana, eu não consigo passar muito tempo longe de você. — ele me disse suplicante ao telefone, assim que acordei.

— Taeyong, pare de ser tão dramático! É só por uma semana.

As palavras de sua irmã mais nova não foram suficientes para acalmá-lo, pelo contrário, o loiro ficou emburrado pela sua insensibilidade e disse que queria falar apenas comigo.

— Tae, vamos nos ver logo — tentei soar o mais compreensiva possível. — Além do mais, vou estar ocupada na próxima semana, você sabe.

— O que tem essa semana? — Seu semblante confuso entrega que esqueci de lhe falar sobre.

— Vai ter uma exposição aqui e estou preparando algumas peças... nada demais.

— Como nada demais?! Eu tenho que ir! Quando vai ser?

Fiquei preocupada com sua vontade de comparecer ao evento estudantil. Não só por termos escândalos recentes na mídia e por ser perigosa a sua vinda, mas também pois Park Sunhee pode estar lá. Não sabemos até onde ela pode ser uma ameaça e eu prefiro não arriscar.

— Não se preocupe, não é nada important...

— Como "nada importante"? Tae, vão ter artistas renomados avaliando ela — fiz cara feia para Hee, que deu o motivo final para Taeyong insistir ainda mais em vir. — Desculpa, Nari, mas é muito importante pra ele perder isso.

Sei que tem boas intenções, mas não consigo parar de pensar em como é arriscado devido a situação na qual estamos. Infelizmente a vida de Taeyong é pública até demais.

Volto meu olhar para o mais velho na tela do celular e vejo sua feição que mistura animação e apreensão ao mesmo tempo.

— Nana, eu tenho que ir, não posso simplesmente perder isso.

— Eu sei, só... toma cuidado quando vir. — Ele praticamente saltitou quando dei uma resposta afirmativa. — Mas tome cuidado, vamos nos falar só quando formos para o dormitório depois.

— Ok, mãe — disse brincalhão. — Dia e hora?

— Daqui a duas semanas, quarta-feira, às 14h.

Após isso, conversamos mais um pouco e desligamos a ligação. Ele tinha que voltar a fazer os ajustes na gravação da nova música. As vezes não sei como ele consegue tempo pra falar comigo, sempre tão ocupado. Durante a semana ele me liga durante várias horas no dia só pra falar "oi" e dizer que estava com saudades e desliga em seguida. Mas fico feliz com esses nossos pequenos momentos de felicidade.

[...]

Comecei a fazer as peças para a exposição há cerca de duas semanas, mas sinto que elas não vão ficar tão boas quanto todos esperam que fiquem. Decidi fazer dois quadros, que se complementam em uma obra só, e uma escultura. Tenho que mostrar aos jurados todos os meus talentos, mesmo que esculturas não sejam exatamente o meu forte.

O que não contei para ninguém ainda é que o prêmio da competição é uma viagem à Espanha, para expormos outras obras, incluindo as da competição, em uma galeria de lá.

A verdade é que não queria ter que me afastar de Taeyong no começo de nosso relacionamento. Que na verdade não é bem um namoro... mas também não é um nada... tão confuso. Nunca entramos no assunto "o que nós somos?" e não quero ser eu a ter que puxá-lo, pois não sei se quer algo sério comigo. Um namoro agora pode ser prejudicial para sua carreira, não posso obrigá-lo a arriscar algo tão grande por mim. Não me sentiria bem.

Temos que ser indivíduos realizados individualmente antes de qualquer coisa. Se não o relacionamento vai acumulando todas essas questões que, futuramente, podem se tornar grandes frustrações na vida a dois.

Acho que estou pensando demais em tudo isso.

Tinham se passado alguns dias desde minha conversa com Tae, e não paramos de nos falar mas tem sido um pouco estranho a tensão entre nós, mais vinda de mim do que dele. Tentei voltar os meus pensamentos para as minhas obras, afim de ter algum avanço significativo hoje. O que no fim das contas funcionou. Passei o resto das horas do dia no estúdio da faculdade trabalhando incessantemente nelas, sendo interrompida somente quando ouvi uma voz vindo da porta:

— Você fica ainda mais linda concentrada.

Taeyong estava parado no batente da porta observando os quadros e o começo de minha escultura. Ele estava lindo, parecia ter acabado de ensaiar na empresa, com as roupas largas e cabelo recém lavado. Ele começou a caminhar até parar ao meu lado.

— A quanto tempo está aí parado?

— Tempo suficiente pra ter certeza que é a melhor daqui — diz abrindo seu sorriso orgulhoso.

— Ya, você nem viu os outros.

— Não preciso — se aproximou mais um passo de mim.

— Você não deveria ficar me visitando agora, já não conversamos sobre isso?

— 'Tá tudo bem, tenho tudo sob controle.

— Igual estava tudo sob controle quando fomos fotografados naquele dia? — acho que soei mais rude do que imaginei, pois seu semblante chateado me passa culpa instantânea que senti depois de encará-lo. — Não foi isso que quis dizer, só... podem ter pessoas espionando a gente para conseguir informa...

— Você sabe de alguém que pode estar por trás disso? — disse mais sério do que imaginei que pudesse ficar. — Se você estiver escondendo coisas de mim realmente não tenho como ter tudo sob controle.

Ele apenas se virou e foi embora, e eu me odiei mentalmente por não ter nenhuma reação, nem mesmo chamá-lo para explicar toda a verdade.

Acho que estraguei tudo.

[...]

Gnt dsclp sumi ksksksk
Pretendo postar todos os cap que faltam essa semana, me desejem sorte