Capítulo 5 - Realidade ou sonho sem fim?

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  Olá pessoal
  Sei que faz um tempinho desde a última vez que postei, é que acabei esquecendo, e quando percebi, tinha passado um mês e bolinha.
  Enfim, não irei me estender aqui.
  Boa leitura :)
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Capítulo 5 — Realidade ou sonho sem fim?

"𝐒𝐞 𝐧ã𝐨 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦𝐨𝐬 𝐫𝐞𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐜𝐨𝐧𝐭𝐞𝐜𝐞𝐮, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐯𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐚𝐯𝐚𝐧ç𝐚𝐫?" 𝐃𝐫𝐚𝐦𝐚𝐭𝐮𝐫𝐠𝐢𝐚, 𝐄𝐯𝐞


  Tudo o que havia era a escuridão.
Uraraka sentia seu corpo dormente, sem conseguir distinguir as sensações que subiam desde os pés.
  Não sabia se era dor. Não sabia se seu corpo formigava. Não sabia se seu corpo tremia. Não sabia se conseguiria se manter em pé, se outra vez voltasse a andar.

  Seus olhos pouco a pouco se abriam, com pálpebras pesadas, como se acabasse de acordar de um sono profundo. Mesmo assim nada via. Tudo o que via era a escuridão.
  Ainda sim, parecia uma espécie de sonho, já que começava a formar cores em sua volta. Linhas sem direção ou razão, saindo de todos os lugares, percorrendo ao seu redor. Mesmo que olhasse para onde corressem as linhas, jamais chegaria a ver onde seria o fim da escuridão.

  Em meio às linhas coloridas, cores surgiram com brutalidade e espalhavam como se escorressem no papel, ao mesmo passo que vozes conhecidas mas que não conseguia distinguir começaram a surgir. Não sabia de quem era ou o que falava, mas sabia que já havia ouvido aquelas palavras antes, já havia ouvido aquelas vozes antes.
  Mais e mais cores surgiam, em uma velocidade em que não conseguia assimilar tão depressa. Da mesma forma foram as vozes, mas estas, desta vez entendia e conseguia saber diferenciar das outras.

"Não tem para onde fugir" uma garota ria

"Não se atrase" dizia uma voz feminina, com cautela aparente.

"Venha. Se esconda aqui embaixo" uma voz masculina sussurrava, com o divertimento de quem fazia algo errado.

"Rápido, Ochaco! Antes que os outros nos peguem!" uma voz feminina dizia, com animação transparecendo.

"Você não pode ir!" um garoto dizia desesperado, com o choro por sair.

"Eu te amo, Ochaco"

  As vozes continuavam por surgir. Cada vez mais se mesclando e fazendo-a deixar de compreender o que diziam. Logo, as cores foram se tornando brilhantes, brilhantes o suficiente para fazer os olhos arderem, e ali vinham imagens distantes.
  Lembranças. Era como nomeou as imagens, mesmo sem entender o porquê, já que ali, além de terem as lembranças de seus amigos e da família, havia imagens que não conseguia conceber.

  Não fazia sentido, pensou.
Não entendia porque aquilo chamava de lembranças, quando não parecia ter sentido. Era algo irreal para si. Recusava-se a acreditar que aquilo fazia parte sua como uma verdadeira memória e não como ficção.
  Mas, também não podia negar que elas mexiam consigo, como se houvessem as vivido de fato.
  O brilho, de onde quer que estivesse, começava a ofuscar seus olhos, obrigando-a a fechá-los novamente. Ao mesmo passo, as vozes que escutava sobreponha umas às outras, até tornarem-se um único ruído ensurdecedor.
  De repente, seu corpo pareceu tão pesado. Não conseguiria se mover mesmo que quisesse.
  As cores, com seus brilhos intensos, tornaram-se cada vez mais escuros, até se fundirem em uma única cor.
  Quando a escuridão tomou todo o horizonte, e os seus olhos mais uma vez se viam enevoados, pesados como se quisesse dormir, o brilho carmesim se abriu para ela.
  Vendo aquilo, a surpresa fez seus olhos arregalaram por um instante, até voltarem a se fechar devagar, pouco a pouco caindo no sono.
  Rendendo para o repouso, uma voz gentil soou baixo:

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⏰ Última atualização: Apr 19, 2023 ⏰

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