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Depois do jantar, todos fomos para a sala, enquanto Taeyong levava a irmã para o quarto para mostrar o presente.

Eles voltaram minutos depois, com uma Taehee extremamente feliz contando que tinha ganhado um computador todo equipado para jogar seus jogos. Hee veio logo em minha direção para deixar que levássemos o computador para o dormitório.

— Eu posso levar pra vocês amanhã no meu carro. — Taeyong acrescentou, porém parecia um pretexto pra ir lá, pois podíamos muito bem levar no carro de Taehee.

— Tudo bem. — Taehee me abraçou fortemente depois da minha confirmação.

Depois eu e as meninas começamos a nos despedir de todos , e eu fiz questão de pegar o kakao de Yuta, ainda tínhamos muito pra falar.

[...]

— Vocês viram como Tae ficou olhando para Nana? — Mina falou, atraindo minha atenção pra ela. — Parecia que estava interessado. — falou com um sorriso malicioso.

— Que nada, eu nem percebi.

— Nari-ah, ia adorar ter você de cunhada. — Hee disse pra aumentar o meu constrangimento.

— Ya, parem com isso vocês. — rebati já me sentindo envergonhada.

— Ah mas brava? — Haeji disse provocando, arrancando risadas de todas as meninas, inclusive a minha.

[...]

Chegamos no dormitório e praticamente capotamos. Depois de trocar nossas roupas e tirar as maquiagens dormimos direto.

Na manhã do dia seguinte, Taehee saiu cedo para a filmagem de seu curta metragem com uma aluna do curso de Dança. Ela me avisou que ia ficar até tarde, pra gravar cenas durante a noite também. Aproveitei que estava sozinha e chamei Dojin pra ver meus rascunhos do projeto, assim poderíamos finaliza-lo durante essa semana, pois já programamos tudo que íamos falar e retratar em nossa apresentação.

Dojin chegou cedo também, só paramos para comer no almoço e depois continuamos no trabalho, felizes por termos avançado bastante nessa tarde. Quando acabamos aproveitamos para conversar um pouco, pois ainda eram 16h e não tínhamos mais nada pra fazermos no dia.

Descobri que Dojin é de Daegu, e ele me panfletou bastante as atrações de sua cidade natal. Fiquei de fato interessada, até que uma batida na porta nos interrompeu, me fazendo franzir o cenho, pois Taehee não tinha me avisado que ia voltar mais cedo.

Quando abri a porta me deparei com Taeyong parado usando uma máscara e um boné branco. Ele usava uma blusa larga preta e uma calça justa da mesma cor.

— À que devo a honra? — perguntei com tédio.

— Vim trazer o presente da Taehee.

— Você não falou com ela? Ela foi fazer um trabalho, só volta à noite. — disse esperando que ele fosse embora logo depois.

— Tudo bem, eu espero. — e saiu entrando no quarto comigo bufando atrás.

Entrei atrás dele mas tive que parar porque ele parou abruptamente na entrada do quarto. Logo vi que ele encarava Dojin, esse que se assustou com a visita surpresa do irmão da minha colega de quarto.

— Não sabia que namorava. — indagou Taeyong virando o rosto pra mim, que continuava atrás dele.

— É porque não namoro. — e finalmente entrei no quarto, voltando pra onde estava antes. Dojin continuava meio chocado então resolvi esclarecer pra ele. — Ele é o irmão da Taehee. — então o moreno pareceu finalmente compreender.

— Bom então eu vou indo, já acabamos mesmo. — Dojin se levantou, pegou sua mochila e veio em minha direção, me dando um beijo na testa. — Até mais, Nana.

O moreno saiu sendo acompanhado pelo olhar de poucos amigos do Lee, o que me deixou um pouco desconfortável pelo clima no quarto.

"Até mais, Nana". — Taeyong imitou as falas do Park, me fazendo revirar os olhos. — Ele tem essa voz irritante mesmo? E vocês acabaram o quê?

— Não fale de Dojin. — repreendi olhando pra ele. — E eu não te devo satisfações sobre a minha vida.

— Então vocês transaram?

— O quê? Não! Que tipo de pergunta é essa? — falei indignada pelo seu atrevimento. — Pode ficar ai esperando a unnie, e de preferência calado. — indiquei a cama de Hee.

— Se você chama a Taehee de unnie, por que não me chama de oppa? — perguntou sentando na cama, e olhando fixamente pra mim.

— Porque não? — falei parecendo óbvia.

Ele riu um pouco e revirou os olhos, porém não permitiu que ficássemos no silêncio, pois logo continuou.

— Já que estamos aqui pode me mostrar uma pintura sua pra eu ver se é mesmo boa.

Fiquei aliviada por ele ter mudado o rumo da conversa, então o clima ficou mais amistoso entre nós. Fui pegar uma de minhas pinturas que estavam entre a minha mesinha e o armário, e resolvi puxar assunto enquanto escolhia alguma.

— Como passou pelo campus sem que ninguém te reconhecesse?

— Eu tenho meus truques. — deu um riso soprado. Ouvi ele se levantar e caminhar, mas não sabia pra onde estava indo. — Não precisa escolher tanto assim, provavelmente tudo que você mostrar eu vou achar lindo. — senti sua voz bem perto de minha orelha, e um arrepio passou pelo meu pescoço por saber que ele estava tão perto.

— Não vou te mostrar qualquer coisa. — tentei não me mostrar afetada pela situação na qual nos encontrávamos, logo pegando uma das telas que estava em dúvida e virando de frente pra ele. — Acho que essa boa o suficiente.

Ele pegou a tela de minha mão e começou a avalia-la. Fiquei nervosa por seu olhar crítico sobre a tela.

— Você tem talento. — disse e subiu o olhar para meu rosto. — Isso aqui muito bonito! — fiquei um pouco surpresa com sua reação, não pensava que ia gostar tanto. — Você pinta há muito tempo?

— Eu sempre desenhei, mas depois, quando eu fiquei mais confiante dos meus desenhos, comecei a arriscar na pintura. — Taeyong me olhava verdadeiramente interessado. — Então foi meio óbvio quando escolhi fazer artes. — seu olhar me acompanhou quando passei por ele e sentei em minha cama.

— Wa, isso é realmente admirável. — me olhou atentamente por um tempo, esquadrinhando o meu rosto. — com fome? A gente pode pedir uma pizza, eu pago.

— Não precisa pagar, vamos dividir. — falei por fim, aceitando sua proposta.

Enquanto a pizza não chegava, conversamos bastante, e eu vi que Taeyong não era aquele metido a babaca que conheci ontem. Ele é uma pessoa legal, e por incrível que pareça, também é um pouco tímido. Quando a pizza chegou, ele acabou pagando, o que me fez repreende-lo por ter pago escondido, arrancando risadas do mais velho.

— Eu vou ficar te devendo. — avisei, mal por ele não ter me deixado pagar.

— Então podemos sair pra comer um dia desses e pode ficar tranquila que eu nem levo minha carteira. — levantou os braços em rendição.

— Está me chamando para um encontro, Lee?

— Depende, se você aceitar. — falou desviando o olhar. Isso me fez acha-lo fofo por saber que estava com vergonha.

— Eu aceito.

[...]

Não me aguentei e resolvi postar hoje, mas eh só pq eu to com vários caps prontos kkk
Confesso q ia ter mais coisa nesse cap, mas resolvi deixar pra acontecer depois.
Até o próximo cap!

With all the letters | Lee TaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora