Capítulo 1 - Sonhos e dor

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   BOM DIA, CAMBADA!
  Trazendo uma longFic com apenas o meu shipp favorito de BNHA, baseado no Mangá/Novel de The Villain's Savior. Apenas amo esse Mangá. E eu não prometo trazer capítulos com muita frequência, eu vou tentar pelo menos.
Tenho muita coisa pra fazer e daqui pra frente só vou ter trabalho. Mas, como eu disse, eu vou tentar.

E no começo e/ou final dos capítulos, eu posso colocar frases que eu acho ou frase do Mangá/Novel. Então eu fiz o seguinte, frase que eu não coloco autor é de alguma parte do Mangá ou da Novel. Claro, sempre colocando o autor quando não é. E sempre vou colocar o link do site onde leio nas notas finais.

Enfim, espero que gostem
Boa leitura :)
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"𝙽ó𝚜 𝚜𝚘𝚖𝚘𝚜 𝚏𝚎𝚒𝚝𝚘𝚜 𝚍𝚊 𝚖𝚊𝚝é𝚛𝚒𝚊 𝚍𝚎 𝚚𝚞𝚎 𝚜ã𝚘 𝚏𝚎𝚒𝚝𝚘𝚜 𝚘𝚜 𝚜𝚘𝚗𝚑𝚘𝚜” – 𝚂𝚑𝚊𝚔𝚎𝚜𝚙𝚎𝚊𝚛𝚎






  Já passava das onze da noite, e aquele bairro de Musutafu se encontrava silencioso e escuro, sendo sua única exceção os postes de luz. Se acreditava que todos dormiam naquele momento, mas na casa de número 18, havia um quarto em que não havia apagado todas as luzes. E esse quarto pertencia a Ochaco Uraraka.
  Ochaco havia apagado as luzes de seu quarto e se enfiado debaixo dos lençóis, com duas pequenas lanternas entre as orelhas que a ajudavam a enxergar as palavras que lia. Fazia sua leitura de início de madrugada, lendo pela 5° vez seu livro favorito, Jardim de Estrelas, que contava a estória do triângulo amoroso entre Tsuyu Asui, Izuku Midoriya e Katsuki Bakugou.
  Midoriya e Asui ficavam juntos no final, e Bakugou… era morto.

  Mais uma vez a garota de cabelos castanhos chorava ao ler sobre o passado de Bakugou. Saber o quanto sofreu, que teve o coração despedaçado — mesmo que não tivesse sido intencional — pela única pessoa que amou e ainda sim sofrer uma morte terrível e ser considerado por todos que já leram um vilão; machucava Ochaco de uma maneira tão intensa que parecia que o próprio Bakugou existia.
  Midoriya seria seu tipo ideal de rapaz, sendo divertido, gentil e carinhoso, mas havia algo que a fazia preferir Bakugou. Katsuki era um personagem fechado, rude e irritadiço — o completo oposto do tipo de Uraraka — mas havia algo nele que a fazia gostar mais dele. Havia uma espécie de brilho nele que não havia em qualquer outro personagem. Uraraka gostava de pensar nele como um diamante bruto, apenas esperando para ser lapidado.

— Vai dormir! — sua mãe havia aberto bruscamente a porta de seu quarto, a fazendo dar um pequeno pulo no susto. A garota estava imersa naquelas palavras, na qual considerava mágicas, e sequer percebeu quando sua mãe se aproximou do quarto.

  Ela não teve outra escolha. Tirou as lanternas de suas orelhas e colocou cuidadosamente na mesinha de cabeceira, juntamente com seu amado livro. Então voltou a se cobrir e se deitou apropriadamente.
  Não demorou mais que 3 minutos para que Ochaco estivesse novamente naquele mundo dos sonhos, que às vezes tinha forma mas que geralmente era uma mescla das cores e tons de azul, rosa, e verde; trazendo aquela atmosfera abstrata que conhecia tão bem, mas, que acima de tudo, a fazia se sentir bem.

  Então a atmosfera mudou. Não haviam mais cores que se misturavam, mas um novo ambiente. Se encontrava no meio da cidade de seu livro.

  Carruagens passavam por todo lado, pessoas bem vestidas passavam rindo e conversando — seja sobre a nova moda da capital, seja sobre a temporada de caça. Todos eles a ignoravam, não a viam, e apenas continuavam seguindo seus respectivos caminhos. Mas nem a noite, nem a má iluminação da cidade, conseguiram esconder um garoto loiro de olhos carmesins.
  Ele se encontrava em um beco sujo, com apenas um saco de batatas roubado para tentar-se cobrir contra o frio, mas isso não funcionava muito bem, visto que o garoto tremia de modo violento. Uraraka se aproximava cada vez mais dele, reconhecendo de imediato como o último dos Bakugou. Entretanto, antes que conseguisse se aproximar o suficiente do beco, uma elegante carruagem parou ali, e a mulher que estava nela estendeu a mão para o menino e lhe ofereceu um lar. Uraraka começou a chorar quando viu aquela cena.
  As lágrimas de Ochaco cobriam sua visão, mas não poderia evitar, já que doía em seu âmago. Limpava suas lágrimas ao mesmo tempo que voltava seu olhar para frente e percebeu que já não se encontrava na cidade, mas em um lugar onde só havia ela e o Bakugou.
  Bakugou aparentava ter 6 ou 7 anos, e vestia-se como qualquer nobre de sua idade, mas estava machucado e sujo, com sangue escorrendo pelos joelhos, deixando pegadas vermelhas por onde passava, e mãos raladas com o sangue tentava coagular. Ele chorava em longa escala enquanto se aproximava de Ochako, e lhe entregava um colar que havia em suas mãos. Então correu para o ponto oposto da garota, enquanto essas só podia ficar estática. Em seguida Ochaco acordou.

  Um barulho alto do outro lado da casa acordou-a no susto, a fazendo se agarrar fortemente na cama, na tentativa de acalmar a seu coração.
  Ficou um tempinho por lá. O susto havia ido a tempos, mas ainda não havia levantado. Pensamentos lhe tomaram. Pensava desenfreadamente sobre seus afazeres, gostos, sonhos e, claro, pequenas coisas que para si eram engraçadas.
   Tomou coragem depois de um tempo. E se levantou da cama com uma certa pressa. Arrumou-se e se direcionou à cozinha, onde sua mãe fritava ovos enquanto contava fofocas para o marido, e, podia não parecer, mas esse escutava com enorme interesse.

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